[News]“Estância” Novo balé do Grupo Corpo, encomendado pelo maestro Gustavo Dudamel, estreia em Los Angeles dia 18 de julho.
“Estância”
Novo balé do Grupo Corpo, encomendado
pelo maestro Gustavo Dudamel, estreia em Los Angeles dia 18 de julho.
A coreografia, com a
música do argentino Alberto Ginastera, será apresentada no Hollywood Bowl com a
Los Angeles Philharmonic com regência de seu titular
Em seguida, estreia
no Brasil, com a Filarmônica de Minas Gerais - de 3 a 5 de agosto na Sala Minas
Gerais, sob a batuta de Fabio Mechetti
O Grupo Corpo vai viver em 2023 uma
experiência inédita em sua trajetória. Primeiro, porque atende a um convite -
feito pelo regente titular da Filarmônica de Los Angeles, Gustavo Dudamel, para
criar e apresentar um balé. E, em segundo lugar, vai se apresentar pela
primeira vez com orquestra ao vivo e no palco.
Dudamel propôs a criação da coreografia
sobre a música de Estância, do compositor Alberto Ginastera (1916-1983),
um de seus compositores favoritos, que ele constantemente programa. As obras do
argentino são pilares da música de concerto sul-americana. E Ginastera – cuja
morte está completando 40 anos dia 25 de junho - foi ainda o primeiro professor
de Astor Piazzolla.
“O convite chegou em 2019. Dudamel propôs o
projeto conjunto e é uma alegria colaborar com esse artista brilhante,
inquieto, com olhar social”, conta o diretor artístico Paulo Pederneiras. Com a
pandemia, a parceria foi suspensa e retomada no início desse ano.
Já em agosto, Estância chega ao
Brasil. Dias 3, 4 e 5, a Filarmônica de Minas Gerais abre sua Sala para um
programa que tem a nova coreografia e também peças de Marco Antônio Guimarães
(escritas para a companhia mineira em 2015 e gravadas pela orquestra) e de
Grieg. A regência é do diretor artístico e titular Fabio Mechetti.
Espaço
desafiador
Rodrigo Pederneiras, que morou na
Argentina em sua juventude, conhece muito bem a música de Ginastera. “É uma
peça muito conhecida, principalmente na Argentina. Sempre gostei muito dela”.
Como acontece em todas as criações, ele é guiado pela música. “Embora a peça
seja narrativa, acompanhando um dia na vida do fazendeiro, o balé não segue a
linha figurativa. Temos toda a companhia dançando, os 21 bailarinos, com cenas
de tutti e também solos, pas-de-deux e grupos menores”.
Estar na cena junto com a LA Philharmonic e
a Filarmônica de Minas Gerais traz a questão do espaço para a movimentação dos
bailarinos “Em Los Angeles, por exemplo, dispomos de uma faixa de movimentação na
frente da orquestra, de cerca de 5,5m por 20m. Não há coxias, não há pernas
[anteparo lateral no palco]... São limitações, mas também impulso para
encontrar um novo formato”, garante Rodrigo.
Paulo Pederneiras se debruçou sobre os
desafios do palco do Hollywood Bowl, que recebe cerca de 18 mil espectadores.
“É um espaço muito diferente dos teatros em que habitualmente nos apresentamos.
A iluminação não será um recurso cênico e, naturalmente, não teremos cenário”.
“É uma alegria constatar o reconhecimento
do nosso trabalho por um dos mais importantes regentes da atualidade e uma das
maiores orquestras do mundo”, arremata Paulo. “E estrear no Brasil com a
Filarmônica de Minas Gerais, grupo excepcional”.
programação em
minas
A
estreia brasileira de Estância vai acontecer na parceria com a Orquestra
Filarmônica de Minas Gerais, em três apresentações de 3 a 5 de agosto, sob a
batuta do diretor artístico e regente titular Fabio Mechetti. A Filarmônica e o
Grupo Corpo se encontram pela primeira vez no palco nessa apresentação de Estância,
mas já estiveram juntos em estúdio: a orquestra mineira gravou a trilha do balé
Dança Sinfônica, criada por Marco Antônio Guimarães para as comemorações
dos 40 anos do grupo, em 2015.
“Para
exaltar ainda mais a celebração dos 15 anos da Filarmônica, nos unimos a um dos
maiores patrimônios culturais mineiros, em sua seriedade e excelência do
trabalho - e da penetração que esse trabalho tem tanto em Minas quanto no exterior.
