[News]Marcelo Fagerlande lança “Muito além dos salões: Bebê Lima e Castro, musa do Rio em 1900” (Editora 7Letras)
Marcelo Fagerlande lança
“Muito além dos salões: Bebê Lima e Castro,
musa do Rio em 1900” (Editora 7Letras)
Dia 28/11, terça, às 19h, na Livraria Janela do Shopping da Gávea,
presença do escritor Ruy Castro em bate-papo sobre o Rio de 1910 - 1920
Dia 30/11, quinta, às 18h, na Livraria Martins Fontes Paulista
Uma
das mulheres mais famosas dos salões cariocas da Belle Époque, eleita a
mais bela da capital fluminense em 1900 numa competição que mais tarde seria
conhecida como concurso de miss, Bebê Lima e Castro (1878-1965) tem sua
história contada pela primeira vez no livro “Muito além
dos salões: Bebê Lima e Castro, musa do Rio em 1900” (Editora 7Letras), escrito
pelo cravista e professor Marcelo Fagerlande. Com lançamentos marcados no Rio
de Janeiro (28/11, na Livraria Janela do Shopping da Gávea) e em São Paulo
(30/11, Livraria Martins Fontes Paulista), o livro
estará à venda nas principais livrarias físicas e nas plataformas online.
Ilustrado
com mais de 50 imagens, entre fotos, programas e anúncios de espetáculos e
festivais, a obra tem texto de apresentação do escritor Ruy Castro: “Onde
estivemos por todos esses anos que não soubemos de Violeta — Bebê — Lima e Castro?
Como considerar contada a história de uma época, não por acaso bela, sem
reservar o protagonismo a essa carioca nascida em berço de luxo que, ao tentar
levar para os palcos a elegância dos salões, viveu sonhos e decepções para
várias vidas?”
Ao reconstituir
a trajetória de Bebê, o autor faz um recorte musical e social do Rio de Janeiro
daquela época, a partir de documentos oficiais, notícias de jornais e encontros
com filhos de amigos e de empregados próximos de Bebê. Foi ainda na infância que o autor ouviu as
primeiras histórias sobre uma mulher ousada, contadas por seus pais e avós –
estes últimos, amigos de Bebê.
Curiosamente, a história da biografada
se cruza com a história do biógrafo: de certa forma, foi por obra de Bebê que
Fagerlande adquiriu seu primeiro cravo de qualidade. “Bebê não tinha filhos nem
parentes chegados, então deixou um longo testamento beneficiando muitos amigos,
fiéis empregados e instituições. Meus avós herdaram imóveis, um Cadillac e um
solitário de brilhante”, conta o autor. Por sugestão de sua mãe, a joia foi
vendida e Fagerlande comprou um cravo na Alemanha, onde concluía seus estudos
em música.
Nascida em Paris e batizada de Violeta, mas sempre chamada
de Bebê, a moça de família tradicional da alta sociedade foi educada para ter
um casamento sólido, mas as bodas com um francês terminaram em separação pouco
tempo depois. O rompimento era
comentado veladamente e interrompeu temporariamente sua vida social. Mas, sua
personalidade forte e a ambição por uma carreira artística fizeram com que a
jovem Bebê conseguisse ser aceita novamente nos eventos sociais.
Os salões desempenhavam um importante papel na sociedade carioca no fim
do século XIX. Passado o conturbado fim do casamento, as ambições artísticas
afloraram e Bebê seguiu se apresentando em recepções e reuniões literárias. Ela
declamava e cantava em eventos amadores. Também criou e dançou coreografias inspiradas
nas “danças estéticas” de Isadora Duncan e de Loïe Fuller.
Musa de
poetas e escritores, admirada João do Rio em suas crônicas (… qual escritor que
não teria prazer imenso em ver uma peça sua interpretada pela beleza
fascinadora e o talento polimorfo da Sra. d. Bebê Lima e Castro?), Bebê se
tornaria uma figura marcante na sociedade. Além das
festas e eventos beneficentes,
Bebê também brilhava nos palcos dos teatros Phenix, Lyrico e Theatro Municipal
do Rio de Janeiro.
Na primeira
metade da década de 20, após a morte do pai, foi para a Itália se aperfeiçoar
em canto lírico. Em 1925, de volta ao Rio, teve uma aclamada estreia
profissional, mas o sucesso no canto não durou muito: em 1928, em “O Barbeiro
de Sevilha”, recebeu uma vaia estrondosa da plateia. Abalada, retornou para a
Itália, só voltando de vez ao Brasil em 1935, aos 56 anos. A carreira já estava
encerrada, mas Bebê ainda frequentou e reuniu amigos da nata carioca até sua
morte, aos 86 anos, em 1935.
Marcelo
Fagerlande – Cravista, diplomado pela Escola
Superior de Música de Stuttgart, com doutorado e musicologia pela UNIRIO, e
pós-doutorados na França (IRPMF/ Paris) e no Brasil (PPGG-UFRJ). É professor
titular da Escola de Música da UFRJ. Realizou concertos por todo o Brasil e em
países da América do Norte, Europa e América do Sul. Foi regente ao cravo de
óperas em diversos teatros brasileiros. Gravou CDs no Brasil e na Alemanha, e
publicou “O Método de Pianoforte de José Maurício” (Relume-Dumará), “O baixo
contínuo no Brasil” (7Letras) e “O cravo no Rio de Janeiro do século XX” (Rio
Books), entre outros.
Nas
redes:
Site:
www.marcelofagerlande.com.br
Instagram: @marcelofagerlande
“Muito
além dos salões: Bebê Lima e Castro, musa do Rio em 1900” Autor:
Marcelo Fagerlande Editora
7Letras Número
de páginas: 184 Valor
de capa sugerido: R$ 68,00 Vendas
online: www.7letras.com.br e www.amazon.com.br Lançamentos: Dia 28/11, terça, às 19h, na Livraria Janela do Shopping da
Gávea (Rua Marquês de São
Vicente, 52 lj. 368), com a presença
do escritor Ruy Castro em bate-papo sobre o Rio de 1910 - 1920 Dia 30/11, quinta,
às 18h, na Livraria Martins Fontes Paulista (Av. Paulista, 509) |
Assessoria de
Imprensa
Paula Catunda
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