[News]Diretora Marina Zurita leva a realidade brasileira sobre catadores de material reciclável a palco internacional

 

Crédito:Guilherme Pedra

A carreira de Marina Zurita, diretora paulistana radicada em Nova Iorque, ganha novo capítulo: ela volta ao Brasil em agosto para retomar pesquisas de campo para o projeto Riven, montagem de teatro documental criado a partir de depoimentos de catadores de material reciclável no país. Realizado em colaboração com as atrizes brasileiras Laila Garroni e Josanna Vaz, o espetáculo tem recebido apoio de diversas instituições, a partir de residências artísticas e financiamento nos Estados Unidos.

 

“Cada projeto teatral requer um tipo de processo. No caso de Riven, a peça pede muito estudo de campo e imersão na cultura dos catadores. Volto com o intuito de me aprofundar ainda mais nessa realidade”, diz Marina sobre Riven, palavra que na tradução literal quer dizer “dividida”, mas que enquanto título a diretora traduz para “Ruptura.

 

Uma versão prévia de Riven, premiada pelo NYC Women’s Fund, foi apresentada em Manhattan no dia 3 de junho, no teatro BRIC Arts (NYC). A trama se desenvolve a partir da história de Melina e Alessandra, mulheres que trabalham como catadoras em uma cooperativa de materiais recicláveis. A dicotomia entre a importância da reciclagem e o preconceito com que as trabalhadoras do setor são vistas é um dos destaques da montagem, que traz em cena as duas personagens separando intermináveis montanhas de materiais em um dia a dia exaustivo de trabalho enquanto precisam enfrentar um mundo caótico do lado de fora, lidando com os descartes da sociedade e com os acúmulos emocionais de suas próprias vidas.

 

“Meu intuito é reencontrar pessoas que entrevistei na época do inídio da pesquisa, em especial nas cooperativas Vira Lata, Filadélfia, Glicério e Reci-Favela. Nessa nova fase de pesquisa, o meu objetivo é não só dialogar com os entrevistados sobre as suas realidades enquanto catadores, mas também sobre o enredo da peça e suas personagens.

Desejo saber suas opiniões sobre a história que criei ao lado de minhas colaboradoras Laila Garroni e Josanna Vaz. Como artista, acredito que o teatro documental requer uma etapa no processo em que o sujeito documentado tenha abertura para opinar sobre o retrato de sua imagem. Chego no Brasil buscando incluir os catadores entrevistados no próprio processo de criação da peça Riven/Ruptura”, reflete a determinada Marina Zurita.

 
O desejo da diretora é trazer o espetáculo para o Brasil quando finalizado. Marina Zurita é formada pela renomada escola de Drama University of North Carolina School of the Arts. É Diretora Artística da companhia de teatro Bechdel Group (NYC), uma companhia que tem como missão desenvolver e produzir peças escritas por mulheres. Durante seu tempo de formação e trabalho nos Estados Unidos, Marina já desenvolveu diversas montagens, incluindo alguns projetos retratando realidades brasileiras com diversidade de linguagens e temáticas. Entre elas: Saudades, escrita por Fernando Segall, que fala de uma jovem brasileira-americana que embarca em uma viagem de autodescoberta no Brasil, em busca de sua mãe há muito tempo perdida; For The Time Being, de Ana Moioli, é sobre uma residente brasileira nos Estados Unidos com dificuldades de abandonar o passado.


Mini bio Marina Zurita:

Marina Zurita é diretora de teatro paulistana radicada em Nova Iorque, formada pela renomada escola de Drama University of North Carolina School of the Arts. Durante seu tempo nos Estados Unidos, Marina foi convidada a se tornar artista residente de companhias de teatro como Target Margin (NYC) e a galeria de arte A.P.E (MA), onde desenvolve o seu projeto mais recente, Riven.

 

Marina também foi recrutada pelo fellowship de direção cênica do Kennedy Center for the Performing Arts (DC), onde dirigiu Nurse/Juliet (escrito Beth Hyland) e Vulgar Title that Deals with Race (escrito por Brandon Bautista).

 

A brasileira também é Diretora Artística da companhia de teatro Bechdel Group (NYC), uma companhia que tem como missão desenvolver e produzir peças escritas por mulheres.

Outros créditos de Marina também incluem: Saudades (escrito por Fernando Segall), apresentado no LaGuardia Performing Arts Center (NYC), Consulado Geral do Brazil (NYC) e no teatro JACK (NYC); Riven (criado por Marina em colação com Josanna Vaz e Laila Garroni), montagem premiada pelo NYC Women’s Fund e apresentado no teatro BRIC Arts (NYC); For The Time Being (escrito por Ana Moioli), apresentado no Winter New York Theater Festival; e Fanny Unpacked (criado por Marina em colaboração com Ana Moioli e Devlin Stark), apresentado no ESTIA festival (NYC).

 
 

Mídia digital Marina Zurita:

Instagram: @M_arina_Z_urita




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