[News]Carlos Canhameiro disseca as várias camadas da vida no livro de poemas ‘Desconhecido Afeto’
Carlos Canhameiro disseca as várias camadas da vida no livro de poemas
‘Desconhecido Afeto’
Os amores, o fazer poético, a morte e o erotismo estão presentes no livro lançado pela editora 7Letras
Capa do livro Desconhecido Afeto, de Carlos Canhameiro
Imprensa clique AQUI
Em sua busca por decifrar as ações cotidianas e corriqueiras, Carlos Canhameiro dedicou-se à criação poética durante a pandemia de Covid-19. Seus escritos ganharam forma no livro Desconhecido Afeto, sua terceira publicação de poesia, editado pela 7Letras. A obra terá o lançamento oficial na terça-feira, 8 de agosto, às 19h, na Livraria Ria (Rua Marinho Falcão, 58 – Sumarezinho, São Paulo). A ideia é deixar o público livre para ouvir e declamar os poemas que quiser.
O trabalho não é autobiográfico. O escritor quis dar vazão aos assuntos que o tocaram durante o isolamento social, como a solidão, o medo do desconhecido, o distanciamento das relações, a violência, a hegemonia do mundo virtual sobre o mundo físico e até mesmo o surgimento de um sentimento de inutilidade.
“Conversando com a Cacá Meirelles, uma grande amiga e parceira artística, tive a ideia de criar uma espécie de arqueologia dos afetos. Ficamos pensando sobre qual seria o percurso histórico dos afetos e que poderiam até existir tipos de afeições que ainda não conhecíamos”, comenta.
No entanto, durante a produção dos textos, essa ideia se expandiu. “As situações mais triviais do cotidiano, como lavar a louça, por exemplo, inspiram as minhas poesias. Gosto do desafio de tentar descrever essas pequenas ações repetitivas e quase despercebidas a partir da linguagem poética”, acrescenta.
Suas criações investigam, sem pudor, as diferentes camadas da vida. O leitor encontra poesias eróticas, românticas, políticas e metalinguísticas. Existem, inclusive, diálogos explícitos com autores e autoras contemporâneos que Canhameiro admira, como Ana Martins Marques, Angélica Freitas, Bruna Beber e Eucanaã Ferraz.
precisamos conversar / sobre os silêncios / que não nos permitimos / sério / precisamos conversar / sobre os verbos / os adjetivos / que evitamos em público / precisamos conversar / sobre a precisão das nossas faltas / os desacordos dos nossos desejos / do aquecimento global / não / não me leve a mal / precisamos conversar / sobre escolher e excluir / excluir e somar / concluir e sonhar / precisamos conversar / sobre o término de tudo / e o começo do nada / a insistência do adeus / de quem parte e de quem fica / precisamos conversar / antes do fim do mundo / depois do mundo sem fim
Poema “Precisamos Conversar”, de Carlos Canhameiro
A experimentação é a marca registrada deste escritor que também é diretor de teatro, ator e dramaturgo. Os poemas alternam variados eu-líricos: uma mãe, um pai, uma avó ou um avô. Ao mesmo tempo, a voz também muda da primeira para a terceira pessoa.
Para representar todas essas ideias em imagens, Cacá Meirelles foi convidada para ilustrar a capa de Desconhecido Afeto. “É interessante trabalhar com ela porque nos conectamos por diferentes visões de mundo. Ela tem conexões com o sagrado e o mistério, algo que não está presente para mim. Por isso nos complementamos em um resultado bastante potente”, conta Canhameiro.
Sobre o autor
Carlos Canhameiro é escritor e artista de teatro. Como poeta, escreveu os livros poesia sem ponto (Lamparina Luminosa, 2017), vencedor do Prêmio Literário Cidade de Manaus, 2018, e Atalho (MireVeja, 2021). Escreveu também diversas peças de teatro e um livro para crianças, Vovó Surrealista, pela editora MireVeja. É pai do Lucas e da Nina!
FICHA TÉCNICA
“Desconhecido Afeto”
Autor: Carlos Canhameiro
Editora 7Letras, 2023
ISBN 9786559055807
Número de páginas: 120
Preço sugerido: R$ 54
Venda online em https://7letras.com.br/
LANÇAMENTO EM SÃO PAULO
Terça-feira, 8 de agosto de 2023, às 19h
Lançamento + sarau coletivo
Local: Livraria Ria
Endereço: Rua Marinho Falcão, 58 – Sumarezinho, São Paulo/ SP
Assessoria de Imprensa
Canal Aberto Comunicação
Há 30 anos divulgando cultura
Nenhum comentário