[Crítica] Fogo Fátuo e Fantasma Neon
Sinopse: 2069, ano talvez erótico – logo veremos –, mas fatídico para um rei sem coroa. No seu leito de morte, uma canção antiga o faz rememorar árvores, um pinhal ardido e o tempo em que o desejo de ser bombeiro para libertar Portugal do flagelo dos incêndios foi também o despontar de outro desejo.
O que achei? Dirigido por João Pedro Rodrigues se passa no futuro onde o rei, à beira da morte, lembra de sua juventude e do relacionamento que teve com seu instrutor no corpo de bombeiros.
No início do filme, a monarquia está chegando ao fim e é tão moribunda quanto o rei em seu leito, esperando a morte chegar. O que vemos a partir do momento que Alfredo vê um boneco negro em um carro de bombeiro de brinquedo é como se ele visse a vida passar diante de seus olhos.
Fogo Fátuo tem uma dose bem grande de homoeroticismo presente no corpo de bombeiros, o que é um contraste em relação à instituição praticamente militarizada, conservadora e rígida, principalmente considerando o cenário monarquista da história do filme.
Alfredo é um jovem que quebra o conservadorismo e alienação de sua família ao preocupar com o meio ambiente e mudanças climáticas que estão afetando Portugal com vários incêndios se alastrando pelo país e decide se tornar bombeiro para ajudar o povo português de forma mais ativa.
O longa também é um filme romântico, onde dois homens com histórico bem diferentes se apaixonam. É um romance homossexual e inter-racial.
Fogo Fátuo é um filme poético e simbólico sobre uma monarquia decadente e uma história de amor que desafia a sociedade conservadora dessa monarquia.
O curta-metragem Fantasma Neon, dirigido por Leonardo Martinelli, será exibido antes de Fogo Fátuo. O curta é sobre um entregador de aplicativo que sonha em ter uma moto e que disseram a ele que tudo seria como um filme musical.
Fantasma Neon é um curta sobre trabalhadores invisíveis onde a música e dança dão voz e catarse para essas pessoas que ou são ignoradas ou são tratadas com grosseria e desprezo quando a ordem do pedido veio errada.
João (interpretado por Dennis Pereira) faz entregas usando uma bicicleta mas tem como objetivo ter uma moto para ajudar na sua profissão. O final do curta é chocante e resume a invisibilidade de pessoas como João que – apesar de terem uma função importante na sociedade – são marginalizadas, principalmente por uma sociedade privilegiada.
Geralmente, não sou muito chegada em musicais, mas esse curta faz uso desse gênero muito bem ao fazer dele uma forma de crítica social.
Tanto Fogo Fátuo quanto Fantasma Neon estreiam hoje, dia 20 de julho, distribuídos pela Vitrine Filmes.
O que achei? Dirigido por João Pedro Rodrigues se passa no futuro onde o rei, à beira da morte, lembra de sua juventude e do relacionamento que teve com seu instrutor no corpo de bombeiros.
No início do filme, a monarquia está chegando ao fim e é tão moribunda quanto o rei em seu leito, esperando a morte chegar. O que vemos a partir do momento que Alfredo vê um boneco negro em um carro de bombeiro de brinquedo é como se ele visse a vida passar diante de seus olhos.
Fogo Fátuo tem uma dose bem grande de homoeroticismo presente no corpo de bombeiros, o que é um contraste em relação à instituição praticamente militarizada, conservadora e rígida, principalmente considerando o cenário monarquista da história do filme.
Alfredo é um jovem que quebra o conservadorismo e alienação de sua família ao preocupar com o meio ambiente e mudanças climáticas que estão afetando Portugal com vários incêndios se alastrando pelo país e decide se tornar bombeiro para ajudar o povo português de forma mais ativa.
O longa também é um filme romântico, onde dois homens com histórico bem diferentes se apaixonam. É um romance homossexual e inter-racial.
Fogo Fátuo é um filme poético e simbólico sobre uma monarquia decadente e uma história de amor que desafia a sociedade conservadora dessa monarquia.
O curta-metragem Fantasma Neon, dirigido por Leonardo Martinelli, será exibido antes de Fogo Fátuo. O curta é sobre um entregador de aplicativo que sonha em ter uma moto e que disseram a ele que tudo seria como um filme musical.
Fantasma Neon é um curta sobre trabalhadores invisíveis onde a música e dança dão voz e catarse para essas pessoas que ou são ignoradas ou são tratadas com grosseria e desprezo quando a ordem do pedido veio errada.
João (interpretado por Dennis Pereira) faz entregas usando uma bicicleta mas tem como objetivo ter uma moto para ajudar na sua profissão. O final do curta é chocante e resume a invisibilidade de pessoas como João que – apesar de terem uma função importante na sociedade – são marginalizadas, principalmente por uma sociedade privilegiada.
Geralmente, não sou muito chegada em musicais, mas esse curta faz uso desse gênero muito bem ao fazer dele uma forma de crítica social.
Tanto Fogo Fátuo quanto Fantasma Neon estreiam hoje, dia 20 de julho, distribuídos pela Vitrine Filmes.
Trailer:
Escrito por Michelle Araújo Silva
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