[News] CURTA THUË PIHI KUUWI – UMA MULHER PENSANDO APRESENTA A CULTURA YANOMAMI NO FESTIVAL DO RIO

 

THUË PIHI KUUWI – UMA MULHER PENSANDO (Divulgação


Ao longo do ano, enquanto a discussão sobre o marco temporal para demarcação de terras indígenas transcorre no campo político nacional ameaçando os direitos dos povos originários, três curtas-metragens yanomami têm viajado o Brasil e o mundo para apresentar aos não-indígenas a cultura Yanomami e sua resistência na defesa de seus conhecimentos, de seu povo e da floresta. Um deles é THUË PIHI KUUWI – UMA MULHER PENSANDO, dirigido coletivamente por Aida Harika, Roseane Yariana e Edmar Tokorino em suas estreias como cineastas, que terá como próxima parada o Festival do Rio 2023, realizado de 5 a 15 de outubro no Rio de Janeiro. A produção que acompanha uma mulher yanomami observando um xamã durante o preparo da Yãkoana, alimento dos espíritos, integra a Competição de Curtas desta 25ª edição e será exibida nos dias 9 (segunda), em uma sessão para convidados, às 19h15, no Estação Net Gávea; e 10 (terça), em sessão aberta ao público, às 13h30, no Cine Odeon. Veja o trailer.


O filme estreou na 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes e também competiu no 12º Olhar de Cinema em Curitiba, além de ser exibido em diversos eventos nacionais e internacionais ao lado de outras duas produções yanomami, YURI U XËATIMA THË – A PESCA COM TIMBÓ, outro curta dirigido pelo mesmo trio, e MÃRI HI – A ÁRVORE DO SONHO, premiada obra de Morzaniel Ɨramari. As três produções foram exibidas em conjunto, pela primeira vez em festivais, no 34º Curta Kinoforum – Festival Internacional de Curtas de São Paulo, onde THUË PIHI KUUWI – UMA MULHER PENSANDO foi eleito um dos dez curtas-metragens nacionais favoritos do público.


Por ocasião da 80ª edição do Festival de Veneza, a Isola Edipo, em colaboração com a Mostra Giornate degli Autori, reservou um dia especial para o cinema Yanomami e, no dia 4 de setembro, foi realizado o “Eyes of the Forest” (Olhos da Floresta), que exibiu os três curtas-metragens na Sala Laguna. Foi um dia também dedicado ao primeiro cineasta yanomami Morzaniel Ɨramari e ao Cinema Indígena Yanomami no Brasil. Além disso, foi a primeira vez que filmes dirigidos por mulheres yanomami fizeram sua estreia em um festival de cinema internacional.


Agora, os três filmes são apresentados ao público que visitar a 35ª Bienal de São Paulo, de 6 de setembro a 10 de dezembro. O primeiro longa de Morzaniel Ɨramari, "Urihi Haromatimapë - Curadores da Terra-floresta" (2014), também é exibido no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera. Através da temática “coreografias do impossível”, o evento traz as obras do quarteto de cineastas yanomami para compor o universo criado por um conjunto de artistas que, nos mais diversos contextos, expressam sua cultura e estabelecem um diálogo incisivo sobre as questões urgentes do nosso tempo.


“Nós, Yanomami, somos habitantes da floresta Amazônica. No Brasil, somos quase 30 mil pessoas. A terra-floresta é nossa mãe e cuida do povo Yanomami. Desejamos viver em paz, com alegria e fazendo nossas festas. Os napëpë (brancos, inimigos) gostam de destruir a floresta e pegar as riquezas da terra. Hoje o garimpo ilegal invadiu nosso território, estamos tristes por perder tantos parentes e ver nossas crianças morrendo por doenças. Nosso rio está sujo de lama e mercúrio, mas nosso território é forte por dentro. Com a árvore do sonho, nós sonhamos longe e os xamãs sonham ainda mais longe, conhecem o canto e a dança dos espíritos, o sonho do rio, o sonho do mundo”, explica Ɨramari, que através do seu filme MÃRI HI – A ÁRVORE DO SONHO, tem levado ao público uma experiência conduzida pelo grande líder e xamã Davi Kopenawa em relação ao conhecimento dos Yanomami sobre os sonhos, enquanto coleciona prêmios pelos festivais.


