[Crítica] Morando com o Crush

Sinopse: Luana (Giulia Benite) compartilha com seu pai uma curiosa semelhança familiar: eles não têm sorte no amor. Desde que sua esposa faleceu, Fábio (Marcos Pasquim) nunca mais conseguiu namorar sério, e Luana só tem coragem de observar o seu crush, Hugo (Vitor Figueiredo), de longe. A sorte dos dois muda quando Fábio se apaixona perdidamente por uma colega de trabalho e planeja morar com ela. Ao mesmo tempo, Luana é convidada para um date com Hugo. Mas a nova namorada de Fábio na verdade é... a mãe de Hugo! Agora, Luana e Hugo terão que dividir o mesmo teto enquanto lidam com o crush que têm um no outro.

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O filme é uma típica comédia romântica adolescente, a personagem da Giulia Benite nutre uma 'paixonite' por muito anos pelo personagem do Vitor Figueiredo, porém nunca houve uma aproximação entre eles. Durante uma festa os dois acabam se aproximando e quando eles parecem começar a desenvolver uma conexão são surpreendidos por uma relação entre os seus pais. Com a novidade eles ainda descobrem que irão se mudar e morar juntos em uma nova cidade. Todas essas mudanças faz com que eles tentem impedir qualquer sentimento, mas acaba acontecendo o contrário.

É nítido uma química entre os protagonistas, de fato é um casal que funciona. Apenas uma pena que o roteiro não tenha desenvolvido mais essa relação entre eles, mostrando mais sobre o interesse da Luana pelo Hugo ao longo dos anos, o que acontece apenas em um flashback, e mais tempo para que eles desenvolvesse uma conexão. Por conta disso, o início acaba sendo bem corrido e acaba enfraquecendo também o restante do enredo.

A história vai se desenvolver de fato quando tem a mudança e os jovens passam a dividir a mesma casa. Os dois ainda precisa se passar por irmãos para os vizinhos e amigos da nova cidade, pois todos acreditam que eles de fato sejam e foi necessário fazê-los acreditar para que os dois fossem aceitos na escola. Tudo isso faz com que eles se aproximem cada vez mais, confiem um no outro, compartilhem os seus segredos e, claro, acaba surgindo um sentimento que eles precisam disfarçar diante dos outros. Mas com as trocas de olhares cúmplices e ciúmes um do outro vai acabar despertando dúvida em uma menina da turma que vai fazer de tudo para saber a verdade. Essa busca que a Priscilla (Júlia Olliver) faz, acreditando que os 'irmãos' esconde algo, vai gerar os desdobramentos do filme.

A premissa é interessante, mas falta tempo para se desenvolver. Os acontecimentos se sucedem rapidamente, especialmente no início. No entanto, o filme cumpre o seu papel, é divertido e leve, embora não inove muito dentro do gênero, entregando uma história voltada para o público mais jovem. Algumas das cenas cômicas do longa por vezes têm um tom exagerado. Contudo, acredito que o filme tinha mais potencial, considerando o elenco talentoso e a química entre os atores em cena.

"Morando com o Crush" estreia dia 23 de maio nos cinemas.

Trailer: