[Livros] Adriana Sussekind lança o livro 'Aconteceu em Copacabana, onde Copacabana é a protagonista dos contos, com personagens reais e fictícios
Adriana Sussekind lança o livro 'Aconteceu em Copacabana, onde Copacabana é a protagonista dos contos, com personagens reais e fictícios
A obra vai despertar memórias afetivas e criar novos laços entre os leitores e o mais famoso bairro da cidade.
Adriana Sussekind lança o livro 'Aconteceu em Copacabana', pela Luva Editora, com 40 contos/crônicas curtos, onde Copacabana é a protagonista que convive com vários personagens e situações, misturando ficção, lembranças subjetivas da juventude e de antigos vizinhos, conversas que escutou de desconhecidos na praia, na praça do Lido, nas academias de ginástica e outros lugares públicos do bairro.
"O bairro de Copacabana é a realidade que mais conheço, sendo assim me senti confortável para escrever sobre um lugar onde nasci e vivo há tantos anos. Pelo fato de ser um bairro imenso, com uma população gigantesca, sobram personagens e fatos até surreais. Copacabana sempre será uma fonte inesgotável de vida, de material humano e de transformações sociais. O filme “Edifício Master” também me inspirou para ambientar minhas histórias nesse bairro", explica a autora.
Sobre Adriana Sussekind
Seu processo de criação literária foi elaborado por meio de dois cursos de Escrita Criativa: o primeiro, em Sevilha, Espanha, no curso de Fuentetaja de escrita e literatura, com a filóloga e Profa. Irene Flichy, no ano de 2019; o segundo, no curso de Laboratório de Escrita com a Profa. Ma. Marília Rios na Sala Museal – artes e ideias, em 2020, aqui no Rio de Janeiro. Inclusive, o conto “Ex-secretária” foi escrito a partir de um argumento da professora Marília Rios sobre uma personagem real, já falecida, de Copacabana. A partir desses estudos preparou-se para escrever esses 40 contos e crônicas ambientados em Copacabana. A carga de leitura dos cursos ajudou a identificar os diferentes estilos literários e formas narrativas possíveis. Foi um processo longo e prazeroso, feito com muitas revisões, modificações e inserções de novas ideias a cada releitura. Além disso, a leitura faz parte de sua vida desde a infância, pois é filha, neta e bisneta de escritores, e seu pai herdou toda a biblioteca de seus antepassados. O ambiente de casa sempre foi povoado de amigos escritores – como Alexandre Eulálio – tradutores, lexicógrafos e pessoas do mundo das ideias.
Contos de um lugar no mundo - Fabio B. Pinto
Adriana Sussekind faz parte de uma família estreitamente ligada à literatura brasileira, e demarca com este Aconteceu em Copacabana o seu lugar em uma linhagem de grandes escritores como seu pai, Carlos Sussekind, e seu bisavô, Lúcio de Mendonça, poeta e fundador da Academia Brasileira de Letras. Uma família literária. É bem carioca. Esses dois elementos, literatura e carioquice, se unem nos contos que o leitor tem diante de si.
Forjados em linguagem despojada, de tom despretensioso, esses 40 relatos curtos vão gradualmente desenhando um rico panorama do bairro que é um espelho da cidade maravilhosa que já foi definida como purgatório da beleza e do caos. Purgatório com remota possibilidade de redenção, beleza humana e natural, caos urbano em que coexistem a ordem e a desordem.
A autora os vê, registra seus rostos, suas circunstâncias e seu perambular às vezes sem rumo, como o caminhar claudicante do pai cujos olhos se acendem ao falar de filosofia e, de repente, dão à vida uma fagulha preciosa de sentido. Esse pai que saiu a passear de madrugada, de cuecas, numa breve e aflitiva aventura, o mesmo que um dia foi Lamartine e nos deixou uma armadilha genial. A autora, porém, não cria armadilhas. Diz textualmente que “o que acontece em Copacabana não acontece em nenhum outro lugar do mundo” e vai fotografando a alma das personagens em sua rolleiflex, ajustando a lente para captar o micro e o macro desse cotidiano único e intransferível. Afinal, em que outro canto do mundo poderíamos encontrar o filho prodígio de uma família espanhola que foi abduzido por extraterrestres? Ou a moça que não suporta as manias dos namorados e se
depara com um sereio em pleno Posto 3? Os retratos de Adriana misturam a singela melancolia de Rubem Braga com a crua denúncia da hipocrisia das elites à maneira de Nelson Rodrigues.