Vencedor da categoria de Melhor Documentário de Curta-Metragem Nacional no Festival É Tudo Verdade de 2023, a produção, que já está disponível na plataforma da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas para o Oscar 2024, também ganhou os Kikitos de Melhor Fotografia e o Prêmio Especial do Júri “pelo convite que a linguagem e as escolhas audiovisuais desta obra nos fazem conectar com uma experiência sensorial e onírica”, segundo os jurados. Entre os últimos feitos está o Prêmio de Melhor Contribuição Artística no 30º Festival de Cinema de Vitória e a seleção da obra no IDA Fall Docs, importante evento que reúne os longas e curtas documentários elegíveis para as principais premiações da temporada. Para o diretor, “este filme vai ajudar a fazer com que os não-indígenas conheçam o povo Yanomami, conheçam as nossas imagens. Assim todos podem conhecer como nós vivemos na nossa casa e como nós sonhamos, como os xamãs sonham”.


O olhar de uma jovem mulher sobre o trabalho dos xamãs, a prática da pesca com timbó e o conhecimento sobre os sonhos são os temas desses três curtas dirigidos pelos jovens cineastas yanomami, cujos registros foram captados na grande casa coletiva de Watorikɨ, na região do Demini, Terra Indígena Yanomami (TIY). Os três foram produzidos pela Aruac Filmes durante as filmagens do longa-metragem “A Queda do Céu”, filme livremente inspirado na obra homônima de Davi Kopenawa e Bruce Albert, dirigido por Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha. Em 2022, a Aruac organizou junto à Hutukara Associação Yanomami (HAY) e ao Instituto Socioambiental (ISA) uma oficina de montagem audiovisual que ensejou a produção dos três títulos que, junto da produção da Aruac com coprodução da Hutukara, têm a produção associada da Gata Maior Filmes. E além do apoio institucional do ISA, uma rede de fundações e instituições internacionais que trabalham diretamente com a Amazônia Brasileira também apoia as obras dos Yanomami.


THUË PIHI KUUWI – UMA MULHER PENSANDO


Sinopse: Uma mulher yanomami observa um xamã durante o preparo da Yãkoana, alimento dos espíritos. A partir da narrativa de uma jovem mulher indígena, a Yãkoana que alimenta os xapiripë e permite aos xamãs adentrarem o mundo dos espíritos também propõe um encontro de perspectivas e imaginações.


Ficha Técnica


Direção: Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami


Com: Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami


Direção de Fotografia e Câmera: Roseane Yariana Yanomami


Produtores: Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha


Montagem: Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami, Carlos Eduardo Ceccon, Julia Faraco e Rodrigo Ribeiro-Andrade


Edição de Som: Waldir Xavier


Mixagem: Guilherme Lima de Assis


Som Direto: Marcos Lopes da Silva


Color Grading: Cassiana Umetsu e Marcelo Brandt


Tradutores: Ana Maria Machado, Richard Duque, Corrado Dalmonego, Marcelo Silva e Morzaniel Ɨramari Yanomami


Supervisão Geral: Davi Kopenawa Yanomami e Dário Vitório Kopenawa Yanomami


Responsável Formação Audiovisual Yanomami: Marília Garcia Senlle


Produção Executiva: Heloisa Jinzenji


Coordenação de Produção: Margarida Serrano


Coordenação Financeira: Tárik Puggina


Gerente de Projeto: Lisa Gunn


Produtoras de Impacto: Marília Garcia Senlle e Carolina Ribas


Produção: Aruac Filmes


Coprodução: Hutukara Associação Yanomami


Produção Associada: Gata Maior Filmes


Apoio Institucional:  ISA - Instituto Socioambiental


Prêmios


34º Festival Internacional de Curtas de São Paulo - Curta Kinoforum (SP, Brasil) - Prêmio 10 Curtas Nacionais favoritos do Público


Festivais


80º Festival de Veneza – Mostra Cinema da Inclusão em colaboração com Isola Edipo e Giornata Degli Autori (Itália)


Festival do Rio 2023 (RJ, Brasil)


26ª Mostra de Cinema de Tiradentes (MG, Brasil)


12º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Cinema de Curitiba (PR, Brasil)


25º FestCurtasBH – Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte (MG, Brasil)


17º CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte (MG, Brasil)


22ª Goiânia Mostra Curtas (GO, Brasil)


17º Festival Taguá de Cinema (DF, Brasil)


V Fronteira - Festival Internacional do Filme Documentário e Experimental (DF, Brasil)


12ª Mostra Ecofalante de Cinema (SP, Brasil)


2°Festival Internacional de Cinema Ambiental de Garopaba (SC, Brasil)


5º Cabíria Festival Audiovisual (SP, Brasil)


