[News]Patrícia Ahmaral lança regravação de “Go back”, com participação de Zeca Baleiro.

 Patrícia Ahmaral lança regravação de “Go back”, com participação de Zeca Baleiro.

 


Patrícia Ahmaral e Zeca Baleiro
Crédito Camilla Loreta

Single antecipa o álbum “A Coisa Mais Linda Que Existe - Patrícia Ahmaral Canta Torquato Neto - vol.2”, segunda parte do projeto em que a cantora reúne parcerias musicais do poeta, letrista e multiartista piauiense, em tributo inédito.

 

 

Ouça aqui “Go Back”: https://found.ee/goback

 

 

A cantora mineira Patrícia Ahmaral, que desde o final de 2022 vem divulgando seu tributo ao poeta piauiense Torquato Neto (1944-1972), em projeto dedicado às parcerias musicais do autor, lança single com regravação de “Go Back”, a conhecida parceria póstuma do Titã Sérgio Britto, com Torquato, multiartista, personagem emblemático na história da cultura nacional e marco como letrista, na canção popular brasileira moderna.

 

O single antecipa o lançamento do álbum “A Coisa Mais Linda Que Existe - Patrícia Ahmaral Canta Torquato Neto - vol.2”, que será divulgado completo em final de maio, em data ainda a definir. Será a  segunda parte de um álbum duplo, em que Patrícia gravou obras musicais de Torquato, em composições com Gilberto Gil, Edu Lobo, Caetano Veloso, Jards Macalé, Chico César, Nonato Buzar, Carlos Pinto, entre outros nomes.

 

Reavivando o famoso refrão  “...só quero saber / do que pode dar certo / não tenho tempo a perder”, a regravação da cantora para “Go back” conta com participação especial do compositor e cantor Zeca Baleiro, que assina ainda a produção musical do lançamento, ao lado do músico e produtor Érico Theobaldo. Baleiro é também o diretor artístico geral do projeto.

 

Sobre “Go back”:

Lançada originalmente pelos Titãs, no primeiro álbum do grupo, “Titãs” (1984),  a canção, que se tornou um hit, foi composta sobre dois poemas: “Go back” e “Andar, andei”, unidos e musicados por Britto. Bastante executada nas rádios até hoje, acabou por tornar-se o maior sucesso popular da produção artística de Torquato Neto, que cometeu suicídio aos 28 anos de idade, deixando uma obra breve e fragmentada, porém emblemática, vinculada aos movimentos de vanguarda e da contracultura, em poesia, composições, cinema e jornalismo, sendo um dos mentores das bases ideológicas da Tropicália, ao lado de Caetano, Gil e outros nomes seus contemporâneos. (*Confira mais conteúdos sobre o artista ao final do release)

 

O álbum duplo:

A faixa “Go back”, que tem videoclipe também programado para abril, anuncia o tom do volume 2 do álbum duplo: nesta segunda metade, Patrícia trará exclusivamente canções de letras mais líricas, da lavra de Torquato, em que ele versa sobre amor. Outras faixas, como “Um dia desses eu me caso com você” (Torquato Neto e Paulo Diniz) e “Pra dizer adeus” (Torquato Neto e Edu Lobo) integram este segundo volume a ser lançado, que trará também uma parceria póstuma, inédita, composta por Zeca Baleiro sobre poema de Torquato. Esta faixa inédita será o próximo e último single de trabalho, antes do disco completo chegar.

 

Já o primeiro volume do projeto, “Um Poeta Desfolha A Bandeira - Patrícia Ahmaral Canta Torquato Neto - vol.1”, com nove faixas, está disponível nas plataforma digitais, desde 10 de novembro de 2022, data que marcou o cinquentenário de morte do poeta. Nele, Patrícia Ahmaral gravou canções com discursos mais existencialistas do letrista, como as tropicalistas “Geléia Geral” (Torquato e Gil) e “Mamãe, coragem” (Torquato e Caetano Veloso)  ou “Quero Viver” (Torquato e Chico César) e “Cogito” (Torquato e Rogério Skylab), entre outras e trouxe também participações de peso, como as de Chico César, Jards Macalé e da Banda de Pau e Corda (PE).

Ouça aqui:  https://found.ee/patricia-ahmaral-canta-torquato-neto-1

 

Patrícia já disponibilizou também o videoclipe da faixa “Let´s play that” (Torquato Neto e Jards Macalé), gravada no volume 1, com participação de Jards Macalé que, além de parceiro, foi também grande amigo do autor.

Assista aqui: Patrícia Ahmaral e Jards Macalé - Let´s Play That (videoclipe)

 

Este é o primeiro álbum de uma intérprete no país dedicado à regravação da obra “musical” de Torquato.

 

Entenda como é o projeto:

1- Um Poeta Desfolha A Bandeira - Patrícia Ahmaral canta Torquato Neto - volume.1 - Com 9 faixas, foi lançado em 10 de novembro de 2022 (https://found.ee/patricia-ahmaral-canta-torquato-neto-1)

2- A Coisa Mais Linda Que Existe - Patrícia Ahmaral canta Torquato Neto - volume.2 -  tem lançamento previsto para final de maio de 2023 -  “Go back”, que sai antes como single, é uma das faixas deste segundo volume.

