[Crítica] Natureza do amor
Sinopse:
Sophia (Magalie Lépine Blondeau) é uma professora de filosofia em Montreal, que vive com seu companheiro Xavier (Francis-William Rhéaume) há 10 anos. Filha de uma rica família, sempre esteve em contato com uma boa formação e contatos privilegiados, que aproveita desde pequena. Sua vida inesperadamente vira de ponta-cabeça quando Sylvain (Pierre-Yves Cardinal), um carpinteiro, é contratado para reformar sua casa de campo, e os dois vivenciam um amor à primeira vista. Decidida a viver intensamente esse romance, ela coloca um sólido questionamento de seus próprios valores e aspirações e se pergunta sobre a relação entre duas pessoas com realidades e criações tão distintas: embora os opostos se atraiam, o romance deles pode durar?
Sophia (Magalie Lépine Blondeau) é uma professora de filosofia em Montreal, que vive com seu companheiro Xavier (Francis-William Rhéaume) há 10 anos. Filha de uma rica família, sempre esteve em contato com uma boa formação e contatos privilegiados, que aproveita desde pequena. Sua vida inesperadamente vira de ponta-cabeça quando Sylvain (Pierre-Yves Cardinal), um carpinteiro, é contratado para reformar sua casa de campo, e os dois vivenciam um amor à primeira vista. Decidida a viver intensamente esse romance, ela coloca um sólido questionamento de seus próprios valores e aspirações e se pergunta sobre a relação entre duas pessoas com realidades e criações tão distintas: embora os opostos se atraiam, o romance deles pode durar?
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O longa conta a história de Sophia, uma mulher casada com seus quase 40 anos e que tem um relacionamento feliz para os que vêem de fora. Logo somos apresentados a Xavier, seu esposo, e mais um casal de amigos que em comum tem afinidades em termos financeiros, mas que o diferenciam logo por falarem de seus filhos.
Tudo muda quando pelo acaso do destino Sophia conhece Sylvain, carpinteiro que está reformando o chalé do casal. Numa química incrível Sophia fica meio perturbada em trair seu marido e começa a perceber que o sexo não é tão incrível com o marido, assim como a forma de olhar que seu amante tem sobre ela. Muitas vezes a traição segue por conta da falta do diálogo e o roteiro foi extremamente assertivo sobre os questionamentos diários que um relacionamento de anos traz sobre a vida do casal. Muitas camadas são retiradas, desde o convívio com os sogros, amigos e da verdadeira essência de cada um como pessoa.
Mesmo em dúvida e contra todos, Sophia decide se separar, numa cena que muito lembrou o filme 'Comer, rezar e amar' onde a personagem também decide dar um fim no seu casamento. Mas as dificuldades encontradas com Sylvian, agora seu namorado, realmente serão capaz de manter este novo relacionamento? As cenas de sexo são muito bem dirigidas, onde as partes dos corpos não são expostas e fica a ideia do que realmente está acontecendo. Dentro das dificuldades enfrentadas pelo novo casal são a diferença de idade, a predileção dele por mulheres diferentes de Sophia são trazidas à tona. Mas principal e mais difícil é a diferença cultural e até mesmo de palavras mais desenvolvidas para alguém que tem mais conhecimento e estudo. Sylvian é um amor, carinhoso, mas é turrão, preconceituoso e muitas vezes comparado a ser ligado politicamente a direita, o amor deles será capaz de sobreviver?
O filme é repleto de nuances dos sentimentos humanos, mostra que o amor mesmo parecendo ser perfeito, talvez não seja o ideal para você. Um roteiro sensível e impecável sobre a natureza do amor.
Hoje nos cinemas.
Trailer:
Escrito por Maisa Evelyn Pires
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