[Crítica] Cancão ao Longe


Sinopse: Canção ao Longe acompanha a busca de Jimena por sua identidade e por seu lugar no mundo. A jovem deseja mudar-se da casa que compartilha com a mãe e a avó e onde se sente deslocada. Ela também precisa romper com seu pai, com quem mantém uma troca de cartas à distância. Nesse movimento, Jimena lida com sua origem, seu corpo, suas escolhas e se depara com o silêncio de suas relações familiares. Através do seu olhar, o filme levanta questões sobre classe, família, tradição, raça e gênero.

O que achei? Dirigido por Clarissa Campolina, Canção ao Longe é o seu primeiro longa solo e é um filme intimista, introspectivo e totalmente contado sob o ponto de vista feminino.


Jimena é uma personagem que se sente deslocada e busca por pertencimento. A protagonista é uma mulher negra com mãe e avó brancas e pai ausente, no qual ela tenta se comunicar através de cartas sem sucesso, pois não se tem muito a dizer entre eles.

A protagonista passa pela vida como se tivesse no piloto automático ao mesmo tempo que busca por seu lugar no mundo e sem perspectiva futura. O longa é uma jornada de autodescoberta de Jimena ao tentar descobrir seu passado, suas raízes e buscar sua independência.

O longa pode parecer arrastado, mas isso é porque a diretora nos coloca no lugar de Jimena, para entender suas dúvidas, emoções e cotidiano. É uma história sobre autoconhecimento e nisso Canção ao Longe consegue passar a mensagem.

Produzido pela Anavilhana e distribuído pela Vitrine Filmes, por meio do projeto Sessão Vitrine, Canção ao Longe estreia hoje, dia 6 de julho.

Trailer:


 Escrito por Michelle Araújo Silva




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