[News] Peça 180 Dias de Inverno, inspirada em texto biográfico de Nuno Ramos, se apresenta em Mogi das Cruzes e coloca em cena os medos e as angústias de cuidar de alguém doente
Peça 180 Dias de Inverno, inspirada em texto biográfico de Nuno Ramos, se apresenta em Mogi das Cruzes e coloca em cena os medos e as angústias de cuidar de alguém doente
Com direção de Nando Motta, a peça mistura diversas linguagens como dança, teatro, instalação e vídeo mapping para acompanhar a trajetória do personagem ao lado da esposa com depressão severa e seu eminente cansaço. O trabalho já circulou por diversas cidades do Brasil e foi visto por mais de 120 mil pessoas
Foto: Dennys Flores
O espetáculo se apresenta no Teatro Vasques (R. Dr. Corrêa, 515 - Centro, Mogi das Cruzes) de 10 a 12 de maio de 2024. O grupo também fará bate papos após as apresentações e ministrará a Oficina Cena Digital. Todas as atividades são gratuitas.
A peça 180 Dias de Inverno, do Coletivo Binário, já foi visto por mais de 120 mil pessoas e passou por diversos festivais e cidades no Brasil, como São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Sorocaba, Piracicaba, Itabira, São José dos Campos entre tantas outras. Inspirada no texto Minha Fantasma, escrito pelo pintor, desenhista, escultor, escritor, cineasta, cenógrafo e compositor Nuno Ramos, com dramaturgia de Antonio Hildebrando, a peça se apresenta em Mogi das Cruzes, entre os dias 10 e 12 de maio, sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 19h no Teatro Vasques - R. Dr. Corrêa, 515 - Centro – Mogi das Cruzes/SP. O Coletivo também realizara bate papos após as apresentações de sexta e sábado e oferece a Oficina Cena Digital. Todas as atividades são gratuitas (Confira a programação completa abaixo).
Em cena, o diretor Nando Motta usa diversas linguagens cênicas, como o teatro, dança-teatro, instalação, vídeo mapping e cinema para contar a trajetória do personagem durante o período em que a esposa esteve doente, com severa depressão. Todos esses elementos ajudam a construir um relato íntimo desse percurso, em parceria afinada com o cenário assinado por Renato Bolelli e Beto Guilger e a trilha sonora original composta por Barulhista. Todos os elementos se unem para narrar o enfrentamento ao medo e às angústias da situação. Por outro lado, também vai mostrando o cansaço cada vez mais forte do personagem. “As linguagens nos ajudam a trafegar entre a delicadeza poética e a crueza real dos fatos narrados por Nuno Ramos”, revela o diretor.
Delicado e denso ao mesmo tempo, a peça se vale de uma dramaturgia fragmentada e cronologia não linear para tratar de um tempo suspenso para os personagens, com seus pensamentos, dores, divagações e esperanças. Três artistas em cena, Camilo Lélis, Fabiano Persi e Michelle Barreto, dão vida aos personagens Ele, Ela e o Outro (alter ego de Ele e Ela).
O cenário, composto por um grande espelho d’água com móveis semi-submersos e luminárias de teto inspirados pela frase ‘A beleza da iminência do desastre’ e na instalação Maré Mobília, ambas de autoria de Nuno. “A imagem de um quarto afogado reforça a sensação latente de cansaço”, diz Nando Motta. Outra obra de Nuno que inspirou o cenário foi Casa Inundada, instalação em que o artista afunda, na lama, a casa em que passou sua infância.
Para a construção da trilha sonora, Barulhista capturou sons produzidos pelas falas, corpos e ações dos atores. “O resultado é uma trilha que dialoga diretamente com as cenas e com atores, dão mais vida e organicidade ao trabalho”, conta o diretor.
Em relação às projeções, que permeiam a encenação, a ideia é lançar o público ainda mais perto da história e trazer possibilidades de interpretação para as cenas. Para isso, são utilizadas imagens do interior de uma casa, gravadas em stopmotion, e desenhos animados. O desenho de luz emprega uma delicada dinâmica de luz e sombra para destacar a dualidade entre os momentos de extrema intimidade do quarto do casal e a aridez de uma sala de espera de hospital.
Os figurinos são assinados pelo premiado figurinista Paolo Mandatti, a iluminação é de Bruno Cerezoli e o material de vídeo é assinado por Hugo Drummond e Pedro Furtado. A preparação corporal é da bailarina Carla Normagna.
