[News] O POLICIAL E A PASTORA recebe pôster e sessões no OLHAR DE CINEMA

 

Com uma obra interessada em questões políticas e sociais da contemporaneidade, Alice Riff apresentará o seu novo longa O POLICIAL E A PASTORA no Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, onde terá duas sessões: nos dias 19 (segunda-feira), às 18h30, no Cineplex 5 e 20 de junho (terça-feira), às 16h15, no Cine Passeio Luz. O documentário também apresenta o seu pôster oficial. Para informações adicionais a respeito das exibições na capital paranaense, acesse https://www.olhardecinema.com.br/film/o-policial-e-a-pastora/


O documentário se estrutura em uma tentativa de retratar um policial e uma pastora. Ambos são militantes: a pastora é feminista e o policial é antifascista, ou seja, enfrentam as correntes hegemônicas nas instituições que pertencem.


A diretora se encontra com o policial e a pastora, buscando suas contradições, e com uma pergunta em mente: como se luta a partir de dentro das instituições? Esta motivação inicial é o que dispara o encontro. À medida que a relação entre a diretora do filme e os personagens se desenvolve, o filme toma caminhos próprios. A diretora quer fazer um filme sobre eles. Eles aceitam, com algumas condições: querem ter controle de sua imagem e dos procedimentos do filme.


Riff explica que cada um dos seus filmes tem sua própria história. No caso deste, acabou encontrando seu rumo durante o processo. “Esse documentário surgiu em 2019 em um momento de paralisia. A extrema direita tinha ganhado as eleições e busquei me aproximar de espaços ‘vitoriosos’ e fortes naquele momento. O filme surge do desejo de filmar pessoas que fazem parte das instituições centrais nesse jogo político da extrema direita, e que se posicionam contra.”


Com produção do Studio Riff, Filmes da Garoa e Casa Barco Filmes, e lançamento pela Olhar Distribuição, o longa traz duas figuras representantes desses grupos. Alexandre Felix Campos é um policial antifascista que, em entrevistas, se abre para a câmera, fala sobre seu trabalho, os desafios por fazer parte de um grupo minoritário na corporação e também sobre suas posições políticas e ideológicas. Já Valéria Vilhena é uma pastora feminista que, ao lado do coletivo Evangélicas Pela Igualdade de Gênero, também discute sua posição política dentro da igreja evangélica em busca pela equidade de gênero e fortalecimento das mulheres.


Ao encontrar os personagens de seu longa, Riff se deparou com pessoas que a princípio se mostraram muito interessadas e dispostas a fazer um filme, mas já de cara levantaram ressalvas e questionamentos. Tanto Alexandre quanto Valéria tinham ideias próprias de como o filme tinha que ser e eram contra algumas das posições da diretora. “Partir de personagens que se negam e discordam de mim para construir o filme me interessa do ponto de vista de pesquisa documental.”


Surge, então, uma terceira figura dentro do longa: a própria diretora, com seus questionamentos e embates, e, nesse sentido, acaba discutindo o próprio processo documental e o gênero.


“Esse filme foi realizado – desde o desenvolvimento até a filmagem – em um período de governo de extrema direita somado a pandemia. Um período em que acompanhamos o Brasil sendo destruído, o cinema sendo destruído, assim como a saúde, a educação... Eu resolvi filmar um policial que, por mais que questione a polícia, segue sendo um policial. Uma pastora que eu não conseguia entender: se pensa assim, por que segue nessa instituição tão conservadora? Assim como eles tinham pés atrás com relação a mim, eu tinha em relação a eles”, explica.


Essas instabilidades foram incorporadas pela diretora na forma de O POLICIAL E A PASTORA, no qual a câmera está sempre na mão, nunca fixa ou parada, sempre buscando, se perdendo, se encontrando, se perdendo novamente. “Não via sentido em construir retratos que ‘parassem de pé’, que fossem perfeitos, conclusivos. Um retrato do nosso tempo, e do meu momento também como cineasta, em que corro riscos, lido com minhas limitações e falhas, me coloco em lugares que não tinha me colocado.”


O POLICIAL E A PASTORA será lançado no Brasil pela Olhar Distribuição, ainda sem data de estreia comercial.


