[News] Conceição Evaristo norteia o Festival Kwanzaa-Escrevivência, que dá luz à resistência e celebra a cultura negra
Conceição Evaristo norteia o Festival Kwanzaa-Escrevivência, que dá luz à resistência e celebra a cultura negra
Com conferência da escritora, mesas e programações culturais com convidados como
o grupo Ilú Obá De Min e as cantoras Anelis Assumpção e Larissa Luz, a programação fecha a atuação de Conceição Evaristo como titular da Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência. As atividades, gratuitas, acontecem no Itaú Cultural, no Campus
USP Leste e Campus Butantã. Também têm transmissão on-line
De 13 a 15 de dezembro (quarta-feira a sexta-feira), a escritora e professora Conceição Evaristo conduz o Festival Kwanzaa-Escrevivência. A programação voltada às contribuições das pessoas negras na produção de conhecimento e comemora as realizações da titularidade de Conceição na Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência, uma parceria do Itaú Cultural e o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP). As atividades artístico-culturais, todas acompanhadas de perto pela anfitriã, são realizadas em três espaços diferentes da cidade de São Paulo, com transmissão ao vivo das mesas pelo YouTube do IEA https://www.youtube.com/c/
A programação abre no dia 13 (quarta-feira), às 19h, no Itaú Cultural, com falas de Jader Rosa, superintendente do Itaú Cultural, e Patrícia Mota, superintendente do Itaú Social, seguida de uma conferência com Conceição Evaristo e pocket show de Anelis Assumpção. Fecha no dia 15, na USP, com cortejo do grupo Ilú Obá De Min, vídeo-mapping do Coletivo Coletores e show da cantora Larissa Luz. Ao longo dos três dias, o festival reúne, ainda, rodas de conversa, performances poéticas de Luz Ribeiro, Mel Duarte, Cajota Domingues e Victor Hugo Oliveira, e a contação Pretinha Ponciá, com Kétila Araújo (segue abaixo a programação completa, também disponível em http://www.iea.usp.br/eventos/
Kwanzaa-Escrevivência traz para o Brasil a celebração do Kwanzaa e celebra a relevância dos trabalhos acadêmicos e artísticos de Conceição Evaristo. Eles refletem sobre a formação social brasileira, em confluência com epistemologias de vários intelectuais, entre os quais Beatriz Nascimento, Lélia González, Lêda Maria Martins, Sueli Carneiro, Abdias do Nascimento, Edouard Glissant e Franz Fanon.
Resistência e expressão
A participação da escritora na cátedra foi pautada pela reflexão sobre epistemologias afro-diaspóricas por meio de diversas atividades e ações. Entre estas ações está a criação do Grupo de Estudos Escrevivência: Corpu(s) Estéticos em Diferença, uma disciplina de pós-graduação e um curso de extensão para docentes da educação básica, além de seminários, palestras e participação em eventos que tiveram como audiência tanto a comunidade uspiana quanto o público externo.
Durante sua titularidade, no período de setembro de 2022 a dezembro de 2023, Conceição expandiu, em parceria com o grupo de estudos criado por ela, o diálogo do conceito de escrevivência com diferentes áreas de conhecimento. A intelectual explica o termo com a representação de uma concepção teórica que busca jogar luz nas vivências individuais e coletivas das comunidades negras na diáspora e das populações marginalizadas.
“Ela se configura como um ato de resistência e expressão. Destaca-se como uma ferramenta poderosa para reivindicar as identidades, memórias e histórias afro-diaspóricas, ressignificando imagens como a da Mãe Preta, silenciadas historicamente nas sociedades”, explica a escritora.
Dessa forma, por meio da reflexão sobre a escrevivência e em consonância com os sete princípios fundamentais do Kwanzaa (unidade, autodeterminação, trabalho coletivo e responsabilidade, economia cooperativa, propósito, criatividade e fé), o festival busca celebrar a cultura negra e, segundo Conceição, estimular formas coletivas de vida e resistência das comunidades negras em diáspora.
Sobre o Kwanzaa
Kwanzaa é uma celebração cultural afro-americana surgida em 1966, por sugestão de Maulana Karenga, professor de estudos negros atualmente vinculado à Universidade Estadual da Califórnia, em Long Beach. Criada no contexto do movimento pelos direitos civis estadunidense, a festividade é comemorada principalmente nos Estados Unidos, de 26 de dezembro a 1º de janeiro.
Segundo Hernani Francisco da Silva, fundador da Sociedade Cultural Missões Quilombo, o Kwanzaa foi concebido como um ritual ligado à época de colheita. Durante a semana em que ele transcorre, os participantes se reúnem com familiares e amigos para trocar presentes entre luzes de velas pretas, vermelhas e verdes, que simbolizam os sete valores fundamentais da vida familiar afro-americana, identificados por termos da língua suaíli: umoja (unidade), kujichagulia (autodeterminação), ujima (trabalho coletivo e responsabilidade), ujamaa (economia cooperativa), nia (propósito), kuumba (criatividade) e imani (fé).
