[News]“Parem de Falar Mal da Rotina”, com Elisa Lucinda, no Teatro Riachuelo Rio

“Parem de Falar Mal da Rotina”, com Elisa Lucinda, no Teatro Riachuelo Rio






Parem de Falar Mal da Rotina com Elisa Lucinda

Data: 01/03/2024 – Sexta-feira

Vendas Online: https://bileto.sympla.com.br/event/90462?_gl=1*g8utku*_ga*MTIyMjM3ODk0NC4xNjc4Mjk3NTE4*_ga_KXH10SQTZF*MTcwNjUzOTMxNC4xMjYuMS4xNzA2NTQxNjU5LjU5LjAuNzcwODE2Mzgx

Lotação presencial: 999 lugares

Classificação: 12 anos

Duração: 120 minutos


 

“Parem de falar mal da rotina” é um fenômeno. Não se tem notícia, pelo menos no Brasil, de outro monólogo criado e protagonizado por uma mulher negra que tenha arrastado milhões de espectadores pelo país inteiro e fora dele por 22 anos. Na peça, dirigida por Geovana Pires, a atriz e autora trata o cotidiano como espaço de estreia e criatividade e não como uma repetição. Para tanto, desfila a própria poesia e suas encantadoras histórias cênicas para revelar ao espectador os nossos óbvios, onde o público se vê. O resultado são pouco mais de duas horas de elogios à rotina, entre personagens diversos, nos levando ao espelho da auto-observação de nossa dramaturgia diária.

 

A chave, da qual parte a autora, é simples, porém fundamental: a rotina é feita de um conjunto de escolhas. Toda a geografia de nossos atos cotidianos é desenhada por nossos desejos e decisões diante das opções, portanto, nós somos os responsáveis pelo que chamaremos de rotina e ninguém é o culpado deste desenho. Só nós mesmos. Depois de nos levar a rir de nós mesmos e a chorar emocionadamente, a sequência de cenas nos leva a crer no poder que temos, cada um, de atuar nessa rotina, de modo a otimizá-la, melhorá-la, trazê-la para mais perto dos nossos sonhos. Em verdade, nós temos o poder da mudança, nós somos os diretores, atores, autores, roteiristas e produtores das nossas próprias vidas.

 

Embora tentemos controlar o futuro, na verdade caminhamos todos os dias para o inédito e se, caminhamos para o inédito, torna-se impossível, ou no mínimo, incoerente querer repetir o ontem. De forma interativa, a montagem propõe uma divertida reflexão do cotidiano. Utilizando versos e conversas despojadas sobre a rotina, o “Parem...” é uma espécie de espelho capaz de projetar mil possibilidades provocando verdadeiras transformações em nossas relações sociais, profissionais e pessoais. “A peça nasceu das inúmeras lições que a natureza nos ensina todo dia. A grande lição é a capacidade de estreia que faz tudo na natureza acontecer de forma espetacular di-a-ri-a-men-te: o nascer do sol, o pôr do mesmo sol, o céu, a chuva, as estrelas, os ventos e as tardes. A natureza ensina a toda gente, mas, às vezes, alunos distraídos que somos, não vemos o lindo óbvio que ela nos oferece e as dicas que ela pode nos dar na condução de nossa vida diária”, diz a atriz.

 

Junto com Geovana Pires, Elisa Lucinda criou a Companhia da Outra, que assina o espetáculo. A linguagem desenvolvida nessa obra “engana” o público, pois, o seu arcabouço de condução coloquial leva o espectador a achar que tudo é improviso ali, mas com as surpresas cênicas e algumas repetições de cena, acaba-se concluindo que tudo ali é marcado, ensaiado e pensado antes, ainda que muitos improvisos aconteçam realmente, fruto da interação com a plateia que o espetáculo propõe. Deselitizando a poesia, Elisa fala o texto poético como quem conversa com o público, emociona e diverte com suas palavras gente de zero a cem anos, de todo o tipo e lugar.

 

A experiência assemelha-se a uma espécie de autoajuda inteligente, uma aula de cidadania através da educação emocional, pois cuidando melhor de nossa rotina, autores e protagonistas que somos dela, cuidaremos melhor de nós mesmos, dos que nos cercam e do mundo à nossa volta. Comemorando duas décadas de estrada, o espetáculo abraça plateias e admiradores no Brasil e no exterior, com sucesso de público e crítica. A cerimônia de repeti-lo todos os dias especializou sua criadora na arte de estreá-lo diariamente. A escolha dessa linguagem de roteiro aparentemente imprevisível para quem vê, produziu um outro fenômeno que é a repetição do público. Ao final, Lucinda pergunta quantas pessoas já viram a peça. Geralmente a resposta positiva vem de 30 a 40% do público, que quer ver de novo uma, duas, três, oito, quinze, trinta vezes. Ele quer ouvir de novo aquilo que não refletiu direito da primeira vez, ou quer experimentar aquela sensação num outro dia.

 

É muita informação. Sem contar que cada qual quer que seu pai, sua irmã, seu primo, seu novo amor, seu amigo que ainda não viu, veja. E não basta só indicar. Cada um quer trazer o amigo pessoalmente, levá-lo, assistir suas reações. Talvez o público não espere nunca que essa peça pare, pois está sempre disposto a estar presente nas próximas temporadas lotando os teatros, fazendo confusão de acesso de pessoas na porta. Como o espetáculo já atingiu sua maior idade, não é incomum que apareçam espectadores que foram acompanhados dos pais dentro da barriga, ou bebês ainda, e que hoje, adultos, voltam com esses pais e trazem novos amigos. De alguma maneira, a receita dessa obra leva uma comunicação transversal a toda a população brasileira e, por que não, mundial. Afinal, falar mal da rotina é um mau hábito da nossa civilização que ainda não entendeu que pode, como a lua e como o sol, estrear seus acontecimentos todo.

 

FICHA TÉCNICA:
Texto e Atuação: Elisa Lucinda
Direção: Geovana Pires
Cenografia: Gisele Licht
Figurinos: Christina Cordeiro
Iluminação: Djalma Amaral
Camareiro/contrarregra: Eduardo Brandão
Direção de Produção: Rafael Lydio
Realização: Casa Poema
Produção: Paragogí Cultural

Serviço:

Teatro Riachuelo Rio

Rua do Passeio 38 – Centro

Tel: (21) 99566-7469

Informações para a imprensa:

MNiemeyer Assessoria de Comunicação

www.mniemeyer.com.br

Leandro Gomes

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