II Correnteza - Mostra Internacional de Cinema Atlântico (PE, Brasil)


Mostras


ATL (Acampamento Terra Livre) 2023 (DF, Brasil)


Cineoka (RN, Brasil)


Mostra de Cinema Documentário Indígena - SESC 24 de Maio (SP, Brasil)


Mostra de Cinema Nórdico (DF, RJ e SP, Brasil)


Exposições de arte contemporânea


The Shed - The Yanomami Struggle Exhibition (NY, EUA)


MUAC - The Yanomami Struggle Exhibition (Cidade do México, México)


35ª Bienal de São Paulo (SP, Brasil)


Exibições especiais


52ª Assembleia Geral dos Povos Indígenas de Roraima (RR, Brasil)


UNIFESP - Titulação de Doutor Honoris Causa para Davi Kopenawa (SP, Brasil)


Cine Santa Tereza (MG, Brasil)


Encontro RCA - formação em Direitos para Mulheres Indígenas (DF, Brasil)


MÃRI HI – A ÁRVORE DO SONHO


Sinopse: Quando as flores da árvore Mãri desabrocham surgem os sonhos. As palavras de um grande xamã conduzem uma experiência onírica através da sinergia entre cinema e sonho Yanomami, apresentando poéticas e ensinamentos dos povos da floresta.


Ficha Técnica


Direção: Morzaniel Ɨramari


Com: Davi Kopenawa Yanomami


Direção de Fotografia e Câmera: Morzaniel Ɨramari


Produtores: Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha


Montagem: Morzaniel Ɨramari, Rodrigo Ribeiro-Andrade, Julia Faraco e Carlos Eduardo Ceccon


Edição de Som: Waldir Xavier


Mixagem de Som: Guilherme Lima de Assis


Som Direto: Marcos Lopes da Silva e Morzaniel Ɨramari


Color Grading e Finalização: Caio Lazaneo


Desenhos Originais: Ehuana Yaira Yanomami


Tradutores: Ana Maria Machado, Richard Duque, Corrado Dalmonego, Marcelo Silva e Morzaniel Ɨramari


Supervisão Geral: Davi Kopenawa Yanomami e Dário Vitório Kopenawa Yanomami


Responsável Formação Audiovisual Yanomami: Marília Garcia Senlle


Produção Executiva: Heloisa Jinzenji


Coordenação de Produção: Margarida Serrano


Coordenação Financeira: Tárik Puggina


Gerente de Projeto: Lisa Gunn


Produtoras de Impacto: Marília Garcia Senlle e Carolina Ribas


Produção: Aruac Filmes


Coprodução: Hutukara Associação Yanomami


Produção: Associada Gata Maior Filmes


Apoio Institucional: ISA - Instituto Socioambiental


Prêmios


É Tudo Verdade 2023 (SP e RJ, Brasil) - Prêmio de Melhor Documentário Brasileiro de Curta-Metragem


51º Festival de Gramado 2023 (RS, Brasil) - Prêmio de Melhor Fotografia e Prêmio Especial do Júri


Festival Guarnicê de Cinema 2023 (MA, Brasil) - Prêmio de Menção Honrosa


30º Festival de Cinema de Vitória (ES, Brasil) - Prêmio de Melhor Contribuição Artística


Festivais


80º Festival de Veneza – Mostra Cinema da Inclusão em colaboração com Isola Edipo e Giornata Degli Autori (Itália)


Sheffield DocFest 2023 (Reino Unido) - Estreia Internacional


30º FIC VALDIVIA - Festival Internacional de Cine de Valdivia (Chile)


XVI IndiFest Festival de Cinema Indígena de Barcelona 2023 (Espanha)


34º Festival Internacional de Curtas de São Paulo - Curta Kinoforum (SP, Brasil)


24º FICA - Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental de Goiás (GO, Brasil)


12ª Mostra Ecofalante de Cinema (SP, Brasil)


22ª Goiânia Mostra Curtas (GO, Brasil)


Olhar Film Festival - Festival de Cinema Internacional Amazônida (PA, Brasil)


2°Festival Internacional de Cinema Ambiental de Garopaba (SC, Brasil)


17º Festival Taguá de Cinema (DF, Brasil)


V Fronteira - Festival Internacional do Filme Documentário e Experimental (DF, Brasil)


FICASC - Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra Catarinense (SC, Brasil)


30º Festival de Cinema de Vitória (ES, Brasil)


5º Festival de Cinema da Amazônia – Olhar do Norte (AM, Brasil)