Sinopse

Como se luta a partir de dentro das instituições? Um policial e uma pastora. O policial é antifascista e a pastora é feminista, enfrentando correntes hegemônicas nas instituições que pertencem. A diretora quer fazer um filme sobre eles. Eles aceitam, com algumas condições: querem ter controle de sua imagem e dos procedimentos do filme. A diretora é então levada para caminhos peculiares nessa tentativa de fazer um filme.


Ficha Técnica

Direção, Argumento e Roteiro: Alice Riff

Direção de Fotografia: Vinicius Berger

Montagem: Thiago Carvalhaes, Yuri Amaral

Técnica de Som Direto: Bianca Martins

Desenho de Som: Ricardo Zollner

Trilha Sonora: Bio Riff

Direção de Produção: Marina Moreira D'Aquino

Produção Executiva: Priscila Portella

Pesquisa: Alice Riff e Larissa Ribeiro

Pós-Produção de Imagem: Lucas Negrão | Anti-glitch Foundation

Pós-Produção de Som: Ricardo Zollner

Produtores: Alice Riff, Priscila Portella, Larissa Ribeiro, Bruno Caticha

Com Alexandre Felix Campos, Valeria Vilhena e Evangélicas Pela Igualdade de Gênero

Produtoras: Studio Riff, Filmes da Garoa e Casa Barco Filmes

Distribuidora: Olhar Distribuidora

Pôster: Pintura de Bruno Baptistelli 

Design Gráfico: Alexandre Mendes




Sobre Alice Riff

Cineasta, nasceu em São Paulo, no ano de 1984. É formada em Cinema (FAAP) e Ciências Sociais (USP) e tem pós-graduação em Estudos Brasileiros na Escola de Sociologia e Política de São Paulo. É diretora e roteirista dos longas-metragens documentais “Eleições” (2018), “Meu Corpo é Político” (2017) e “Platamama” (2018). Os filmes passaram por importantes festivais nacionais e internacionais, como Visions du Reel, Dok Leipzig, Festival do Rio, BAFICI, Festival del Nuevo Cine Latinoamericano de Havana e Festival de Brasília. “Meu Corpo é Político” ganhou prêmio de Melhor Filme Brasileiro no Olhar de Cinema de Curitiba e Melhor filme no Lovers – LGBT Torino Film Festival. É produtora executiva de “Histórias que Nosso Cinema (Não) Contava”, direção de Fernanda Pessoa, disponível no Netflix. Alice dirigiu diversos documentários para televisão e curtas-metragens, como “Orquestra Invisível Let’s Dance” (Prêmio Aquisição TV Cultura no Festival Internacional de Curtas de SP Kinoforum e Menção Honrosa no PirenopolisDoc). Com o documentário “Diálogos”, ganhou o prêmio de Melhor Filme no Festival Cinesul 2012. “Cidade Improvisada”, curta-metragem do qual produziu e dirigiu, ganhou o prêmio de Melhor Filme no Festival Visões Periféricas e foi selecionado para mais de 50 festivais nacionais e internacionais.


Sobre Studio Riff

Produtora audiovisual paulista que realiza documentários para cinema, televisão e outras mídias. Produziu cinco longas-metragens documentais além de curtas e médias-metragens que têm ganhado destaque participando de importantes festivais nacionais e internacionais e recebendo prêmios:


“Eleições” (Alice Riff, 2018), foi exibido no Dok Leipzig e Festival do Rio. Filme de abertura do Open City London Film Festival; selecionado para o festival CineOP. O filme teve patrocínio do Videocamp e estreou nas salas comerciais de cinema em 12 cidades brasileiras em março de 2019, somando 3000 espectadores. Disponível no Canal Brasil, Amazon Prime Video, iTunes, Youtube Movies, NET Now e OiPlay.


“Histórias que Nosso Cinema (Não) Contava” (Fernanda Pessoa, 2017) passou por festivais importantes como Doc Lisboa, Festival de Brasília e Rencontres de Toulouse. O filme ganhou prêmios como Melhor Filme pelo Júri da Crítica e Prêmio IndieLisboa na Semana dos Realizadores. Distribuído pela Boulevard Filmes. Estreou em circuito comercial em agosto de 2018 e está disponível na Netflix.