Idioma : Português
Capa comum : 128 páginas
Sobre Adriana Sussekind
Seu processo de criação literária foi elaborado por meio de dois cursos de Escrita Criativa: o primeiro, em Sevilha, Espanha, no curso de Fuentetaja de escrita e literatura, com a filóloga e Profa. Irene Flichy, no ano de 2019; o segundo, no curso de Laboratório de Escrita com a Profa. Ma. Marília Rios na Sala Museal – artes e ideias, em 2020, aqui no Rio de Janeiro. Inclusive, o conto “Ex-secretária” foi escrito a partir de um argumento da professora Marília Rios sobre uma personagem real, já falecida, de Copacabana. A partir desses estudos preparou-se para escrever esses 40 contos e crônicas ambientados em Copacabana. A carga de leitura dos cursos ajudou a identificar os diferentes estilos literários e formas narrativas possíveis. Foi um processo longo e prazeroso, feito com muitas revisões, modificações e inserções de novas ideias a cada releitura. Além disso, a leitura faz parte de sua vida desde a infância, pois é filha, neta e bisneta de escritores, e seu pai herdou toda a biblioteca de seus antepassados. O ambiente de casa sempre foi povoado de amigos escritores – como Alexandre Eulálio – tradutores, lexicógrafos e pessoas do mundo das ideias.
Prefácio livro "Aconteceu em Copacabana"
Adriana Sussekind faz parte de uma família estreitamente ligada à literatura brasileira, e demarca com este Aconteceu em Copacabana o seu lugar em uma linhagem de grandes escritores como seu pai, Carlos Sussekind, e seu bisavô, Lúcio de Mendonça, poeta e fundador da Academia Brasileira de Letras. Uma família literária. É bem carioca. Esses dois elementos, literatura e carioquice, se unem nos contos que o leitor tem diante de si.
Forjados em linguagem despojada, de tom despretensioso, esses 40 relatos curtos vão gradualmente desenhando um rico panorama do bairro que é um espelho da cidade maravilhosa que já foi definida como purgatório da beleza e do caos. Purgatório com remota possibilidade de redenção, beleza humana e natural, caos urbano em que coexistem a ordem e a desordem.
Copacabana e Rio de Janeiro estão nas histórias da adolescente que descobre a sexualidade no terraço em obras, do playboy que vive em simbiose com a mãe, na trajetória da modelo que caiu em desgraça e vai viver na rua, na lagosta de um e no arroz com feijão e banana da outra. São fios com os quais Adriana costura sutilmente o tecido que une estes contos/crônicas de variada temporalidade. Ou atemporalidade, pois se a joaninha da polícia pertence a outro tempo, a violência policial continua atualíssima, assim como o profundo abismo que separa a alienação das famílias quatrocentonas decrépitas e a precária condição social dos invisibilizados que as servem.
A autora os vê, registra seus rostos, suas circunstâncias e seu perambular às vezes sem rumo, como o caminhar claudicante do pai cujos olhos se acendem ao falar de filosofia e, de repente, dão à vida uma fagulha preciosa de sentido. Esse pai que saiu a passear de madrugada, de cuecas, numa breve e aflitiva aventura, o mesmo que um dia foi Lamartine e nos deixou uma armadilha genial. A autora, porém, não cria armadilhas. Diz textualmente que “o que acontece em Copacabana não acontece em nenhum outro lugar do mundo” e vai fotografando a alma das personagens em sua rolleiflex, ajustando a lente para captar o micro e o macro desse cotidiano único e intransferível. Afinal, em que outro canto do mundo poderíamos encontrar o filho prodígio de uma família espanhola que foi abduzido por extraterrestres? Ou a moça que não suporta as manias dos namorados e se
depara com um sereio em pleno Posto 3? Os retratos de Adriana misturam a singela melancolia de Rubem Braga com a crua denúncia da hipocrisia das elites à maneira de Nelson Rodrigues.
Dividido em seis capítulos, Aconteceu em Copacabana se nutre das experiências pessoais da autora e da percepção transcendental da ressaca das ondas da adolescência, do amor, do sobrenatural e do crime. E o que se vislumbra com clareza nesse mosaico é um talento narrativo que atravessa a superfície das particularidades da rotina em busca do universal, da eternidade que há em cada momento vivido e imaginado. Alguém disse, certa vez, que para mostrar a floresta é preciso começar descrevendo uma única árvore. Máxima tão apócrifa e cheia de sabedoria quanto aquela célebre frase de efeito atribuída a Tolstói: “canta tua aldeia e cantarás o mundo”. É o que faz Adriana neste livro, canta o mundo na aldeia universal que se estende do concreto dos velhos edifícios à beira mar até as ondas desmemoriadas que se sucedem na eternidade oceânica vista por uma janela com vista para o Atlântico. Um mar infinito e exato de histórias que cabem nesse canto imenso do mundo chamado Copacabana.
Ficha técnica
Título: Aconteceu em Copacabana
Autora: Adriana Sussekind
Editora : Luva Editora; 1ª edição (14 novembro 2023)Idioma : Português
Capa comum : 128 páginas
Estilo: Contos / Crônicas
ISBN-10 : 6500851218
ISBN-13 : 978-6500851212
ISBN-10 : 6500851218
ISBN-13 : 978-6500851212
Assessoria de Imprensa: Paula Ramagem
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Instagram: @adrianasussekind
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