[News] CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL EM SÃO PAULO APRESENTA UMA RETROSPECTIVA INÉDITA DO CINEASTA BAIANO GERALDO SARNO

 

Um dos mais respeitados diretores e roteiristas do país, Geraldo Sarno (1938-2022), ganha uma retrospectiva inédita no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo. O evento gratuito, que acontece de 17 de junho a 09 de julho, traz a mais completa amostragem da obra de Sarno, onde serão exibidos 26 filmes, entre longas, médias e curtas metragens, de ficção e documentário.




Com a curadoria de Ewerton Belico e Leonardo Amaral, a mostra celebra a obra deste cultuado diretor, que imprimiu nos seus filmes diversas faces da cultura brasileira, como a religiosidade popular, a literatura de cordel, os santeiros, a memória do cangaço, a migração nordestina e a herança sertaneja. 




No início da carreira, depois de se mudar da Bahia evitando a perseguição política pela ditadura militar, o cineasta fez parte da Caravana Farkas, conjunto de documentários produzidos pelo fotógrafo e diretor Thomas Farkas entre 1964 e 1969, revelando aspectos marcantes da realidade brasileira.




O público terá a oportunidade única de assistir títulos raros no circuito comercial como Viramundo (1965),  que mostra a chegada de nordestinos à cidade de São Paulo;   Coronel Delmiro Gouveia (1978), conta a história de um homem rico e influente que decide ingressar na carreira política contra os tradicionais mandachuvas de Recife; Dramática Popular (1968), que aborda a literatura de cordel e manifestações como zabumba, dança do maribondo e o bumba-meu-boi;  Vitalino/Lampião (1969), sobre a obra do escultor popular Mestre Vitalino; Segunda-feira (1975), realizado na Feira de Caruaru (PE), esmiúça as particularidades desses mercados a céu aberto; Eu carrego o Sertão dentro de mim (1980), com narração baseada em texto de João Guimarães Rosa; A Terra Queima (1984); o Nordeste é uma questão nacional em muitos sentidos;  e o seu último trabalho, o premiado Sertânia (2018),  filme que projeta a mente febril e delirante de Antão.



O diretor também mostra seu interesse pela religião popular em Viva Cariri! (1969), pelos romeiros do Padre Cícero; no terreiro de Mãe Filhinha em Espaço Sagrado e Iaô (1976), pelo cristianismo do povo em Deus é um Fogo (1992).  Das relações entre literatura, história e cinema, Sarno dirigiu obras como Semana de Arte Moderna (1972), que aborda o que ficou definitivamente sepultado naqueles sete dias de 1922 e o que permaneceu vivo até hoje, ressaltando o significado de Tarsila do Amaral, Mario de Andrade, Di Cavalcanti; e Casa Grande & Senzala (1978), sobre o livro "Casa Grande e Senzala" de Gilberto Freyre, publicado em 1933.  O cineasta adaptou também obras de Monteiro Lobato em O Picapau Amarelo (1972); de Balzac/Waldo Vieira no Último Romance de Balzac (2010); e do General Abreu e Lima em Tudo isto me parece um sonho (2008). 



A Retrospectiva Geraldo Sarno inclui ainda duas novas digitalizações de filmes com escassas exibições nas últimas décadas: Iaô (1976), realizado junto ao Ilê Axé Ató Ilé, no Recôncavo Baiano; e Plantar nas Estrelas (1979), documentário de Sarno feito em Moçambique.



Para completar a programação, serão realizadas duas mesas de debates presenciais, criando um panorama histórico e reflexivo sobre a obra do cineasta. O catálogo da Retrospectiva Geraldo Sarno contará com fotos e textos do acervo pessoal de Sarno, recuperados e digitalizados pelo projeto A linguagem do cinema, coordenado por Rayssa Coelho em parceria com o próprio diretor.



Ao realizar este projeto, o Centro Cultural Banco do Brasil apresenta ao grande público, a obra cinematográfica de um dos mais respeitados diretores e roteiristas do Brasil e reafirma seu compromisso de ampliar a conexão dos brasileiros com a sua cultura.



PROGRAMAÇÃO COMPLETA



17/06 SÁBADO


16h - Sertão de dentro (12 anos) 


Sessão de abertura com apresentação de Ewerton Belico 



18/06 DOMINGO


14h - Sertão de dentro (12 anos) 


16h30 - Coronel Delmiro Gouveia (Livre)



19/06 SEGUNDA


16h30 - O côco de Macalé / Último romance de Balzac (14 anos)



21/06 QUARTA


17h - Eu carrego um sertão / A terra queima (12 anos)



22/06 QUINTA


17h- Brasil Verdade (12 anos)



23/06 SEXTA


15h30 - Casa Grande e Senzala/ Deus é um fogo (Livre)


18h - Dramática popular / Semana de Arte Moderna (Livre)



24/06 SÁBADO


14h - Mesa 1: Francis Vogner e Mateus Araújo – Atualidades e limites de cineastas e imagens do povo (Livre)


17h - Espaço Sagrado / Iaô (16 anos)



25/06 DOMINGO


14h - Os imaginários / Viramundo / Viva Cariri! (Livre)


16h30 - Coronel Delmiro Gouveia (Livre)



26/06 SEGUNDA


17h - Vitalino-Lampião / Herança do Nordeste (Livre)



28/06 QUARTA


16h - O Picapau Amarelo (Livre)



29/06 QUINTA


16h30 - Tudo isto me parece um sonho (14 anos)



