[News]MOSTRA EM SÃO PAULO DEBATE CINEMA, MINERAÇÃO E MEIO AMBIENTE

 

Acontece em São Paulo entre os dias 26 e 29 de julho a MOSTRA CINEMA, MINERAÇÃO E MEIO AMBIENTE, na Nave Coletiva (R. José Bento, 106 – Cambuci), sede da Mídia Ninja em São Paulo. Além da exibição de quatro longas, o evento promoverá mesas de debates sobre os temas dos filmes, tendo o audiovisual como suporte para abordar a questão da mineração no Brasil. A mostra é promovida pelo Instituto Camila e Luiz Taliberti, que completa 4 nesse mês.

Na abertura, dia 26, será exibido o filme Ode ao Choro, de Cecília Engels. A sessão será seguida da mesa Travessias da vida, com a diretora do filme e Carla Belintani, psicanalista da Casa Frida, que trabalha com os temas luto, arte e psicanálise. A mediação é de Helena Taliberti, fundadora do Instituto Camila e Luiz Taliberti.

No dia 27, será a vez do longa inédito no Brasil A Ilusão da Abundância, exibido no Parlamento Europeu, com direção de Erika González e Matthieu Lietaert, seguida da mesa Mulheres, Mineração e Meio Ambiente, que contará com Carolina de Moura, jornalista, agricultora agroecológica em Brumadinho (MG) e Carolina Linhares, repórter da Folha de S. Paulo. A mediação será de Malu Ribeiro, da SOS Mata Atlântica.


Na sexta-feira 28 será a exibição do longa Lavra, de Lucas Bambozzi, premiado no Festival de Brasília e na Mostra Ecofalante, além de exibido em eventos internacionais como no Hotdocs de Toronto, no 26º Festival de Cine de Lima, tendo recebido uma menção honrosa no XVII World of Knowledge em São Petersburgo. Na sequência, a mesa Máquina do Mundo contará com a presença do diretor e José Miguel Wisnik, músico e escritor, autor de livros como “Maquinação do mundo: Drummond e a mineração”. A mediação será do Prof. Luiz Marques, da Unicamp.


 


O evento encerra no dia 29, com a exibição do inédito O Lugar Mais Seguro do Mundo, de Aline Lata e Helena Wolfenson, premiado no Festival DocLisboa. A exibição será seguida da mesa Vidas Rompidas, que contará com a presença das diretoras e Marlon Robert, cuja trajetória é tema do documentário. A mediação é de Julia Neiva, da Conectas, ONG especializada em direitos humanos.


 


Para tratar o assunto, a MOSTRA CINEMA, MINERAÇÃO E MEIO AMBIENTE traz histórias pessoais de luta e resistência que acontecem no Brasil e na América Latina. Os debates após as sessões enriquecerão a experiência dos filmes.


 


SERVIÇO


Mostra Cinema, Mineração e Meio Ambiente


Local: Nave Coletiva - R. José Bento, 106 - Cambuci. São Paulo


Data: 26 a 29 de julho de 2023


Horários:


Exibição filmes: 19h30


Mesas: 21h00


Encerramento: 22h00


 


Programação completa


Dia 26/7/23, quarta-feira, às 19h30


Filme: Ode ao Choro, de Cecília Engels


Tema mesa: Travessias da vida


Participantes: Cecília Engels e Carla Belintani


Mediação: Helena Taliberti – Instituto Camila e Luiz Taliberti


 


Dia 27/7/23, quinta-feira, às 19h30


Filme: A Ilusão da Abundância, de Erika González e Matthieu Lietaert


Tema mesa: Mulheres, Mineração e Meio Ambiente


Participantes: Carolina de Moura e Carolina Linhares


Mediação: Malu Ribeiro - SOS Mata Atlântica


 


Dia 28/7/23, sexta-feira, às 19h30


Filme: Lavra, de Lucas Bambozzi


Tema mesa: Máquina do Mundo


Participantes: Lucas Bambozzi e José Miguel Wisnik


Mediação: Luiz Marques - Unicamp


 


Dia 29/7/23, sábado, às 19h30


Filme: O Lugar Mais Seguro do Mundo, de Aline Lata e Helena Wolfenson


Tema mesa: Vidas Rompidas


Participantes: Aline Lata, Helena Wolfenson e Marlon Robert


Mediação: Julia Neiva – Conectas Direitos Humanos


 


Mais informações sobre os filmes:


 


Ode ao choro


Direção e roteiro: Cecilia Engels


O filme é um passeio pelo luto de Cecilia, diretora de cinema há 14 anos. Em 2019 ela viu sua vida virar de ponta cabeça quando, no rompimento da barragem de Brumadinho, sua melhor amiga morreu. Em busca da restauração de seu trauma, Cecilia se encontra com algumas pessoas que a estimulam a falar sobre a morte e o luto. Por um recorte autobiográfico, a diretora vira personagem da obra para falar sobre seus medos, sua fé e sua percepção da morte.


 


A ilusão da abundância


Direção: Erika González e Matthieu Lietaert


Apesar do desequilíbrio de poder, Bertha, Carolina e Máxima compartilham um objetivo em comum: liderar a luta contra os conquistadores modernos.


Em um ambiente em que os governos e corporações, envolvidos em uma corrida global por crescimento ilimitado, precisam obter as matérias-primas mais baratas, essas três mulheres contam uma história de coragem implacável: como continuar lutando para proteger a natureza quando sua própria vida está em risco? Quando repressão policial, assédio corporativo, agressões ou até mesmo ameaças de morte fazem parte de sua rotina diária?


A ilusão da abundância não se trata apenas das pessoas que pagam o preço alto do “desenvolvimento” e do “progresso”. É, acima de tudo, um filme sobre a globalização da luta socioambiental e do esforço para perseguir as corporações transnacionais e alcançar a justiça, em qualquer parte do mundo: três mulheres que arriscam suas vidas para proteger nosso planeta.


 


Lavra


Direção: Lucas Bambozzi


O filme narra a jornada da geógrafa Camila a partir do rio Doce, contaminado pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana, que varreu povoados do mapa e matou 19 pessoas. Em uma espécie de road movie, Camila segue o caminho da lama tóxica, deparando-se com paisagens, comunidades e pessoas devastadas, até que outra barragem que se rompe, em Brumadinho, matando cerca de 300 pessoas. Ao ver a tragédia de perto, ela sente-se pela primeira vez atingida e se envolve com movimentos de resistência.


 


O Lugar Mais Seguro do Mundo


Direção: Aline Lata e Helena Wolfenson


O filme acompanha Marlon, um jovem cuja vida foi transformada depois que sua cidade foi soterrada pelo rompimento de uma barragem de rejeito de minério. Refugiado de sua casa, ele enfrenta novos desafios e presencia a repetição de mais uma tragédia da mineração no Brasil. “O lugar mais seguro do mundo” é a forma de Marlon se referir ao seu lugar de origem, hoje cercado por câmeras e seguranças. Ironicamente, ele garante que nada mais pode acontecer lá.


 


 


Sobre o Instituto Camila e Luiz Taliberti


O Instituto Camila e Luiz Taliberti foi criado em julho de 2019 por iniciativa dos amigos e familiares de Luiz e Camila, vítimas fatais do rompimento da barragem em Córrego do Feijão, Brumadinho (MG) ocorrido em 25 de janeiro daquele ano, e tem como missão atuar em temas socioambientais, na defesa dos direitos humanos, sob duas vertentes: o empoderamento de grupos vulneráveis, especialmente mulheres, e a proteção do meio ambiente.


 



Nenhum comentário