Mostras


IDA Fall Docs (Califórnia, EUA, e online)


ATL (Acampamento Terra Livre) 2023 - (DF, Brasil)


Mostra de Cinema Nórdico (DF, RJ e SP, Brasil)


Mostra Povos Originários da América Latina (SP, Brasil)


Mostra enCANTOS e rEXISTÊNCIAS (SP, Brasil)


Ciranda de Filmes (SP, Brasil)


Exposições de arte contemporânea


The Shed - The Yanomami Struggle Exhibition (NY, EUA)


MUAC - The Yanomami Struggle Exhibition (Cidade do México, México)


Triennale di Milano - Siamo Foresta Exhibition (Milão, Itália)


35ª Bienal de São Paulo (SP, Brasil)


Exibições especiais


SESC Sorocaba (SP, Brasil)


YURI U XËATIMA THË – A PESCA COM TIMBÓ


Sinopse: Dois jovens realizadores Yanomami descrevem o processo de pesca com timbó, cipó tradicionalmente empregado para atordoar os peixes. O encontro de vozes e perspectivas sugere o reencantamento das imagens como forma de contar histórias.


Ficha Técnica


Direção: Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami


Com: Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami


Direção de Fotografia e Câmera: Roseane Yariana Yanomami


Produtores: Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha


Montagem: Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami, Carlos Eduardo Ceccon, Julia Faraco e Rodrigo Ribeiro-Andrade


Edição de Som: Waldir Xavier


Mixagem: Guilherme Lima de Assis


Som Direto: Marcos Lopes da Silva


Color Grading: Cassiana Umetsu e Marcelo Brandt


Tradutores: Ana Maria Machado, Richard Duque, Corrado Dalmonego, Marcelo Silva e Morzaniel Ɨramari Yanomami


Supervisão Geral: Davi Kopenawa Yanomami e Dário Vitório Kopenawa Yanomami


Responsável Formação Audiovisual Yanomami: Marília Garcia Senlle


Produção Executiva: Heloisa Jinzenji


Coordenação de Produção: Margarida Serrano


Coordenação Financeira: Tárik Puggina


Gerente de Projeto: Lisa Gunn


Produtoras de Impacto: Marília Garcia Senlle e Carolina Ribas


Produção: Aruac Filmes


Coprodução: Hutukara Associação Yanomami


Produção Associada: Gata Maior Filmes


Apoio:  ISA - Instituto Socioambiental


Festivais


80º Festival de Veneza – Mostra Cinema da Inclusão em colaboração com Isola Edipo e Giornata Degli Autori (Itália)


XVI IndiFest Festival de Cinema Indígena de Barcelona 2023 (Espanha)


34º Festival Internacional de Curtas de São Paulo - Curta Kinoforum (SP, Brasil)


22ª Goiânia Mostra Curtas (GO, Brasil)


17º Festival Taguá de Cinema (DF, Brasil)


V Fronteira - Festival Internacional do Filme Documentário e Experimental (DF, Brasil)


2°Festival Internacional de Cinema Ambiental de Garopaba (SC, Brasil)


Mostras


ATL (Acampamento Terra Livre) 2023 - (DF, Brasil)


Mostra de Cinema Nórdico (DF, RJ e SP, Brasil)


Exposições de arte contemporânea


The Shed - The Yanomami Struggle Exhibition (NY, EUA)


MUAC - The Yanomami Struggle Exhibition (Cidade do México, México)


Triennale di Milano - Siamo Foresta Exhibition (Milão, Itália)


35ª Bienal de São Paulo (SP, Brasil)


Exibições especiais


52ª Assembleia Geral dos Povos Indígenas de Roraima (RR, Brasil)


Sobre Morzaniel Ɨramari


Morzaniel Ɨramari é um cineasta Yanomami, nascido em 1980 na aldeia Watorikɨ, região do Demini da TI Yanomami, no estado do Amazonas, Brasil. Trabalhou como Coordenador de Comunicação na Hutukara Associação Yanomami (Boa Vista) e foi formado em 2010 no projeto Pontos de Cultura Indígena - Vídeo nas Aldeias. Trabalha como intérprete, tradutor, cineasta e documentarista. Seus filmes circularam por diversos festivais e mostras no Brasil e no Mundo. Em 2010, dirigiu o curta “Casa dos Espíritos”, vencedor do prêmio de Melhor Filme, segundo o júri popular, na Mostra Aldeia SP, em 2014. Em 2014, dirigiu o filme longa-metragem “Urihi Haromatimapë – Curadores da Terra-floresta'', que ganhou o prêmio de Melhor Filme na Mostra Competitiva do Festival Forumdoc.BH. No seu mais recente filme “Mãri hi - A Árvore do Sonho” (2023), Morzaniel assina a direção e montagem e foi filmado com o grande xamã, líder indígena Yanomami e presidente da Hutukara Associação Yanomami Davi Kopenawa Yanomami e produzido pelos diretores Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha.


