[Lançamento]Hoje, 21/6, estreia "Sorria você está sendo vigiado", de Maria Rita Nepomuceno
Documentário Sorria, você está sendo vigiado, que provoca reflexão sobre monitoramento nas ruas, tem lançamento 6ªf, dia 21 de junho, pelo Canal do YouTube “Tire o meu rosto da sua mira” (https://
Dirigido por Maria Rita Nepomuceno, com pesquisa do historiador Paulo Terra, filme de 35 minutos questiona e provoca com entrevistas sobre a expansão da tecnologia de reconhecimento facial e uso de imagens de arquivo
Cartaz do documentário “Sorria”
Quais os limites da vigilância constante a que estamos submetidos nas ruas com o monitoramento por reconhecimento facial? O documentário Sorria, você está sendo vigiado, de Maria Rita Nepomuceno se baseia nesta questão para refletir e provocar sobre as consequências da tecnologia usada nas cidades, realidade já praticada em todo o mundo. Realizado a partir da pesquisa do professor e historiador Paulo Cruz Terra, que conduz as entrevistas e também assina o roteiro com a diretora.
Com estreia dia 21 de junho, sexta-feira, o média-metragem de 35 minutos chega pelo Canal do YouTube “Tire o meu rosto da sua mira” (https://
A diretora observa: “O documentário é um filme-processo, marcado pela investigação acadêmica e estética sobre a cidade vigiada. Transpõe para a imagem a dimensão de vigilância e de permanência no presente de estratégias de controle dos corpos e dos espaços públicos do passado. Uma busca e indagação sobre o que é, e foi, considerado legítimo para o lugar do Estado na produção de imagens para ver e ser visto, na escuta das narrativas e atores políticos que questionam o status quo da segurança pública brasileira.”
Sorria, você está sendo vigiado tem direção de fotografia e edição de Patrick Granja. Com depoimentos de Horrara Moreira, Dani Monteiro, Hernani Heffner, Debora Pio, Thallita Lima, Pablo Nunes, Mariah Rafaela, o documentário tem produção do Departamento de História da UFF, RioByte e da The Research Council of Norway, na Noruega. Em Oslo, o filme teve exibição na mostra universitária Algorithimic Governance & Cultures of Policing, em março em 2024.
“O filme pretende ampliar o diálogo com a população. O processo mostrou que ainda há um grande desconhecimento sobre os problemas e desafios presentes no uso da tecnologia de reconhecimento facial, por isso a proposta do documentário é fazer as pessoas pensarem, trazer questões e provocar”, diz Paulo Terra.
““Diariamente, ao percorrermos a cidade, nos deparamos com inúmeras câmeras de vigilância instaladas em postes, condomínios, shoppings e aeroportos. A sensação constante é de que estamos sendo observados a cada momento. As câmeras de reconhecimento facial, capazes de identificar pessoas capturadas em suas imagens, intensificam essa sensação de vigilância e controle sobre a população. Ao construir uma infraestrutura de vigilância biométrica e tecnológica, o Brasil se aproxima de um cenário distópico e alarmante. As populações mais vulneráveis, que já são alvo preferencial do controle estatal, também sofrem mais com os erros dessa tecnologia.”, relata Pablo Nunes, um dos entrevistados do documentário - professor e historiador, idealizador do movimento “Tire meu rosto da sua mira”.
"A falta de um sentido crítico da sociedade sobre a regulação da relação entre imagem e o controle do crime não vê o quanto estamos, todos, permanentemente vigiados. Que as informações que compartilhamos não estão protegidas. Estamos sim, vigiados e o cenário brasileiro é distópico. Várias cidades do mundo já baniram o uso do reconhecimento facial pela segurança pública e aqui parece uma quimera. A relação entre produção de imagens e o controle social na história brasileira, a partir do uso dos arquivos, foi uma forma que encontramos de mostrar que esse controle sempre existiu, mascarando o racismo e a perseguição aos trabalhadores, mas que a resistência a ele também. E ainda que a legislação brasileira esteja avançada, na prática a teoria é outra. O filme convida as pessoas a pensarem, debaterem e perceberem criticamente a violência do senso comum sobre o uso da vigilância para combate ao crime. O buraco é mais embaixo e temos condições de sair dele, resistindo enquanto sociedade ao que querem nos vender como natural. Que é muito violento e muito pouco democrático. Levantar a poeira desse debate é fundamental! "acrescenta Maria Rita.
