[News] Galeria Luisa Strina encerra Oração, exposição individual de Thiago Honório, em manhã com bate-papo aberto ao público entre o artista e a curadora Ana Paula Cohen

 Galeria Luisa Strina encerra Oração, exposição individual de Thiago Honório, em manhã com bate-papo aberto ao público entre o artista e a curadora Ana Paula Cohen


No último dia da mostra (24 de junho), Thiago Honório e a curadora Ana Paula Cohen promovem bate-papo público de encerramento da exposição 



Texto, 2020/2023 | Thiago Honório


Crédito: Edouard Fraipont


Até o dia 24 de junho, a Galeria Luisa Strina apresenta Oração, a segunda exposição individual do artista plástico Thiago Honório (1979) na galeria. A curadoria é de Ana Paula Cohen. Para ritualizar o último dia da exposição, o artista e a curadora fazem bate-papo público sobre a exposição processional a partir das 11h. Oração é uma mostra que também se desdobrará na Capela do Morumbi, em São Paulo. A curadora - que assinou o texto que acompanha a mostra - e o artista discorrerão sobre as camadas referentes ao processo que envolveu essa exposição-procissão, bem como sua emancipação no espaço da galeria.


A mostra foi pensada como uma trama, uma espécie de exposição-procissão que toma os espaços da galeria, sediada no andar térreo de um edifício comercial. A partir deste corpo arquitetônico e dos deslocamentos do corpo do espectador, a exposição  permite que o trajeto seja constituído como uma oração, onde os trabalhos se pulverizam pelo espaço como signos gráficos, vírgulas, pontos estelares que tomam a arquitetura do local. 


A oração é concebida como constituinte sintático, geralmente dotado de verbo, e também como litania, sob forma de meditação, reza e fala. Durante o trajeto proposto por Oração, é possível vislumbrar uma narrativa fraturada, aberta, a um só tempo, marcada por hiatos, intervalos, cortes, vazios e silêncios. Ao considerar a planta da Galeria Luisa Strina, o pensamento desta exposição adquiriu outros sentidos a partir de alguns elementos presentes nos trabalhos, como o ramo de algodão, a rosa do rosário, a estaca para plantar, rebento, a planta arquitetônica, traçado, mapa, diagrama e a planta do pé.


Entre as obras da exposição, estão Vista (2020/2023), localizada na recepção, onde será instalado um relevo esculpido em cedro e formado por um par de olhos de cristal produzidos para imagens de roca e de vestir; a obra Texto (2020/2022), na primeira sala da galeria, é um trabalho constituído por uma imagem de roca processional do século XVII, despida, na qual é possível ver suas articulações; Oração (2018/2023), que consiste na queima de um incenso por dia, guardando-se o talo queimado de cada vareta, e no agrupamento desses talos segundo o mês de sua queima; e Trama (1997/2023), série de colagens inéditas feitas pelo artista com peles de pêssego sobrepostas e tramadas umas às outras. Também estão as obras Ofertório (2013/2021), Leituras (2015/2018) Corte (2021/2023).


Sobre Thiago Honório
Thiago Honório (Carmo do Paranaíba, MG, 1979. Vive e trabalha em São Paulo).
Exposições individuais futuras incluem: Texto, Capela do Morumbi, julho de 2023. Livros, curadoria de Lilia Schwarcz, Sala Tula Pilar Ferreira, Biblioteca Mário de Andrade, agosto de 2023. 

Exposições individuais realizadas incluem: Ópera, Piero Atchugarry Gallery / CAMPO AIR, Garzón, Uruguai, 2023; roçabarroca, MAM/SP, São Paulo, Brasil, 2020; Marcador, Estación Garzón, Garzón, Uruguai, 2019; The Red Studio ISCP/NYC, Nova York, EUA, 2018/2019; Solo, Galeria Luisa Strina, São Paulo, Brasil, 2017; Trabalho, MASP, São Paulo, Brasil, 2016.