Sobre Aida Harika, Edmar Tokorino e Roseane Yariana Yanomami


Aida Harika e Edmar Tokorino são dois cineastas Yanomami que residem na aldeia de Watorikɨ, Demini, Terra Indígena Yanomami, localizada na Amazônia Brasileira. Ambos cineastas fazem parte do coletivo de comunicadores Yanomami criado em 2018 pela Hutukara Associação Yanomami com apoio do Instituto Socioambiental (ISA). Com objetivo de fortalecer a comunicação da Hutukara e desenvolver estratégias de fortalecimento dos conhecimentos tradicionais entre os jovens, cujo interesse por celulares e tecnologias não indígenas é crescente, criou-se um grupo de seis jovens de três regiões da TI Yanomami - Watorikɨ, Missão Catrimani e Novo Demini, para receberem formação de audiovisual. Desde 2021, Aida e Edmar participaram de diversas oficinas onde produziram boletins de áudio, fotografias, vídeos feitos com celulares e curtas-metragens. “Thuë pihi kuuwi - Uma Uma Mulher Pensando” e “Yuri u xëatima thë - A Pesca com Timbó” são seus primeiros curtas-metragens nos quais assinam em conjunto a direção e montagem. Roseane Yariana Yanomami fez parte do primeiro grupo de jovens escolhidos pela diretoria da Hutukara Associação Yanomami para participar das oficinas de formação em audiovisual, em 2018. Ela é moradora da aldeia Buriti, região do Demini, e é filha de Joseca Mokahesi, artista reconhecido internacionalmente por seus desenhos.


Sobre a Aruac Filmes


A Aruac Filmes, produtora brasileira, fundada em 2002, vem, desde o início de sua trajetória, desenvolvendo projetos para diversos segmentos de expressão artística e audiovisual. Com foco na qualidade, tanto na apresentação como nos conteúdos artísticos, a Aruac alinha criação autoral visando ampla comunicação com o público.


Com uma longa e consistente atuação no mercado audiovisual, teve seus filmes distribuídos comercialmente em cinemas do Brasil e outros países. Além dos principais festivais de cinema do Brasil, teve seus filmes selecionados em festivais internacionais renomados, como Cannes (França), Berlinale (Alemanha), Veneza (Itália), Telluride (EUA), IDFA e Rotterdam (Holanda), Sundance (EUA), BAFICI (Argentina), Locarno (Suíça), New Directors/New Movies, MoMA, e Tribeca (EUA), Guadalajara (México), Barcelona (Espanha), CPH:DOX (Dinamarca), Havana (Cuba), Montreal (Canadá), DMZ Docs (Coreia do Sul), Doc NY (EUA) e recebido diversos prêmios ao longo dessa trajetória, entre eles o prêmio de "L'oeil d'Or" (Olho de Ouro) de melhor documentário no Festival de Cannes de 2016.


Seus filmes também estão presentes nas principais plataformas de streaming, como Netflix, Amazon Prime Video, Dafilms e GloboPlay. Em produção para TV, já realizou séries e programas em parceria com o Canal Brasil, Canal Curta!, GloboNews, TV SESC e CineBrasil TV.


Paralelamente à produção audiovisual, a Aruac vem nos últimos anos investindo na área de teatro e performance, cujos trabalhos foram apresentados nos festivais de teatro mais prestigiados do Brasil e em diversos países europeus na França, Portugal, Alemanha, Suíça e Áustria.


Atualmente a Aruac está trabalhando em dois longas-metragens: 'A Queda do Céu', filme baseado na obra literária homônima do xamã e líder Yanomami Davi Kopenawa, e do antropólogo francês Bruce Albert e com direção de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha. E 'Elza', filme que acompanha os últimos 8 anos da vida e carreira de Elza Soares dirigido por Eryk Rocha e coproduzido com Globofilmes e Maria Farinha Filmes.