FICHA TÉCNICA:
Sorria, você está sendo vigiado
(35min, 2024, Cor, Doc)
Direção: Maria Rita Nepomuceno.
Roteiro: Paulo Cruz Terra e Maria Rita Nepomuceno
Argumento e pesquisa: Paulo Cruz Terra
Direção de Fotografia e Montagem: Patrick Granja
Produção: The Research Council of Norway, Departamento de História da UFF (Universidade Federal Fluminense) e RioByte
SINOPSE: O uso do reconhecimento facial pelas forças de segurança pública se espalhou rapidamente pelas cidades do Brasil. O documentário debate o movimento da sociedade civil organizada pelo seu banimento através de entrevistas feitas pelo historiador Paulo Terra. Ativistas e pesquisadores nos convidam a pensar sobre a relação dessa tecnologia com outras formas de vigilância na história brasileira. Com depoimentos de Horrara Moreira, Dani Monteiro, Hernani Heffner, Debora Pio, Thallita Lima, Pablo Nunes, Mariah Rafaela.
SERVIÇO ESTREIA, "Sorria, você está sendo vigiado"
Estreia: 18 de junho de 2024 | terça-feira | Horário: 18h30
Local: Cinemateca do MAM, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85 - Praia do Flamengo, RJ
Sessão seguida de debate, com: Pablo Nunes, a deputada Dani Monteiro e o professor e pesquisador, Paulo Terra.
Evento gratuito com retirada de senha a partir de uma hora antes da sessão.
Capacidade: 186 pessoas
SOBRE A DIRETORA Maria Rita Nepomuceno:
Cineasta pela UFF (Universidade Federal Fluminense), mestre em Multimeios pela UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas) e é sócia-proprietária da produtora RioByte - Arte e Informação. Entre 2015 e 2018, trabalhou como Curadora de Conteúdo do Canal CINEBRASiLTV. Membro da equipe de seleção de projetos do LABCurta FUNARJ 2020, 2021 e 2022. Foi júri da Mostra Competitiva do FEMINA em 2017. Ganhou prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular da Mostra Arquivo em Cartaz em 2015 com o média documental “Joel e Gianni”. Seu média documental “Diário da Pandemia”, está sendo distribuído nas plataformas Now, Vivo play, Google play e Microsoft play. Dirige, co-produz, pesquisa e roteiriza a série documental inédita “Mães da Terra” (6X52min) sobre maternidades periféricas, em parceria com a Caliban Cinema e Conteúdo. Dirigiu o documentário média-metragem “Niterói de Memórias”, em co-autoria com Paulo Terra e Karoline Karula, sobre os 450 anos de Niterói que estreou no CINE Arte UFF. Está lançando o documentário média metragem “Sorria, você está sendo vigiado”, em co-autoria com Paulo Terra.
SOBRE O HISTORIADOR E PESQUISADOR Paulo Cruz Terra:
Professor de História do Brasil República no Departamento de História, da Universidade Federal Fluminense, além de atuar no Programa de Pós-graduação em História da mesma instituição. Foi bolsista CAPES-Alexander von Humboldt Stiftung na Universität Bonn, na modalidade de "pesquisador experiente". Atualmente é Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2 e Jovem Cientista do Nosso Estado da FAPERJ. Foi eleito em 2022 como Membro Afiliado da Academia Brasileira de Ciência. É membro da diretoria da Associação Nacional de História do Trabalho (ANAHT) e da ANPUH, Seção Regional Rio de Janeiro. É um dos editores da Série "Social History of Punishment and Labour Coercion", da Amsterdam University Press. Possui graduação em História pela Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp (2005). Finalizou o mestrado em História na Universidade Federal Fluminense, em 2007, e o doutorado na mesma instituição, em 2012. Sua tese foi premiada, e publicada, pelo Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro. Tem atuado principalmente nos seguintes temas: história do trabalho, história do Rio de Janeiro e história do transporte.
REDES:
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Instagram: @sorria_voceestasendovigiado
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