30/06 SEXTA


17h - Jornal do Sertão / O engenho / A cantoria / Segunda-feira / Plantar nas estrelas (Livre)



01/07 SÁBADO


14h - Mesa 2: Maria Chiaretti e Mariana Queen – Geraldo Sarno, hoje (Livre)


17h - Eu carrego um sertão / A terra queima (12 anos)



02/07 DOMINGO


15h - O Picapau Amarelo (Livre)


17h - O côco de Macalé / Último romance de Balzac (14 anos)



05/07 QUARTA


16h30 - Vitalino-Lampião / Herança do Nordeste (Livre)



06/07 QUINTA


16h- Os imaginários / Viramundo / Viva Cariri! (Livre)



07/07 SEXTA


15h - Dramática popular / Semana de Arte Moderna (Livre)


17h30 - Casa Grande e Senzala/ Deus é um fogo (Livre)



08/07 SÁBADO


14h – Sertânia – sessão com acessibilidade (16 anos)


16h30 - Tudo isto me parece um sonho (14 anos)



09/07 DOMINGO


14h - Brasil Verdade (12 anos)


17h - Espaço Sagrado / Iaô (16 anos)



Atividades Complementares


24/06 - SÁBADO


14h - Mesa de Debate: Atualidades e limites de cineastas e imagens do povo (Livre)


Mateus Araújo e Francis Vogner dos Reis; Mediação: Ewerton Belico



01/07 SÁBADO


14h - Mesa de Debate: Geraldo Sarno, hoje (Livre)


Maria Chiaretti e Mariana Queen; Mediação: Leonardo Amaral



Sobre os curadores



Leonardo Amaral


Nascido em Divinópolis, Minas Gerais, Leonardo Amaral é doutor, mestre e graduado em Comunicação Social (Cinema) pela UFMG. Curador das mostras Tempos de Kuchar (SESC, 2016), Mostra Escola: Cidade Aberta (Caixa Cultural, 2017), Retrospectiva Helena Solberg (CCBB, 2018), El Camino: Cinema de Viagem da América do Sul (CCBB, 2023) e Retrospectiva Geraldo Sarno (CCBB, 2023). Membro de comissões de seleção dos festivais Festcurtas BH (2010-2013), forumdoc (2015-2017), Semana de Cinema (2016) e Lumiar (2018). Documentarista, diretor e roteirista de um longa-metragem (Semana Santa, 2013) e de diversos curtas exibidos e premiados no Brasil e no exterior. Pesquisador e professor de Cinema, tendo ministrado disciplinas na graduação da UFMG e na Escola Viva de Educação e Cultura, em Belo Horizonte.




Ewerton Belico


Roteirista, diretor, educador e programador. Integra a Associação Filmes de Quintal, mantenedora do forumdoc.bh - festival do filme documentário e etnográfico de Belo Horizonte - do qual é um dos programadores desde 2005. Participou de inúmeros programas de formação audiovisual como educador, com destaque para o ponto de cultura audiovisual Quintal de Cultura - Aglomerado da Serra. Foi ainda codiretor e corroterista do longa-metragem Baixo Centro, vencedor da XXI Mostra de Tiradentes; e dos curta-metragem Vira a Volta que faz o nó e A memória sitiada da noite.



Sobre o CCBB SP




O Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo, iniciou suas atividades há mais de 20 anos e foi criado com o objetivo de formar novas plateias, democratizar o acesso e contribuir para a promoção, divulgação e incentivo da cultura. A instalação e manutenção de nosso espaço em um prédio, em pleno centro da capital paulista, reflete também a preocupação com a revitalização da área, que abriga um inestimável patrimônio histórico e arquitetônico, fundamental para a preservação da memória da cidade.


Temos como premissa ampliar a conexão dos brasileiros com a cultura, em suas diferentes formas. Essa conexão se estabelece mais genuinamente quando há desejo de conhecer, compreender, pertencer, interagir e compartilhar. Temos consciência de que o apoio à cultura contribui para consolidar sua relevância para a sociedade e seu poder de transformação das pessoas.


Acreditamos que a arte dialoga com a sustentabilidade, uma vez que toca o indivíduo e impacta o coletivo, olha para o passado e faz pensar o futuro. Com uma programação regular e acessível a todos os públicos, que contempla as mais diversas manifestações artísticas e um prédio, que por si só, já é uma viagem na história e arquitetura, o CCBB SP é uma referência cultural para os paulistanos e turistas da maior cidade do Brasil.


 





SERVIÇO:


Retrospectiva Geraldo Sarno


Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo


Período: 17 de junho a 09 de julho


Ingressos gratuitos: Pelo site bb.com.br/cultura e na bilheteria a preços populares


Classificação indicativa: De Livre a 16 anos, consultar programação.


Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico, São Paulo – SP


Funcionamento: Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças


Entrada acessível: Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e outras pessoas


que necessitem da rampa de acesso podem utilizar a porta lateral localizada à


esquerda da entrada principal.


Informações: (11) 4297-0600


Estacionamento: O CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação,


228 (R$ 14 pelo período de 6 horas - necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB).


O traslado pela van do CCBB é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento


e funciona das 12h às 21h.


Transporte público: O Centro Cultural Banco do Brasil fica a 5 minutos da estação São


Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas


Líbero Badaró e Boa Vista.


Táxi ou Aplicativo: Desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da


Quitanda até o CCBB (200 m).


Van: Ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há


também uma parada no metrô República. De 12h até o encerramento das atividades


do CCBB.


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bb.com.br/cultura


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