 

SERVIÇO:

Lançamento do single: “Go back” (autores: Sérgio Britto e Torquato Neto)

Artistas: Patrícia Ahmaral, com participação de Zeca Baleiro

Data: 14/04 - nas plataformas digitais de áudio

 

Ficha Técnica

Faixa: “Go back” (Single)

Autores: Sérgio Britto e Torquato Neto

Artistas: Patrícia Ahmaral (voz)- Feat: Zeca Baleiro (voz e beatbox)

Produção Musical: Érico Theobaldo e Zeca Baleiro

Instrumentos gravados por: Érico Theobaldo (baixo, teclados, programações), Marion Lemonnier (teclados), Rogério Delayon (ukulele), Zeca Baleiro (beatbox)

Mixagem: Walter Costa (Focal Point)

Masterização: Maurício Gargel (Gargel Mastering)

Gravações voz Patrícia e edições adicionais: Gigi Magno (Eletrola)

Projeto gráfico capa: Chico Amaral

Fotografia: Camilla Loreta

Edição de foto: Daniel Brás

Distribuição digital e autorizações: Tratore

Assessoria de Imprensa: Ana Paula Romeiro Assessoria

*Projeto gravado com recursos da Lei Aldir Blanc (MG) e através de campanha crowdfunding.

 

Sobre Patrícia Ahmaral: Patrícia Ahmaral iniciou carreira nos anos 1990, em efervescente cena musical belo-horizontina, a mesma que revelaria o saudoso Vander Lee (1966-2016). Seu CD de estréia, Ah! (1999), foi produzido por Zeca Baleiro. Depois vieram Vitrola Alquimista (2004) e Superpoder (2011), produzidos por Renato Villaça e Fernando Nunes. Em seus discos, ela reverencia obras de autores como Walter Franco, Sérgio Sampaio e Alceu Valença, além de expoentes de sua geração, como Chico César, Baleiro e nomes  da cena independente, como Edvaldo Santana e Suely Mesquita. Faz leituras inspiradas de clássicos, como A Volta Do Boêmio (Adelino Moreira) e Não Creio Em Mais Nada (Totó). É formada em canto lírico pela UFMG. Em seu trabalho de maior visibilidade, gravou na primeira exibição da novela Xica Da Silva (Rede Manchete) os temas de abertura e do personagem principal, na trilha sonora de Marcus Viana. Para release completo e redes, acesse o perfil digital da artista: https://patriciaahmaral.com.br/

 

Sobre Torquato Neto: O poeta, letrista, jornalista, cineasta e ator Torquato Neto  nasceu em 1944, em Teresina (PI). Após seu aniversário de 28 anos, cometeu suicídio, na madrugada  de 10 de novembro de 1972,  abrindo o gás no banheiro de sua casa no Rio de Janeiro, onde morava, desde 1962. Parceiro de Gilberto Gil e de Caetano Veloso, amigo do artista plástico Hélio Oiticica, do poeta Décio Pignatari, do cineasta Ivan Cardoso e de outros nomes expoentes, foi defensor das artes de vanguarda como o cinema marginal e a poesia concreta e um dos principais pensadores do tropicalismo, segundo atesta Gilberto Gil: Ele, Capinam e Caetano formavam um tripé.  Torquato figura na capa do álbum manifesto  Tropicália Ou Panis Et Circensis e assina duas das faixas, fundamentais do movimento, Geléia Geral, com Gil e Mamãe Coragem, com Caetano. Entre 1967 e 1972, escreveu  colunas culturais,  dentre elas, a mais conhecida Geléia Geral, que manteve entre 1971 e 1972, no Jornal Última Hora, inaugurando um estilo singular, numa impressionante crônica sobre a revolução que acontecia na música e nas artes do país, que se modernizavam, numa segunda onda, após a Bossa Nova e o Movimento Modernista. Torquato deixou um legado breve e plural, em jornalismo, poesia, cinema e  composições, cada vez mais reverenciado em teses acadêmicas, documentários e compilações. Segundo o poeta e pesquisador Marcelo Dolabela, Torquato Neto é um dos poucos que se insere no seletíssimo grupo de artistas que, após a morte, tiveram mais obras lançadas do que quando em vida. Está ao lado de Carlos Drummond de Andrade, Paulo Leminski e Vinícius de Morais.

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Gilberto Gil em Torquato Neto - o vôo de fogo do poeta terminal, Tarik de Souza, 1984.

(Torquato) foi uma das pessoas mais influentes no sentido do levantamento ideológico da postura tropicalista. Ele, Capinam e Caetano formavam um tripé (...) .

Cláudio Portella, no prefácio de Melhores Poemas , 2018:

Conforme (afirma) José Miguel Wisnik, ele é o primeiro a unificar a densidade entre a poesia escrita e a cantada.

Paulo Leminski, em Folha De São Paulo, Folhetim, 7/11/1982:

Torquato marca uma mudança radical, um salto quantitativo, na história disso que se chama, na falta de termo melhor, poesia brasileira. Poesia que, hoje, não apenas se lê nos livros, mas se escuta nas canções, nos discos, nos rádios, na TV, na vida, enfim. Torquato tem muito que ver com isso (...) Porque, com Torquato, começa a existir essa estranha estirpe de poetas: os letristas.

Referências

Tom Zé fala sobre Torquato Neto

Gilberto Gil fala sobre Torquato Neto

Documento Especial׃ Torquato Neto, O Anjo Torto da Tropicália Ivan Cardoso, 1992 Parte 1 de 2

Ouça o único registro da voz de Torquato Neto,  áudio recuperado em 2014 pelo radialista Vanderlei Malta, que o entrevistou no festival da Record de 1968.

https://www.youtube.com/watch?v=yTdCid6sQz0



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