[News] O Tríptico: Não ela, Ele e Culpa encerra temporada na Oficina Cultural Oswald de Andrade

 Tríptico: Não ela, Ele e Culpa encerra temporada na Oficina Cultural Oswald de Andrade

 

Os espetáculos, criados entre 2019 e 2023, são apresentados por Oliver acompanhado por sua mãe, pai e namorado - figuras centrais dos temas abordados pelo artista

 



Em última semana na Oficina Cultural Oswald de Andrade os espetáculos Não ela: o que é bom está sempre sendo destruído (foto acima), Culpa e Ele - Crédito: Andre Stefano

 

Fotos para a imprensa AQUI

 

 

, Ele e Culpa, os três espetáculo que compõem o

 

"Há uma linha estética comum nos três espetáculos, como projeções de textos e jogos performativos que vão sendo executados de modos diferentes a cada sessão, e não por meio de cenas marcadas. Também não há uma trilha sonora num sentido muito convencional, de embalar alguma atmosfera. O que predomina também nos trabalhos é uma moldura teatral para algo não convencionalmente teatral", conta Oliver, reforçando que um dos atravessamentos fundamentais nos trabalhos foi a leitura de Testo Junkie, obra do escritor e filósofo transmasculino espanhol Paul B. Preciado, que também foi concebido enquanto Paul fazia uso de testosterona.

 


“Quando eu te lambo a pele, eu vejo que estou próximo de algum líquido que me dá um prazer difícil de precisar. Digo isso porque não é totalmente você, mas são fragmentos do seu corpo que culminam com milhares de outros, ou alguns poucos outros, corpos e peles, e esses corpos e peles é onde a gente mergulha e logo acessa e se agarra. É onde tudo para, numa barriga”.

Trecho de “Não ela: o que é bom está sempre sendo destruído”


 

Sinopses

 

Não ela: o que é bom está sempre sendo destruído - Um casal começa a morar junto ao mesmo tempo que um deles começa seu processo de transição de gênero. O namorado cisgênero então escreve um texto sobre suas questões que emergem no convívio com seu namorado trans. Esse texto é materializado no palco pelo casal em cena, através de cinco programas performativos.

 

Ele - Dois “eles”, um cisgênero e um transgênero, casados na vida real, se colocam num palco para juntos realizarem algumas ações e jogos performativos. São criadas imagens que remetem direta ou indiretamente a questões de sexualidade, gênero, existência e essência. Nesse percurso, surgem reflexões acerca do que é um homem, um “ele”, ou o próprio masculino. Essa peça foi criada quando o autor começou a usar testosterona.

 

Culpa - Uma pessoa transgênera e seus pais fazem uma peça de teatro no qual eles rememoram momentos de sua vida juntos, antes da pessoa transgênera fazer uma mastectomia masculinizadora (retirada plástica dos seios). Através de uma série de imagens, eles refletem sobre as tensões que habitam o relacionamento dos três frente às decisões estéticas e identitárias do filho trans.

 

Sobre Janaina Leite

 

Janaina Leite é atriz, diretora, dramaturga e pós-doutoranda pela Escola de Comunicação e Artes da USP. É referência na cena brasileira para a pesquisa dos "teatros do real" com trabalhos premiados como "Stabat Mater" (prêmio Shell de dramaturgia em 2020) e o projeto "ensaios escopofílicos" pesquisando a relação entre teatro e ponografia em trabalhos como "Camming 101 noites" e "História do Olho - um conto de fadas porno noir". Linguagens híbridas, a perspectiva ob-cena que aproxima teatro e performance, arte e vida, fronteiras difusas entre práticas artísticas e práticas socio-culturais, interessam a sua pesquisa.

 

Seu trabalho vem atraindo interesse fora do Brasil e já esteve como convidada em países tais quais França, Espanha, Portugal, Chile e México. Atualmente, integra o programa de dramaturgos latino-americanos que compõem o projeto Bombom Gesell com estreia em fevereiro de 2023 no FIBA (Festival internacional de Buenos Aires) e é uma das artistas brasileiras escolhidas para a criação de um trabalho inédito para a edição "Voices from the South" do Festival de Edimburgo em 2023. Acaba de ganhar o edital "Arte no Metaverso" da importante instituição brasileira Itaú Cultural para o desenvolvimento de sua pesquisa sobre realidade virtual e estados limites do corpo e da consciência.

 

Fichas Técnicas - Tríptico: Não Ela, Ele e Culpa

 

Não ela: o que é bom está sempre sendo destruído

Direção e performance: Oliver Olívia

Dramaturgia e performance: Lucas Miyazaki

Dramaturgismo: Antonio Salviano

Provocação: Ave Terrena, Kenia Dias, Janaína Leite e Monica Montenegro

Iluminação: Harth Brito

Operação cênica: Marco Antonio Oliveira

 

Ele

Direção, dramaturgia e performance: Oliver Olívia

Performance: Lucas Miyazaki

Dramaturgismo: Antonio Salviano

Provocação de movimento: Letícia Sekito

Desenho de luz: GIVVA

Execução de luz: Harth Brito

 

Culpa

Direção, dramaturgia e performance: Oliver Olívia

Performance e contribuição para a dramaturgia: Eugênio Fernandes e Rosana Lagua

Dramaturgismo: Antonio Salviano

Provocação cênica: Lucas Miyazaki

Iluminação: Harth Brito

Identidade Visual e Design: Veni Barbosa

Mídias Sociais: Fernando Pivotto

Assessoria de Imprensa: Canal Aberto - Márcia Marques, Daniele Valério e Diogo Locci

Produção: Corpo Rastreado - Leo Devitto

 

“Este projeto foi contemplado pela 16ª Edição do Prêmio Zé Renato — Secretaria Municipal de Cultura”

 

SERVIÇO

Tríptico: Não Ela, Ele e Culpa

Duração de cada peça: 60 minutos | Classificação indicativa: 18 anos

 

Até 22 de julho de 2023, quinta a sábado - quintas e sextas às 19h30, sábados às18h

Local: Oficina Cultural Oswald de Andrade (Sala 11)

Endereço: Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro, São Paulo - SP, 01123-001

 

Quintas: Não Ela - 6, 13 e 20 de julho

Sextas: Ele - 7, 14 e 21 de julho

Sábados: Culpa - 8, 15 e 22 de julho

 

Ingressos: ENTRADA GRATUITA - retirada de ingressos 1 hora antes de cada sessão

Capacidade: 30 lugares

 

10 a 27 de agosto de 2023, quinta a domingo - quinta a sábado às 20h, domingo às 18h

Local: Teatro Arthur de Azevedo (Sala Multiuso).

Endereço: Av. Paes de Barros, 955 - Alto da Mooca, São Paulo - SP, 03115-020

 

Não Ela - 10, 11, 17 e 24 de agosto

Ele - 12, 18, 19 e 25 de agosto

Culpa - 13, 20, 26 e 27 de agosto

 

Ingressos: ENTRADA GRATUITA - retirada de ingressos 1 hora antes de cada sessão

Capacidade: 30 lugares

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