A riqueza artística da soma de música e dança transforma positivamente nossa
sociedade”, afirma o maestro Fabio Mechetti.
As
Seis Danças Sinfônicas, criadas por Marco Antonio Guimarães para a
celebração dos 40 anos do Grupo Corpo, e as Danças Norueguesas de Grieg,
compostas em 1881 a partir de bailados folclóricos de seu país, abrem a noite.
Alberto Ginastera
e Estância
A peça foi criada como música de balé em
1941, por encomenda do coreógrafo Lincoln Kirstein para a American Ballet
Caravan, que já tinha dançado a sua anterior Panambi. O compositor se
debruçou sobre os poemas de José Hernandez, selecionando El Gaucho Martin
Fierro (1872), libelo contra a política oitocentista que estimulava os
“gaúchos” a dizimar as populações indígenas. Ginastera mescla o conteúdo
original com um arco temporal, que acompanha as fases de um dia, do amanhecer
ao seguinte, com a chegada de um rapaz da cidade ao campo, onde se apaixona por
uma jovem local e tem de se provar “gaúcho”, merecedor do seu amor.
Mas a companhia de Kirstein (que seria
cofundador do New York City Ballet em 1948) se desfez – e Ginastera transformou
quatro movimentos da música em uma suíte orquestral. Teria sua estreia como
ballet em 1952 no Teatro Colón de Buenos Aires, com coreografia de Michel
Borowski. Estreou no New York City Ballet em 2010 com coreografia de
Christopher Wheeldon. E a música sinfônica continua a ser programada em
concertos.
O
maestro Fabio Mechetti traz sua análise da peça: “Estância é, talvez, a
obra mais famosa de Ginastera. Nela, ele consegue unir a rusticidade do
folclore rural argentino ao lirismo que também caracteriza a música de raiz do
nosso país vizinho. Como não poderia deixar de ser, ela tem uma dominância
rítmica bastante acentuada, uma orquestração que valoriza os instrumentos de
percussão e, nesta versão, conta também com a participação de um
narrador/cantor, que conecta a ação à narrativa musical que se desenvolve”. Ele
acrescenta: “a peça é frequentemente apresentada em sua versão sinfônica
reduzida - que, aliás, será apresentada por nós na semana seguinte, dentro da
programação anual da Filarmônica”.
“Estância é, na obra de Ginastera,
o que o Bolero representa na de Ravel”, afirma a filha do compositor,
Georgina, em entrevista para o jornal La Nación [1]-.
E, por sua permanência, se tornou um ícone da música latino-americana do século
XX."
GRUPO CORPO E FILARMÔNICA
DE MINAS GERAIS
3, 4 e 5 de agosto, quinta, sexta e sábado, às 20h30
Sala Minas Gerais
M.A. GUIMARÃES Seis
Danças Sinfônicas
GRIEG Danças
Norueguesas
GINASTERA Estância,
op. 8
Fabio Mechetti, regente
Michel de Souza, barítono (solista e narrador)
*
Rodrigo Pederneiras, coreógrafo | Grupo Corpo
Paulo Pederneiras, diretor artístico | Grupo Corpo
Ingressos: Início das vendas no dia 4 de julho, a partir das 12h, pelo
site www.filarmonica.art.br (com
taxa de serviço) e na bilheteria da Sala Minas Gerais
$ 280 (Plateia Central,
Balcão Principal, Balcão Lateral, Balcão Palco, Mezanino)
$ 100 (Coro e Terraço)
Meia-entrada para
estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com
deficiência, de acordo com a legislação.
Informações: (31)
3219-9000 ou www.filarmonica.art.br
Bilheteria da Sala Minas
Gerais - Horário
de funcionamento
Dias sem concerto:
3ª a 6ª — 12h a 20h
Sábado — 12h a 18h
Em dias de concerto, o
horário da bilheteria é diferente:
·
12h a 22h — quando o concerto é durante a semana
·
12h a 20h — quando o concerto é no sábado
·
9h a 13h — quando o concerto é no domingo
São aceitos cartões das
bandeiras Elo, Mastercard e Visa / Pix
Imprensa Grupo Corpo Nacional
Luciana Medeiros (21) 98139-0202 lucianamedeiros@verbovirtual.com.br
Imprensa Grupo Corpo Belo Horizonte
Angela Azevedo (31) 99114-7229 |
3297-1014 | angela@noir.com.br
Imprensa Filarmônica de Minas Gerais
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