Algumas exposições coletivas recentes: Entre olhares: Encontros (in)comuns – Coleção da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), Biblioteca de Alcântara, Lisboa, Portugal, 2023; Tempos fraturados, MAC/USP, São Paulo, Brasil, 2023; Histórias brasileiras, MASP, São Paulo, Brasil, 2022; Ausente manifesto, SESC Mogi das Cruzes, Mogi das Cruzes, Brasil; 2021; A máquina lírica, Galeria Luisa Strina, São Paulo, Brasil, 2022; Arte, cidade e patrimônio: Futuro e memória nas poéticas contemporâneas, Centro Cultural Oi Futuro, Rio de Janeiro, Brasil, 2021; Living Room, ISCP/NYC, Nova York, EUA, 2019; Luto tropical, PASTO, Buenos Aires, Argentina, 2019; Brasil desamparado: Verzuimd Braziel, Museu de Arte de Santa Catarina, Florianópolis; Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro; Museu de Arte Contemporânea de Goiás – MAC/GO, Goiânia, Brasil, 2018; Missread Berlin, Haus der Kulturen der Welt, Berlim, Alemanha, 2018; Imagens do Aleijadinho, MASP, São Paulo, Brasil, 2018; Livres et revues d’artistes: Une perspective brésilienne – Éditions Incertain Sens / Cabinet du Livre d’Artiste, Université Rennes 2, Rennes, França, 2017; 60 anos, museu + residência, Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, Brasil, 2017; Um atrapalho no trabalho (apud Paulo Leminski), Museu de Artes e Ofícios, Belo Horizonte, Brasil, 2017; Frestas Trienal 2017: Entre pós-verdades e acontecimentos, SESC Sorocaba, Sorocaba, Brasil, 2017; Almeida Júnior, Engel Leonardo, Maíra das Neves, Thiago Honório, Solar dos Abacaxis, Rio de Janeiro, Brasil, 2017.

Possui obras em importantes museus, coleções públicas nacionais e internacionais como: Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal; Itaú Cultural, São Paulo, Brasil; KADIST Art Foundation, San Francisco, EUA / Paris, França; Museo de Arte Contemporáneo Atchugarry – MACA, Manantiales, Uruguai; Museu de Arte de São Paulo – MASP, São Paulo, Brasil; Museu de Arte do Rio – MAR, Rio de Janeiro, Brasil; Museu de Arte Contemporânea de Niterói – MAC/Niterói, Niterói, Brasil; Museu de Arte Brasileira – MAB/FAAP, São Paulo, Brasil; Museu de Arte Contemporânea – MAC/USP, São Paulo, Brasil; Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM, São Paulo, Brasil; Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, Brasil; New York Public Library, Nova York, EUA; Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil.

Participou das seguintes residências artísticas: em 2020, recebeu o Gulbenkian | AiR 351 Grant, em Lisboa/Cascais, Portugal. Em 2019, foi convidado a participar da residência artística CAMPO AIR em Garzón, Uruguai; em 2018, recebeu o prêmio Director’s Circle do International Studio & Curatorial Program – ISCP, em Nova York, EUA; em 2016, integrou a 6a Bolsa Pampulha do Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte, Brasil; em 2015, recebeu o Prêmio Programa de Residência Artística do Paço das Artes, em São Paulo, Brasil; em 2013, participou do Programa de Residência Artística Red Bull Station, em São Paulo, Brasil; e, em 2012, do Programa de Residência Artística da Cité Internationale des Arts, em Paris, França, pela FAAP

Sobre a Galeria Luisa Strina
Fundada em 1974, a Galeria Luisa Strina ajudou a promover as carreiras de uma geração de novos artistas conceituais do Brasil, incluindo Antonio Dias, Cildo Meireles, Tunga e Waltercio Caldas. Em 1992, a galeria foi a primeira da América Latina a participar da feira Art Basel.

Luisa Strina começou a trabalhar com artistas brasileiros emergentes, como Alexandre da CunhaFernanda Gomes e Marepe. Ao longo dos anos 2000, o grupo foi ampliado para incorporar nomes latino-americanos — Carlos GaraicoaJorge MacchiJuan Araujo e Pedro Reyes — e artistas mulheres já estabelecidas, como Laura LimaLeonor Antunes e Renata Lucas. Na última década, a galeria consolidou a sua trajetória com a representação de nomes influentes incluindo Alfredo Jaar e Anna Maria Maiolino, assim como artistas mais jovens, como Bruno Baptistelli e Panmela Castro.

 

Site | Instagram 


Serviço:

Oração | Thiago Honório 

Curadoria: Ana Paula Cohen 

Local: Galeria Luisa Strina

Endereço: R. Padre João Manuel, 755 - Cerqueira César, São Paulo

Visitação: Até 24 de junho de 2023

Funcionamento: Segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 10h às 17h. 

Entrada gratuita 

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