“Platamama” (Alice Riff, 2018) estreou em janeiro de 2018 na Mostra de Tiradentes, dentro da Mostra Olhos Livres, e foi selecionado no Festival de Cinema Latinoamericano de São Paulo. Estreou comercialmente no segundo semestre de 2022.


“Meu Corpo é Político” (Alice Riff, 2017) estreou no festival Visions du Reel. Posteriormente, passou por importantes festivais como BAFICI, Festival del Nuevo Cine Latinoamericano de Havana e Festival de Brasília, e ganhou prêmios como Melhor Filme Brasileiro no Olhar de Cinema de Curitiba e Melhor Filme no Lovers LGBT Torino Film Festival. Distribuído pela Olhar Distribuidora. Disponível no Canal Brasil, Amazon Prime Video, ITunes, Youtube Movies, NET Now e OiPlay.


“Orquestra Invisível Lets Dance” (Alice Riff, 2016). O curta-metragem ganhou o Prêmio Aquisição TV Cultura no Kinoforum - Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo e Menção Honrosa no Pirinopolis Doc 2016.


Seus projetos têm participado de importantes encontros de coprodução e laboratórios de desenvolvimento, como o La Fabrique Cinéma, do Festival de Cannes, Cinemundi BH, DocSP, Rio2C, Laboratório de Desenvolvimento do FICCI - Festival Internacional de Cartagena das Índias, entre outros. Com “Eleições”, participou do Rough Cut Lab do DocMontevideo, com consultoria de João Moreira Salles e Eduardo Escorel.


Sobre Filmes da Garoa

Criada em 2011, pelo roteirista e diretor Bruno Caticha e pela produtora Priscila Portella, a Filmes da Garoa é uma produtora independente, focada em filmes de gênero e documentários. Entre suas principais produções destacam-se: “O Vestido” (2019) e “O Espírito do Bosque” (2017), de Carla Saavedra Brychcy, vencedor do Kikito de Melhor Atriz no 45º Festival de Cinema de Gramado; “Geru” (2014), de Fábio Baldo e Tico Dias, vencedor do Candango de Melhor Ator e Som no 47º Festival de Brasília, “Projeto Silêncio” (2010), de Bruno Caticha, vencedor do prêmio Best Creative Idea no 13th Shanghai International Film Festival; e “Menarca” (2020), dirigido por Lillah Halla e selecionado para a Semaine de La Critique de 2020. É coprodutora do documentário “Elegia de Um Crime” (2018), que esteve na competitiva oficial do Festival É Tudo Verdade 2018, e da ficção “A Mãe” (2021), estrelado por Marcelia Cartaxo e vencedor de três Kikitos na edição de 2022 do Festival de Cinema de Gramado, ambos dirigidos por Cristiano Burlan. Trabalha no desenvolvimento do primeiro longa da diretora Natália Sellani, “Travessia”, selecionado para participar do SESC/SENAC Laboratório Novas Histórias, Sesc Argumenta e para a Incubadora Paradiso promovido pelo Projeto Paradiso, onde conta com a consultoria de Lucrecia Martel. Coproduziu com o Studio Riff os longas documentais da diretora Alice Riff O POLICIAL E A PASTORA (2023) e “Sala dos Professores”, este em fase de pesquisa.


Sobre a Olhar Distribuidora

A Olhar Distribuição nasceu do desejo de buscar a pluralidade de experiências, de visões de mundo, de mostrar a diversidade que existe no contexto em que vivemos. Cada filme tem um universo próprio, repleto de cores, texturas, sorrisos, dilemas e culturas singulares. Nosso objetivo é respeitar o universo de cada filme, suas cores, cultura, sorrisos e transpor as fronteiras que limitam os mundos ficcionais e reais para levá-los a outros olhares, cercados de realidades distintas, a fim de sensibilizar e provocar reflexão.


Atuando no mercado brasileiro desde 2017, foi responsável pelo lançamento comercial de mais de 30 títulos no mercado brasileiro. Obras que circularam em festivais mundo afora e impactaram o público brasileiro, como “Rafiki”, “Alice Júnior”, “Eleições”, “Ferrugem”, “Meu Corpo é Político”, “Maria Luiza”, “Casulo”, “Sem Ressentimentos” e “Os Primeiros Soldados”.




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