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RITMO DE “FAME”, NOVO ESPETÁCULO DA IN CENA QUE ESTREIA EM NOVEMBRO NO RIO
Sucesso
dos anos 80, musical da Broadway ganha montagem contemporânea, em cartaz no
Teatro Clara Nunes, na Gávea
Uma história de garra, sonhos e
superação. Assim pode ser definido “Fame – O musical”, clássico da Broadway dos
anos 80, escrito pelo dramaturgo cubano Jose Fernandes. A obra, que já ganhou
dezenas de montagens pelo mundo, agora ganha mais uma, dessa vez, pelo olhar
brasileiríssimo do diretor Caio Godard que, ao lado de Laura Visconti e Caio
Loureiro (diretores musicais), deu uma nova cara ao clássico americano. Em
cena, atores do curso de “Prática de Montagem”, da In Cena Casa de Artes e
Produções, que estreiam nos palcos dia 03 de novembro, no Teatro Clara Nunes,
no Shopping da Gávea. As sessões acontecem aos sábados (20h) e domingos (19h) e
vão até 26 de novembro.
"Fame - O Musical" conta
a história de um grupo de jovens da prestigiada High School for the
Performing Arts, de Nova York, desde sua admissão, em 1980, até sua
formatura em 1984. Todas as lutas, alegrias e anseios – do preconceito à
desilusão – são retratados com foco nítido, enquanto os jovens artistas navegam
pelos mundos da música, do teatro e da dança. “Fame fala exatamente sobre o que
este elenco está vivendo agora. É quase uma representação de si mesmo. A
identificação é imediata. Fala de sonhos, aspirações, inspirações e sobre
questões pertinentes que todos passam ao longo da carreira e, principalmente, sobre
o conflito “ofício versus fama”, ou seja, aqueles que buscam se aprofundar na
profissão e os que só querem ser famosos e conquistar o grande público”,
explica Caio.
Segundo Godard, a montagem que a
In Cena levará aos palcos será diferente de tudo o que já foi visto, pois fez
questão de assistir todas as outras para ter certeza de que não estava fazendo
nenhuma delas. “Essa montagem é única por vários motivos. Não só pela música, o
cenário ou o figurino, mas, principalmente, pela forma de contar. Algumas cenas
são bem dramáticas, como no original, mas outras são para cima, divertidas, algo
que não é observado em outras montagens”, analisa o diretor.
A começar pela construção dos
personagens, o desenvolvimento foi todo baseado em arquétipos, mas de forma que
essas personalidades _ a mocinha, o vilão ou o sábio _ fossem representadas de maneira
mais subjetiva, através de uma cor, uma essência ou um cheiro. Já o cenário é
fixo. As mudanças de locação são indicadas apenas pela movimentação dos objetos
sem trazer nenhum elemento que represente diretamente o lugar onde se passa a
história. “Não se trata de uma encenação naturalista. Pelo contrário. Nada é
óbvio. Desde o cenário ao figurino, tudo foi pensado como uma caricatura dos
anos 80, voltada para o retrofuturismo”, conta.
Responsável pelos arranjos
instrumentais da peça, Caio Loureiro diz que tomou a liberdade de torná-la mais
moderna e atual. “Eu mantive a maior parte do arranjo original para não deixar
de exaltar a época que o espetáculo foi feito, mas dei uma modernizada nos
arranjos. Nos anos 80, eles usavam muito o piano elétrico, que soa datado, e então
achei que seria legal substituir por um piano tradicional”, explica.
Com cerca de 15 números musicais,
as coreografias também foram criadas do zero por Cássia Sanches, com
referências pontuais às montagens antigas. O principal objetivo foi trazer para
a cena a liberdade que a época emanava e que também se refletiu na dança. “A
década de 80 foi um momento do boom da liberdade. Foi a época em que os pudores
foram deixados de lado. Eu trouxe isso para o espetáculo. Não tem essa coisa de
ser homem ou mulher. Todo mundo dança, rebola, se solta e desafia o próprio
corpo”, diz Cassia.
Ao todo, desde que abriu suas
portas em 2021, a In Cena já apresentou cinco espetáculos fruto da “Prática de
Montagem”, todos, de grande sucesso. O último deles foi “Annie – o musical”, em
cartaz no Teatro dos 4, até 8 de outubro. O próximo será “O Auto da
Compadecida”, a primeira montagem teatral da In Cena, sem ser musical, que
estreia dia 8 de novembro, também no Teatro Clara Nunes. Além disso, a escola
já apresentou “Legalmente Loira”, “Escola do Rock” e “Nas Alturas”, além da
produção original, “Poema”, a primeira profissional da escola, vencedora na categoria “Roteiro Original”, do
prêmio Musical.Rio. Já “Escola do Rock” recebeu seis indicações ao prêmio, levando três deles:
Melhor Ator com Pedro Balu; Melhor Atriz Revelação com Malu Coimbra; e Melhor
Prática de Montagem.
SOBRE A IN CENA CASA DE ARTES E PRODUÇÕES: Um
espaço para aprender, trocar experiências, se aperfeiçoar, sem deixar de se
sentir em casa. Essa é a proposta da In Cena Casa de Artes e Produções – www.incena.art.br – que
funciona em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Com direção artística de
Cella Bártholo e coordenação pedagógica de Gabi Levask, a In Cena oferece
oficinas, práticas de montagens e mentoria, que abraçam múltiplas vertentes das
artes: teatro, teatro musical, dança e música. Em uma espaçosa casa de mais de
400 metros quadrados, a In Cena conta com quatro salas (Bibi Ferreira, Fernanda Montenegro, Ruth de Souza e
Amazonas), um estúdio (batizado de Gonzaguinha), camarim, vestiários e um amplo
terraço – um local de convivência a céu aberto.
FICHA
TÉCNICA
Direção:
Caio Godard
Co- Direção
musical: Laura Visconti e Caio Loureiro
Supervisão
de coreografias: Joane Mota
Coreografias:
Cássia Sanches
Realização:
IN CENA Produções
Serviço
Temporada:
03 a 26 de novembro de 2023
Local:
Teatro Clara Nunes – Shopping da Gávea (R. Marquês de São Vicente, 52 - Gávea,
Rio de Janeiro)
Informações:
(21) 967193154
Datas/Horários:
Sábados às 20h; e Domingos, às 19h
Classificação
Etária: 14 anos
Duração: 120
minutos
Ingresso: R$
100,00 (inteira) e R$ 50,00 (meia)- Vendas: Sympla e Bilheteria do Teatro
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