[News]Livro coordenado por Néstor García Canclini analisa transformações nas instituições e políticas culturais no Brasil e no México

 Livro coordenado por Néstor García Canclini analisa transformações

nas instituições e políticas culturais no Brasil e no México




 

Obra traz ensaios resultantes do projeto A Institucionalidade da Cultura e as

Mudanças Socioculturais, liderado por Canclini durante sua titularidade na

Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência, ação realizada em parceria

pelo Itaú Cultural e o Instituto de Estudos Avançados da USP.

 

 

 

As relações entre instituições culturais, artistas, trabalhadores do setor e públicos têm se transformado, nas últimas décadas, num contexto em que redes digitais alteram a comunicação entre criadores e receptores, com o agravante da pandemia de Covid-19, que deixou centenas de milhares de profissionais sem trabalho e interditou cinemas, teatros e centros comunitários.

 

Uma análise dessas transformações e seus impactos na América Latina é o objetivo central do livro “Emergências Culturais – Instituições, Criadores e Comunidades no Brasil e no México” (258 páginas, R$ 56,00), uma coedição IEA e Edusp, lançado este mês e à venda no site da Edusp. É o 5º volume da coleção da Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência – uma parceria do Itaú Cultural e do Instituto de Estudos Avançados da USP – dedicada aos projetos coordenados pelos titulares da cátedra desde 2016.

 

Com cinco ensaios resultantes do projeto “A Institucionalidade da Cultura e as Mudanças Socioculturais”, o livro é coordenado pelo sociólogo cultural argentino Néstor García Canclini, professor titular da Universidade Autônoma Metropolitana (UAM), do México, e titular da cátedra no biênio 2021-22, com a participação de outros três pesquisadores. Os textos são:

 

“Instituições, Comunidade e Criadores: Da Precariedade à Emergência”, introdução de autoria de Canclini;

 

“Pela Onda Luminosa: A Articulação em Rede a Favor da Lei Aldir Blanc no Contexto das Políticas Culturais Brasileira”, da pós-doutoranda Sharine Melo, gestora cultural na Funarte e doutora em comunicação e semiótica pela PUC-SP;

 

“Fora de Jogo? Territórios Latino-Americanos e Instituições Culturais no Brasil”, do pós-doutorando Juan Brizuela, doutor em cultura e sociedade pela UFBA;

 

“México: Instituições, Monumentos e Movimentos”, de Canclini e de sua assistente de pesquisa Mariana Martínez, antropóloga social graduada pela Universidade Autônoma do México (Unam);

 

“Brasil e México: Olhares Recíprocos”, epílogo com diálogo dos quatro pesquisadores sobre procedimentos e dificuldades para a realização das pesquisas e sobre concepções iniciais e constatações sobre aspectos surpreendentes.

 

Na apresentação da obra, Canclini sintetiza os objetivos primordiais da pesquisa que coordenou: 1) analisar como as relações entre instituições, artistas, trabalhadores da cultura e públicos estão se transformando; 2) verificar como as instituições culturais estão mudando num contexto em que as redes digitais alteram a comunicação entre criadores e receptores ou diante de catástrofes como foi a pandemia de Covid-19, que deixou centenas de milhares sem trabalho e interditou cinemas, teatros e centros comunitários.

 

Ele afirma que a pesquisa documental e etnográfica realizada, tendo o Brasil e o México como marcos de referência latino-americana, “forneceu surpresas ao comparar o ocorrido em países cujas histórias institucionais e tipos de governo insinuavam resultados diferentes dos encontrados”.

 

Para Canclini, as três crises da área – envolvendo instituições, criadores e comunidades culturais – estão relacionadas, mas é preciso distinguir se seus problemas são diferentes e, portanto, exigem modos diferentes de enfrentamento.

 

Segundo ele, “nunca experimentamos um colapso mundial das atividades econômicas, so­ciais e culturais como o que foi causado pela pan­demia entre 2020 e 2022”. Entre as alterações drásticas das indústrias culturais e nos comportamentos dos públicos, Canclini relaciona o predomínio do audiovisual sobre o escrito, o fechamento de jornais, editoras e livrarias e a concentração de conteúdo em computadores e celulares.

 

Para o autor, “o debate sobre os usos e interpretações do patrimônio histórico, material e cultural e sobre os agentes que o representam tor­nou-se central em grande parte da América Latina”. Diante disso, ele vê a necessidade de respostas a perguntas que “entraram com uma força sem precedentes na disputa pela institucionalidade e pelas transformações socioculturais”, entre elas: quando e como ocorreram a colonização e as independências? Que contribuições dos povos originários, dos escravos, das mulheres e dos colonizadores deve-se resgatar?

 

Novo site

O mês de junho também marca o lançamento do site Diálogos com Canclini no Brasil, dedicado ao sociólogo e aos eventos e publicações relacionadas ao projeto coordenado por ele na Cátedra Olavo Setubal.

 

O site apresenta também os projetos desenvolvidos pelos pós-doutorandos Sharine Melo e Juan Brizuela, colaboradores de Canclini na cátedra, e depoimentos de vários intelectuais brasileiros sobre a importância da obra do sociólogo para a reflexão do panorama da cultura (instituições, políticas) no Brasil e na América Latina em geral.

 

 

SERVIÇO:

Livro “Emergências Culturais – Instituições, Criadores e Comunidades no Brasil e no México”, de Néstor García Canclini

Páginas: 258

Preço: R$ 56,00

 

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