[Crítica] Pobres Criaturas, disponível no Star Plus
Sinopse:
Pobres Criaturas é um filme de romance e ficção científica dirigido por Yorgos Lanthimos e produzido por Emma Stone, que também atua no longa. Baseada no livro homônimo de Alasdair Grey e referenciando o clássico Frankenstein, a história se passa na Era Vitoriana e acompanha Bella Baxter (interpretada por Stone), trazida de volta à vida após seu cérebro ser substituído pelo do filho que ainda não nasceu. O experimento é realizado pelo doutor Godwin Baxter (Willem Dafoe), um cientista brilhante, porém nada ortodoxo. Querendo conhecer mais do mundo, a jovem foge com um advogado e viaja pelos continentes, exigindo igualdade e libertação. Além de Stone e Dafoe, o elenco também conta com Mark Ruffalo, Jerrod Carmichael, Ramy Youssef, Christopher Abbott, Margaret Qualley, Kathryn Hunter, Suzy Bemba e Wayne Brett.
O que eu achei?
O longa conta a história de Bella Baxter, uma mulher que é "ressuscitada" por um cientista que após constatar sua morte decide literalmente tirar o cérebro de seu filho e inserir no de sua mãe.
O longa conta a história de Bella Baxter, uma mulher que é "ressuscitada" por um cientista que após constatar sua morte decide literalmente tirar o cérebro de seu filho e inserir no de sua mãe.
O médico que fez esse transplante tem um local onde cuida de sua muitas espécies alterada por ele. Bella é encantadora, bonita, mas por conta dessa mente juvenil acredita-se ter alguma deficiência mental. Muito de sua personalidade livre e absurda vem de sua mente juvenil, no decorrer do filme percebemos que ela começa a querer entender seu corpo, sensível ao próprio toque Bella aprende a se dar prazer sexual. Enquanto um médico residente trabalha Godwin começa a se apaixonar pela alma livre de Bella, por seu desejo simples de autodescoberta.
Paralelo à isso surge um advogado contratado para lidar com questões burocráticas de Godwin e quando percebe também se apaixona por Bella, transformando tudo num verdadeiro caos, com uma criança no corpo de uma mulher. Por vários momentos ficamos entre a cruz e a espada literalmente, ficamos entre a beleza e o bizarro. Bella foi aprisionada por seu criador e com a presença de Ducan encontra uma forma de sair dali.
Após fugir com Ducan, Bella saiu de uma prisão pra uma nova prisão. O advogado é tão apaixonado por ela que decide reprimir a lascívia de sua então namorada para que ela seja exclusiva à seus desejos sexuais e afetivos. Mas afinal Bella seria capaz de amar? A forma conduzida pelo longa mostra essa perturbação mental da protagonista quando percebe que no fim ela trocou uma prisão por outra e assim decide se separar para poder fazer o que realmente mais gosta: transar, sentir-se desejada e livre.
Junto a escola de estar livre acaba encontrando na prostituição, pois no fim ela poderá se sustentar e não sentir fora do controle de sua vida. Em paralelo, Ducan fica perdido, sem dinheiro e esperando que Bella caia em si podendo retornar pra ele.
Muito se falou de feminismo durante o decorrer do longa nos cinemas, assim como se realmente era necessária toda exposição do corpo de Emma Stone e tantas cenas de sexo, seria isso necessário? Cinema é pra chocar e falou de toda estrutura patriarcal em que as mulheres seguem desde que o mundo é mundo. Obviamente iria chocar uma mulher desejar romper essa bolha de machismo exacerbado. Quando o homem aparece transando com muitas mulheres em filmes, não tem esse questionamento levantado.
Achei o roteiro muito bem feito e a história condizente do início ao fim, mesmo com falas e comportamentos inapropriados para tantos. A atuação de Willem Dafoe sempre abrilhanta e destaque absurdo para maquiagem e figurino que são extremamente produzidos com maestria.
No Oscar de 2024, o longa ganhou estatuetas nas categorias de Melhor direção de arte, Melhor maquiagem e cabelo, Melhor figurino e recebeu o prêmio de Melhor atriz para Emma Stone.
Disponível no Star Plus
Trailer:
Escrito por Maisa Evelyn Pires
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