Para Conceição Evaristo, comemorar o Kwanzaa no Brasil implica celebrar as raízes africanas, estar em sintonia com a herança e a ancestralidade trazidas pelos povos africanos. “Também reforça que, apesar dos desafios enfrentados pelas populações afro-brasileiras, a resiliência e a celebração das conquistas persistem, como testemunhos poderosos de uma história rica e vibrante”, completa ela. Para a autora e ex-titular da Cátedra Olavo Setubal, esta celebração fortalece os laços comunitários e inspira a continuidade do legado cultural, promovendo a conscientização.
SERVIÇO
Festival Kwanzaa-Escrevivência
De 13 a 15 de dezembro (quarta-feira a sexta-feira)
No Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP), Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (Each-USP) e Itaú Cultural .
Entrada gratuita.
Reservas de ingressos a partir de 6 de dezembro, pelo link e.usp.br/phv (em Inscrições)
As mesas serão transmitidas ao vivo por https://www.youtube.com/c/
PROGRAMAÇÃO
NO ITAÚ CULTURAL |
Avenida Paulista, 149, próximo à estação Brigadeiro do metrô
Informações: pelo telefone (11) 2168.1777 e wapp (11) 9 6383 1663
E-mail: atendimento@itaucultural.org.
Acesso para pessoas com deficiência física
Estacionamento: entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108.
Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.
Dia 13 de dezembro (quarta-feira)
19h
Abertura do festival
Mesa de abertura com Jader Rosa (Itaú Cultural) e Patrícia Mota (Itaú Social)
Conferência Escrevivência e criação de mundos possíveis, com a escritora e catedrática Conceição Evaristo
Pocket show de Anelis Assumpção
NA ESCOLA DE ARTES, CIÊNCIAS E HUMANIDADES (EACH-USP) |
Campus USP Leste
Rua Arlindo Béttio, 1000, Ermelino Matarazzo
Dia 14 de dezembro (quinta-feira)
9h
Mesa de abertura com Juliana Yade (Itaú Social) e Marli Quadros Leite (Pró-reitora de Cultura e Extensão - PRCEU-USP)
9h40
Pílula - performance
Com a escritora, atriz, narradora e slammer Luz Ribeiro
10h
Roda de conversa 1 - Ujima: Sujeitos, lugares e modos coletivos de enunciação
Com Flávia Martins, João Mozart e Mari Costa. Mediação: Prof. Rosenilton Oliveira
11h
Roda de conversa 2 - Modos de enunciação: sujeitos escrevivendo os seus lugares no mundo
Com Eduardo Prachedes Queiroz, Maria Rita Taunay e Milena Manhãs. Mediação: Prof. Esmeralda Negrão
14h
Pílula - performance
Com a poeta Mel Duarte
14h10
Roda de conversa 3 - Kuumba: escrevivência, escrita dramatúrgica e o fazer artístico
Com Alessandra Augusta Lima dos Santos, Beatriz Nauali e Kétila Araújo. Mediação: Jé Oliveira
16h
Roda de conversa 4 - Escrevivência em sala de aula e a formação docente
Com Alan Brito, Allan da Rosa e Fátima Santana. Mediação: Juliana Yade
18h
Encerramento - Contação Pretinha Ponciá
Com Kétila Araújo
NO INSTITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS (IEA-USP) |
Campus Butantã, Sala Alfredo Bosi
Rua da Praça do Relógio, 109, térreo, Cidade Universitária
Dia 15 de dezembro (sexta-feira)
9h
Mesa de abertura com Ana Lúcia Duarte Lanna (Pró-Reitora de Inclusão e Pertencimento USP), Ary Plonski (Diretor do IEA), Luciana Modé (Itaú Cultural) e Martin Grossmann (Coordenador acadêmico da Cátedra)
9h40
Pílula - performance
Com o poeta e slammer Cajota Domingues
10h
Roda de conversa 5 - Umoja: corpus estético em diferença
Com Blenda Souto Maior, Cajota Domingues, Gessica Silva, Júlia Farias e Renata Gonçalves
11h
Roda de conversa 6 - Escrevivência, estética e possibilidades narrativas
Com Brunna Amicio, Carla Silva, Débora Andrade e João Victor
14h
Pílula - performance
Com Victor Hugo Oliveira
14h10
Roda de conversa 7 - Arte, escrevivência, corpo e movimento
Com Adnã Ionara, Daniel Alves e Luciano Tavares. Mediação: Deise de Brito
16h
Roda de conversa 8 - Nia: escrevivendo a continuidade
Com Conceição Evaristo, Calila das Mercês, Georgton Silva, Stefani Souza e Viviane Nogueira
ENCERRAMENTO
17h40
Entreato
Cortejo Ilú Obá De Min
Video-mapping: Coletivo Coletores
19h
Apresentação musical
Com a cantora Larissa Luz
ASSESSORIAS DE IMPRENSA:
Pelo Itaú Cultural: Conteúdo Comunicação
Larissa Corrêa: (11) 9 8139 9786
larissa.correa@terceiros.
Cristina R. Durán: (11) 9 8860 9188
cristina.duran@conteudonet.com
Douglas Ramalho: (61) 9 83412033
douglas.ramalho@conteudonet.
Mariana Zoboli: (11) 9 8971 0773
mariana.zoboli@conteudonet.com
Roberta Montanari: (11) 9 9967 3292
roberta.montanari@conteudonet.
Pelo IEA/USP:
Divisão de Comunicação IEA-USP
Fernanda Cunha Rezende
(11) 3091-1681
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