[Crítica] Depois de Ser Cinza

Sinopse: Três mulheres, de histórias completamente distintas, têm uma coisa em comum: amaram e se relacionaram com o mesmo homem. Sob o ponto de vista destas mulheres, através de uma estrutura intrincada de idas e vindas no tempo, vem à tona a história de Raul.

O que achei? Dirigido por Eduardo Wannmacher é um filme sobre relacionamentos entre personagens solitários, melancólicos e com uma certa dificuldade de se conectar realmente um com o outro. A cena onde Raul e Isabel se encontram em um país estrangeiro é o exemplo disso, onde a interação entre eles é um pouco hostil e mecânica em vez de ser calorosa como se espera de brasileiros que se encontram no exterior.

Embora Raul seja o personagem central do filme, a história é contada mais sob o ponto de vista de Isabel, Suzy e Manuela. Os quatro personagens são alienados e – como eu disse – solitários e os relacionamentos que eles tiveram um com outro são bem superficiais. É como se esses personagens estivessem no piloto automático nesses relacionamentos.

A pessoa de Raul é mostrada através da perspectiva das três mulheres que relacionaram com ele em momentos diferentes. Conhecemos Raul através delas, o que é uma inversão de papéis interessante já que geralmente os filmes mostram personagens femininos sob a ótica masculina.

A narrativa não é linear e o clima é um pouco depressivo e reflete a complexidade e estado de espírito dos quatro personagens.

Com distribuição da Boulevard Filmes e codistribuição da Vitrine Filmes, Depois de Ser Cinza chega hoje, dia 3, aos cinemas brasileiros. 
 
Trailer:
 

 
 Escrito por Michelle Araújo Silva



 

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