Após doze anos de circulação, para o diretor, 180 dias de inverno segue atual, propondo debates e olhares essenciais para a vida contemporânea. "Ele está mais forte do que nunca. Porque em um mundo cada vez mais excludente e controverso, precisamos sim falar de amor. A toda hora. Mas falar de um amor real, difícil, cansativo, perdido, mas que persiste, para estar sempre junto com quem se ama", finaliza.
SOBRE A COMPANHIA
O Coletivo Binário é um grupo de criação nascido da vontade de buscar um ambiente profícuo para a produção colaborativa e experimental nas artes cênicas. Através de uma ideia comum, o grupo se coloca em diálogo para que artistas de outras linguagens se aproximem e trabalhem com um objetivo único: criar. Um lugar em que “junto e misturado” seja um valor e uma premissa, não uma barreira. Um encontro de vários desejos e vozes criadoras trafegando livremente e passando a ser uma só.
Fruto dessa inquietação, o grupo desenvolve desde 2011 uma pesquisa sobre "linguagens em trânsito no criar e fazer teatral" que resultou nos espetáculos “Rodolfo e a Crise", “180 Dias de Inverno”, "Do Lado Direito do Hemisfério” e “O que fazer com o resto das árvores?". Estes trabalhos já foram agraciados com mais de 10 prêmios e 20 indicações, tendo se apresentado em 18 festivais e 42 cidades do Brasil, para um público de mais de 300.000 pessoas.
SINOPSE
180 Dias de Inverno narra os seis meses que Nuno Ramos passou cuidando de Sandra, sua esposa, uma mulher acometida por uma grave doença. O relato poético e apaixonado acompanha um homem em sua batalha diária para salvar sua esposa e a si mesmo desse inimigo invisível. O espetáculo traz referências de Dança-teatro, Vídeo-arte, Instalação, Música Experimental, Cinema (stop motion e desenho animado) e teatro pós-dramático para mostrar, de forma crua e ao mesmo tempo delicada, a iminência de um desastre na vida de um casal.
FICHA TÉCNICA
Diretor: Nando Motta
Dramaturgo: Antonio Hildebrando
Texto: Nuno Ramos (livremente adaptado do texto Minha Fantasma)
Elenco: Camilo Lélis, Fabiano Persi e Michelle Barreto
Cenógrafos: Renato Bolelli e Beto Guilger
Cenotécnico: Nenê Pais
Figurinista: Paolo Mandatti
Trilha sonora original: Barulhista
Preparação corporal e coreografia original: Carla Normagna
Criação de luz: Bruno Cerezoli
Operação de vídeo projeções e som: Nando Motta
Operação de luz: Renato Hermeto
Vídeos/projeção: Hugo Drummond e Pedro Furtado
Fotos: Samuel Mendes
Vídeo Registro: La Caffetteria Produções (Ronaldo Jannotti)
Assessoria de imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques, Daniele Valério e Flávia Fontes
Designer e coordenação de redes sociais: NM Design
Produtora Executiva: Sorella Produções e Coletivo Binário
Coordenação de projeto e produção: Nando Motta
Gestão financeira e de projeto: Larissa Biasolli e Cristiane Taguchi
Produção: Sorella Produções e Coletivo Binário
Apoio Cultural: Prefeitura de Diadema
Realização: Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas
Projeto realizado com os benefícios do edital Proac 2022 - #02 Circulação - Projeto nº 02/2022-1654.1072.9956 - 180 Dias de Inverno em SP
SERVIÇO
180 Dias de Inverno
Duração: 60 min. | Classificação: 14 anos | Gênero: Drama contemporâneo
Mogi das Cruzes
Local: Teatro Vasques
R. Dr. Corrêa, 515 - Centro, Mogi das Cruzes
Dias: 10, 11 e 12 de maio (sexta, sábado e domingo) | sexta e sábado, às 20h, domingo, às 19h;
Ingressos: Gratuito retirados online no site: www.coletivobinario.com.br ou 30 minutos antes de cada apresentação. Sujeito à lotação do espaço.
Capacidade: 303 lugares
Informações: www.coletivobinario.com.br ou (11) 4056-3366 (teatro)
Oficina Cena Digital:
Dias: 11 e 12 de abril (sábado e domingo), das 10h às 13h
Local: Teatro Vasques - R. Dr. Corrêa, 515 - Centro, Mogi das Cruzes
Inscrições pelo site www.coletivobinario.com.br.
Professor: Nando Motta
Carga horária: 02 dias (03 horas por dia)
Vagas: 20 participantes
Público Alvo: Jovens e adultos. Profissionais, professores e estudantes de teatro.
Material necessário para o aluno: Roupas pretas ou brancas sem estampas, celular com câmera (se possível).
Informações à imprensa
Canal Aberto Assessoria de Imprensa
Há 30 anos divulgando cultura
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