[News]COM VILMA MELO, “MÃE DE SANTO” GANHA NOVA TEMPORADA A PARTIR DE 11 DE AGOSTO, NO TEATRO IPANEMA
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VILMA MELO, “MÃE DE SANTO” GANHA NOVA TEMPORADA A PARTIR DE 11 DE AGOSTO, NO
TEATRO IPANEMA
Escrito
a partir de textos e relatos da filósofa Helena Theodoro, monólogo joga luz
sobre o papel poderoso e fundamental da mulher negra na sociedade
Ressignificar e enaltecer o poder da
mulher preta na condução de suas comunidades é o grande mote do monólogo “Mãe
de santo”, que fará temporada de 11 a 20 de agosto no Teatro Ipanema, com
ingressos a preços populares (R$ 20 e R$ 40) e apresentações de sexta a
domingo. A montagem já diz a que veio ao escalar Vilma Melo, primeira
atriz negra a vencer o Prêmio Shell (2017), para interpretar uma e, ao mesmo
tempo, várias mulheres pretas. Em novembro, o espetáculo estará no Festival
Mindelact, que acontece há 22 anos, em Cabo Verde. A peça também foi convidada
para participar de apresentações em Angola, Portugal e Moçambique.
A peça “Mãe de santo” traz um
posicionamento firme e de orgulho das histórias contadas e passadas por
gerações e documentando como as mulheres afro-brasileiras são diálogos, corpos
sagrados e que utilizam o homem como complemento de suas narrativas e
vivências. Com direção geral de Luiz Antonio Pilar, o espetáculo foi
escrito pela autora teatral Renata Mizrahi a partir de textos e relatos
da filósofa, escritora e professora Helena Theodoro, que celebra seus 80
anos em 2023.
“Mãe
de santo representa pra mim as mil possibilidades da mulher preta, que dá
asas à imaginação, mostrando musicalidade, poesia, espiritualidade, habilidade
e maternidade desde muito tempo. Ser mãe
de santo é ser mãe do mundo, cuidando de gente de ontem – seus ancestrais, ou
de hoje, sua família, amigos, parceiros –, preservando o mundo para um amanhã
mais pleno, transformado pelo elo de afeto entre as pessoas, pela arte e por
toda a beleza que um olhar doce e meigo pode oferecer. Mãe de santo é mulher
que se orgulha de suas histórias e identidades, entendendo que nada é mais
profundo do que a pele preta que traz em seu corpo e ilumina sua alma”, afirma
Helena Theodoro.
“Mãe
de santo” é para além do arquétipo, das vestimentas e acessórios
característicos da religião. O espetáculo mostra que essas mulheres também
vivenciam o particular – carregam tristezas, perdas, felicidades, medos,
angústias e papéis importantes na sociedade. Apesar de estereotipadas, essas
figuras religiosas são plurais e, muitas vezes, não recebem o acolhimento de
que necessitam. Mas, mesmo assim, ressignificam suas histórias em prol do viver
individual e do coletivo existentes nas comunidades que lideram. Com “Mãe de
santo”, a atriz Vilma Melo foi indicada aos prêmios APTR 2022 e Shell 2023 na
categoria “Melhor Atriz”.
“Esse espetáculo é a
expressão da minha felicidade e do meu compromisso com nossa ancestralidade. Um
projeto que nasce em 2018, após a descoberta do Alzheimer da minha avó materna
Maria (que é mãe de santo) e da reconexão com a minha fé, que me permitiu vislumbrar
esta montagem trazendo à cena histórias de tantas mulheres que admiro, que me
inspiram e me orientam”, revela o idealizador e produtor Bruno Mariozz.
No traço da materialidade,
as mães podem ser vistas como depósitos para desenvolvimento de outros seres.
Elas geram, criam e educam com o intuito de integrar a sociedade. Já na não
materialidade, a mulher é cabaça, que contém e é contida por representar a
vida. A ancestralidade dessas mulheres pretas empodera o cotidiano, os estudos,
a família, a carreira profissional, a posição social, e ainda fortalece o
enfrentamento do racismo diário.
Sinopse: “Mãe de Santo” chama a
atenção do olhar com os olhos de ver. A peça é baseada nas vivências da
filósofa, escritora e professora Helena Theodoro e de outras mulheres, como a
própria atriz que a interpreta, Vilma Melo, por meio de uma personagem muito
empoderada, que, ao dar uma palestra internacional, entrelaça as histórias,
provocando sobre o que realmente interessa contar e mostrar. O que se espera de
uma mulher que nunca foi uma coisa só? Mãe, professora, empregada, mãe de
santo, estudante. Quantas histórias cabem em uma única vida?
Sobre Helena Theodoro
Bacharel em Ciências
Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
graduada em Pedagogia pela Faculdade de Educação da Universidade do Estado do
Rio de Janeiro (Uerj), mestra em Educação pela UFRJ e doutora em Filosofia pela
Universidade Gama Filho. Em 2019, terminou o pós-doutorado no IFCS/UFRJ /PPGHC
(Programa de Pós Graduação em História Comparada). Foi presidente do Conselho
Deliberativo do FUNDO ELAS e coordenadora do Comitê Pró-equidade de Gênero,
Raça e Etnia da Casa da Moeda do Brasil até junho de 2016.