Sobre os produtores


Gabriela Carneiro da Cunha


Gabriela Carneiro da Cunha é uma artista brasileira que atua nas áreas de performance, direção, pesquisa e ativismo artístico ambiental. É sócia da Aruac Filmes, produtora independente de cinema, e idealizadora do Projeto Margens - Nos Rios, Buiúnas e Vaga-lumes, projeto multilíngue dedicado à criação artística a partir da escuta do testemunho de rios brasileiros em situação de catástrofe. O escopo deste projeto já incluiu peças de teatro, como “Guerrilha ou Para a Terra Não Há Desaparecidos” (2015) e “Altamira 2042” (2019), longas e curtas-metragens documentais, publicações, debates, oficinas, a rede Buiunas - uma rede entre mulheres , rios e arte. O “Altamira 2042” integrou a programação de importantes festivais e espaços teatrais, como Wiener Festwochen, Festival D'automne à Paris, International Summer - Festival Kampnagel Hamburg, Baltic Circle, Holland Festival, Théâtre Vidy-Lausanne, Centre Georges Pompidou e outros.


No cinema, atua como diretora, produtora, roteirista e assistente de direção. Destacando trabalhos como o longa-metragem “Edna” (2021), produzido pela Aruac Filmes que estreou no prestigiado festival suíço Visions du Réel e circulou em mais de 50 festivais ao redor do mundo como Telluride, Doc NY, RIDM, Porto Postdoc e recebeu vários prêmios no Chile, França, Itália, México, Argentina, Turquia e Brasil. Atuou nos filmes “Anna” de Heitor Dhalia, nos filmes de Eryk Rocha “Noite Ardente” e “Jardins” e “O Duelo”, de Marcos Jorge. Recebeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival do Rio por seu trabalho no longa "Anna".


Atualmente, Gabriela prepara seu próximo trabalho no teatro com o Rio Tapajós, que estreará em 2024 com coprodução do Teatro Vidy, enquanto dirige e produz, em parceria com Eryk Rocha, o filme “A Queda do Céu”, produzido pela Aruac Filmes, coproduzido pela Hutukara Associação Yanomami e é uma coprodução entre Brasil e Itália. O filme é baseado na obra homônima do xamã Yanomami Davi Kopenawa e do antropólogo Bruce Albert. Junto com Eryk Rocha, é produtora dos curtas-metragens MÃRI HI – A ÁRVORE DO SONHO, YURI U XËATIMA THË – A PESCA COM TIMBÓ e THUË PIHI KUUWI – UMA MULHER PENSANDO, que desde o ínicio de 2023 circulam no circuito de prestigiados festivais de cinema no Brasil e no mundo,


Eryk Rocha


Cineasta nascido no Brasil em 1978 e fundador da Aruac Filmes, produtora independente de cinema brasileiro. Formou-se em 2002 na escola de cinema de Los Baños, Cuba, onde dirigiu seu primeiro longa-metragem: “Rocha que Voa”. O filme teve sua estreia internacional no Festival de Cinema de Veneza na Competição Internacional Orizzonti e foi selecionado para Rotterdam, Locarno e outros importantes festivais, ganhando os prêmios de Melhor Filme no Brasil, Argentina e Cuba. Suas outras obras – entre as quais "Transeunte" (2011), “Jards” (2013); “Campo de Jogo” (2016); “Breve Miragem do Sol” (2019); “Edna” (2021) - ganharam inúmeros prêmios em festivais de cinema de prestígio, como Cannes, Telluride, Sundance, New Directors/New Films MoMa, Documentary Quinzena, Locarno, Visions du Réel, CPH:DOX, Fid Marseille, BFI London, RIDM Montreal, Havana, Guadalajara, BAFICI e Amsterdã.


“Cinema Novo” (2016), seu sétimo longa-metragem, recebeu o L’Oeil d’Or de Melhor Documentário no Festival de Cannes. Seus filmes foram distribuídos nacional e internacionalmente em salas de cinema e canais de televisão, bem como nas principais plataformas de streaming como Netflix, Globoplay e Amazon Prime. Parte de sua obra foi adquirida pelo MoMA e integrada ao acervo permanente do museu.


Atualmente, Eryk Rocha está trabalhando no longa-metragem “A Queda do Céu”, codirigido com Gabriela Carneiro da Cunha. O filme é produzido pela Aruac Filmes, coproduzido pela Hutukara Associação Yanomami e é uma coprodução entre Brasil e Itália. Paralelamente, Rocha está trabalhando no longa-metragem 'Elza', que acompanha os últimos 8 anos de vida e carreira da grande cantora Elza Soares.





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