[News]“O Mensageiro" divulga teaser e sessões na Mostra Competitiva da Première Brasil do Festival do Rio dia 08 no Estação Net Gávea
“O Mensageiro" divulga teaser e sessões na Mostra Competitiva da Première Brasil do Festival do Rio dia 08 no Estação Net Gávea
Filme dirigido por Lucia Murat fez a première mundial no Festival de Lima
Sessões:
Estação Net Gávea, dia 08/10, domingo, às 19h15m.
Odeon, dia 09/10, segunda-feira, às 13h30 seguida de debate.
Sessões com a presença da diretora Lucia Murat, elenco e equipe. Elenco: Valentina Herszage, Shi Menegat, Georgette Fadel, Floriano Peixoto e Higor Campagnaro.
Depois de receber uma homenagem com gala no Festival de Lima, no Peru, “O Mensageiro”, longa dirigido pela premiada diretora Lúcia Murat, terá sua estreia nacional na Première Brasil do Festival do Rio, dia 8 de outubro, às 19h15, no Estação Net Gávea. A trama do filme se passa durante a ditadura no Brasil, em 1969, e narra a história de um soldado, que aceita levar uma mensagem de uma presa política para sua família.
Com produção da Taiga Filmes, coprodução do Canal Brasil e do Telecine, e distribuição da Imovision, “O Mensageiro” foi realizado através do Edital de Cultura de Niterói de 2020, se destacando como o único longa-metragem premiado pelo edital daquele ano. O filme também recebeu o prêmio de melhor roteiro pelo júri internacional no Festival de Guiões de 2021, em Portugal. Em 2022, foi selecionado para apoio no mercado internacional do Projeto Paradiso e, no Guadalajara Constrye, levou o prêmio de pós-produção do WIP.
Sinopse:
Vera, presa numa fortaleza militar durante a ditadura, em 1969, conhece um soldado, Armando, que, diante da tortura, decide levar uma mensagem para a família de Vera. Assim, ele estabelece uma relação afetiva com D. Maria, mãe de Vera. Apesar dos horrores do tempo, o filme trabalha sobre a possibilidade de um diálogo entre duas pessoas solitárias e perdidas, uma senhora de alta classe média e um jovem de origem rural que veio do sul para servir o exército. Hoje, Vera, aos 70, é professora na universidade e debate com seus alunos sobre política, perdão e Hannah Arendt.
Shi Menegat, que se identifica como uma pessoa trans não-binária, interpreta o personagem Armando; Valentina Herszage vive Vera; Georgette Fadel interpreta a mãe de Vera e Floriano Peixoto vive o pai de Vera.
Sobre a diretora LÚCIA MURAT
Diretora (Rio de Janeiro – Brasil). Seu primeiro longa-metragem, o semidocumentário “Que Bom te ver Viva” (1989), estreou no festival de Toronto e revelou uma cineasta dedicada a temas políticos e femininos, ganhando o prêmio de melhor filme do júri oficial, do júri popular e da crítica no Festival de Brasília de 1989. Com “Doces Poderes” (1995), estreou no festival de Sundance e no festival de Berlim. Em 2000, lançou “Brava Gente Brasileira” e, em 2004, “Quase Dois Irmãos”, que lhe rendeu inúmeros prêmios, entre eles os de melhor direção e melhor filme Latino-Americano pela Fipresci no Festival Do Rio 2004, e melhor filme no festival de Mar del Plata 2005. No Festival do Rio de 2005 estreou o documentário “O Olhar Estrangeiro” e, na edição de 2007, “Maré, nossa história de amor”, uma coprodução Brasil-França, também exibido no Festival de Berlim. Em 2010 filmou o documentário/ensaio “Uma Longa Viagem", grande vencedor do Festival de Gramado e, em 2013, lançou o filme “A Memória Que Me Contam”, vencedor do prêmio da crítica internacional no festival internacional de Moscou. Em 2015 lançou o documentário “A Nação Que Não Esperou Por Deus” e, no mesmo ano, o filme “Em Três Atos”, uma coprodução francesa. Em 2017, ganhou no Festival do Rio os prêmios de melhor direção e melhor atriz com “Praça Paris”, que teve inúmeros prêmios internacionais, inclusive o de melhor filme da crítica internacional. Em 2021 lançou seu mais novo trabalho: “Ana. Sem Título”, filmado em Cuba, México, Chile, Argentina e Brasil. Em 2023 vai lançar o longa-metragem de ficção “O Mensageiro”.
Aspas da diretora:
"A importância de 'O mensageiro está na atualidade do que propõe. Apesar de ser um filme de época, discute questões contemporâneas, como polarização e justiça. E também mostra que mesmo no meio do horror existem seres humanos que se sensibilizam e se abrem para mudanças. Além disso, através do personagem de Armando, o soldado que aceita levar a mensagem, o filme traz também a discussão sobre o impacto da violência para quem a vivenciou de perto, questionando se quem vivencia essas situações consegue escapar da perversidade e mudar de atitudes. A importância do filme também é justificada pelo recente momento em que o Brasil viveu no qual se tentou reescrever a história e negar a existência da ditadura militar. Portanto, um filme que discuta essa reescrita e o apagamento de fatos históricos desses tempos sombrios é essencial. Ao mesmo tempo, 'O Mensageiro' é um filme que trabalha uma questão muito contemporânea que é a polarização e a possibilidade de diálogo. Por isso acreditamos que o filme deve ter uma repercussão que não se limita ao Brasil, podendo atingir vários países e públicos.
Ao final, a personagem da professora Vera quer conversar com seus alunos sobre Hannah Arendt, a filósofa que viveu os horrores do nazismo, e que assistiu e escreveu sobre o julgamento e a condenação, em Tel Aviv, do alemão Adolf Eichmmann, membro da SS nazista e um dos principais organizadores do Holocausto. Vera reforça com seus alunos que Arendt não deixou de concordar com sua condenação, mas quis aprofundar a questão da participação do povo alemão enquanto cúmplice do nazismo. Vera reforça também que essa reflexão não significa que não existam culpados que devem ser julgados e, nesse sentido, o filme também nos lembra que no Brasil, até hoje, 38 anos após o fim da ditadura, nenhum torturador foi levado a julgamento. Na verdade, esse é um filme de época que se passa em 1969. Mas as questões que ele traz são no meu entender questões do Brasil atual. Por isso quis fazer esse filme."
Elenco principal:
Georgette Fadel
Valentina Herszage
Shi Menegat
Floriano Peixoto
Higor Campagnaro
Ficha técnica:
Direção: Lúcia Murat
Roteiro: Lúcia Murat e Tunico Amancio
Produção: Felicitas Raffo e Lúcia Murat
Direção De Fotografia: Jacob Solitenick, Abc
Produção Executiva: Branca Murat, Irene Calado, Julia Levy, Pamela Livia Delgado
Montagem: Mair Tavares E Marih Oliveira
Diretora De Produção: Luciana Motta
Preparadora De Elenco: Amanda Gabriel
Diretor De Arte: Andre Weller
Figurinista: Preta Marques
Trilha Sonora: Ezequiel Menalled
Técnico De Som: Roberto Oliveira
Edição De Som:Simone Petrillo
Mixagem: Diego Martinez (Asa)
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