Atuou como professora
auxiliar da Universidade Estácio de Sá, tendo sido coordenadora da
Pós-graduação de Figurino e Carnaval da Universidade Veiga de Almeida (UVA), de
2010 a 2015. Participou da comissão julgadora nas edições de 2011, 2012 e 2013
do Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento, produzido pelo Sindicato dos
Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro/Cojira-Rio. Foi vice-presidente
do Conselho Estadual dos Direitos do Negro – CEDINE. Exerceu a vice-presidência
do Fundo ELAS, de 2008 a 2015, tendo sido jurada do Estandarte de Ouro do
jornal O Globo durante 27 anos. Coordenou o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros
(NEAB) da FAETEC de 2008 a 2013. Escreveu os livros “Mito e Espiritualidade:
Mulheres Negras” (1996), “Os Ibéjis e o Carnaval” (2009), “Caderno de Cultura
Afro-brasileira” (2009), “Iansã, rainha dos ventos e tempestades” (2010) e
“Martinho da Vila - Reflexos no Espelho” (2018).
Sobre Vilma Melo
Professora, atriz com
atuações em teatro, cinema e televisão. No teatro, ganhou o Prêmio Shell de
Melhor Atriz por "Chica da Silva", em 2017 – primeira mulher negra a
conquistar a categoria de melhor atriz no Prêmio Shell; o Prêmio Cenym de
Melhor Atriz Coadjuvante em "A Vida de Billie Holliday"; Prêmio
Aplauso Brasil de Melhor Elenco em "Fulaninha e Dona Coisa"; e Prêmio
de Melhor Atriz Coadjuvante do Festival de Teatro de Campos por "O Romance
do Pavão Misterioso". Indicada aos prêmios CBTIJ e Botequim Cultural como
Melhor Atriz por "Marrom, Nem Preto, Nem Branco?" e ao Prêmio
Cesgranrio e Botequim Cultural como Melhor Atriz por "Chica da
Silva". No cinema, fez os longas "Três verões", de Sandra Kogut
e Regina Casé; "Campo Grande", de Sandra Kogut; "Selvagem",
de Diego da Costa (a estrear) e "Reação em cadeia", de Márcio Garcia.
Na TV, fez a série "Segunda chamada", da TV Globo; a quarta temporada
de "PSI", da HBO; "Baile de máscaras", do Canal Brasil;
"Teatro no ato", direção de João Falcão, do Arte 1 (a estrear); e
"Cinema de enredo", do Prime in Box. Fez parte do júri do Prêmio
CBTIJ de Teatro para Infância e Juventude 2020. Atualmente, Vilma está no ar na
série “Encantado’s” no GloboPlay. A série ganhou o Prêmio APCA de 2023 na
categoria “Melhor Série de Humor”.
Sobre Luiz Antonio Pilar
Diretor de teatro,
televisão e cinema. Formado bacharel em Artes Cênicas, especialização de
direção teatral, pela UniRio, em 1990. Com grande experiência em televisão,
dirigindo as novelas "Desejo proibido", "Sinhá Moça",
"A padroeira" na TV Globo; "Xica da Silva",
"Brida", "Mandacaru", e "Tocaia Grande" na
extinta TV Manchete. No cinema, dirigiu “Lima Barreto, ao terceiro dia”, o
documentário “Candeia” e o curta-metragem, "A mãe e o filho da mãe".
Venceu o 13º Festival de Curtas do Rio de Janeiro e, como prêmio, representou o
Brasil no Festival de Cinema de Angérs, França. Em parceria com a produtora
Lapilar, o Canal Futura e a TV Globo, desenvolve o projeto “A cor da cultura”
(conjunto de programas voltados para temática negra, em cumprimento a
determinação da Lei 10.639). Em 1993, fundou sua produtora, realizando projetos
de sucesso de temática afro-brasileira como o espetáculo teatral "Os
negros", de Jean Genet.
Ficha técnica
Argumento: Helena Theodoro
Texto: Renata Mizrahi
Com: Vilma
Melo
Direção: Luiz Antônio Pilar
Trilha sonora original: Wladimir Pinheiro
Direção de produção: Bruno Mariozz
Direção de arte: Clívia Cohen
Instalação de Turbantes: Renata Mota
Iluminação: Anderson Ratto
Visagismo: Késia Lucas
Programação visual: Patrícia Clarkson
Design gráfico: Rafael Prevot
Comunicação: Natasha Arsenio
Produção executiva: Angélica Lessa
Realização: Palavra Z Produções
Culturais
Idealização: Bruno Mariozz e Vilma Melo
SERVIÇO Espetáculo: “Mãe de santo” Temporada: de 11 a 20 de agosto Dias
e horários: sextas
e sábados, às 20h. Domingos, às 19h Local: Teatro Ipanema (Rua
Prudente de Morais, 824 – Ipanema) Duração: 45 minutos Ingressos: R$ 20 (meia) | R$ 40 (inteira) Capacidade: 222 lugares Classificação
indicativa: 12
anos |
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