[News] Clube de Leitura CCBB 2024 traz Tom Grito e Rita von Hunty para falar sobre Literatura e Identidade de Gênero

 

“Em tempos de afetos tristes, guerras, massacres e violência aviltantes, Virginia Woolf nos pede que lembremos de nosso papel como leitores, escritores e agentes da democracia: ‘Porque existem outras mesas de negociações além das mesas de oficiais e das conferências de guerra […] e outras armas’". A frase é de Rita Von Hunt, que estará com Tom Grito na edição de julho do Clube de Leitura CCBB 2024, debatendo Literatura e Identidade de Gênero.


O objetivo do encontro, que conta ainda com a participação de Ramon Nunes Mello, é refletir sobre a complexidade da representatividade, quando se trata de arte e, principalmente, de literatura.  O tema busca também incentivar a leitura e pensar sobre o mercado editorial para autores não-cisgênero. O encontro acontece na segunda quarta-feira de julho, dia 10, no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro.


 


O público escolheu para ler neste ciclo o  livro de Tom Grito Eu sei como sair vivo disso. Tom se diz orgulhoso de estar em contato com pessoas que leram o livro e poder ouvir a partilha delas sobre como os textos as atravessam. “É uma oportunidade bonita essa troca”, diz, ao reforçar a importância de abordar literatura e identidade de gênero, que afeta diretamente na redução do preconceito e na possibilidade de pessoas trans serem vistas como pessoas “normais”: profissionais, escritores, poetas. Rita completa: “fico feliz em ver, expressada na vontade das pessoas, uma das máximas de Raymond Williams sobre a cultura ser capaz de avaliar a diagnosticar as ideias com sementes de vida. Este é um lindo momento de plantio e colheita destas ideias”.


 


 


Para Suzana Vargas a ideia é compreender mais amplamente esse momento da arte e da  literatura. Ela questiona se a criação de histórias, poemas e outros textos literários depende do gênero de quem fala. Em outras palavras, “de que modo a identidade de gênero reflete e determina a criação?”, provoca a curadora e mediadora do Clube.


 


 


SOBRE O LIVRO


Eu sei como sair vivo disso: Neste livro de 2023, Tom Grito reúne seus textos orais , falados em praças públicas, em recitais para bem mais de 100 pessoas. São poemas longos, cartas, bilhetes trocados com outros poetas e faz uma coisa rara na literatura: questiona a própria poesia como uma espécie  de não-lugar , no sentido da sobrevivência material. Poemas sobre a pandemia e sobre seu modo de ser poeta estão nesta obra.


O encontro com Tom Grito, Rita Von Hunty e Ramon Nunes Mello acontecerá no dia 10 de julho de 2024, às 17h30, na Biblioteca Banco do Brasil, 5º andar, do CCBB RJ, com entrada gratuita. O Clube de Leitura CCBB 2024 conta com o patrocínio do Banco do Brasil. 


Os vídeos dos encontros ficam disponíveis, na íntegra, no YouTube do BB. O projeto vai até dezembro de 2024 e sessões anteriores já estão disponíveis.


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Sobre o Clube de Leitura CCBB


Os encontros do Clube acontecem no Salão de Leitura da Biblioteca Banco do Brasil, localizada no quinto andar do CCBB Rio, até dezembro, sempre na segunda quarta-feira de cada mês, com entrada gratuita, mediante retirada dos ingressos na bilheteria do CCBB RJ ou pelo site bb.com.br/cultura. A mediação é da curadora Suzana Vargas e o microfone será aberto para a plateia nos 30 minutos finais dos encontros. A gravação integral será disponibilizada no canal do Banco do Brasil no YouTube, na semana seguinte ao evento. Em 2023, 1.243 pessoas participaram presencialmente do Clube e foram feitos milhares de acessos na playlist dele. A edição do ano passado recebeu os escritores Paula Tavares; Milton Hatoum; Gonçalo Tavares; Gregório Duvivier; Cida Pedrosa; Eliakin Rufino; José Eduardo Agualusa; Luiz Fernando Carvalho e Ítalo Moriconi; Conceição Evaristo; Mia Couto; e Antonio Torres.


A Biblioteca Banco do Brasil foi fundada em 1931, voltada para as áreas de Administração, Finanças e Economia. Com a criação do Centro Cultural, em 1989, o acervo foi ampliado para as áreas de Artes, Literatura e Ciências Sociais e hoje possui mais de 200 mil exemplares, em constante atualização, ocupando todo o quinto andar deste prédio centenário.


 


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Sobre os convidados


 


Tom Grito: é poeta e artista cuír. Inventor de palavras, combinador de letras e incendiário de discursos. Pesquisador de utopias inescapáveis e de tecnologias ancestrais e curador para acolhimento e sutura de violências de gênero. Dedica-se às microrrevoluções político-sociais onde a poesia incinera, afaga, afeta e transforma. Pioneiro da cena de poetry slam no Rio de Janeiro (2013), fundador e gestor do Slam das Minas RJ @slamdasminasrj(2017) - coletivo que recebeu a medalha Tiradentes - Ordem do Mérito Cultural do Município (2020). Father da house of Cazul na cena kiki da cultura ballroom do Rio de Janeiro. E membro da house of Lauren na cena ballroom mainstream. Fundador dos coletivos poéticos transcentrados Trans Slam @trans_slam (2023) e Transpoetas @transpoetas (2019). Colaborador da Casa Nem na gestão do Kuzinha Nem. Pessoa trans não binárie com formação multiespecífica em teatro, cinema e educação física, atua na intersecção entre literatura, educação, curadoria, corpo, gênero e cultura, com destaque para as tradições da oralidade e da poesia falada. Autor dos livros "Antes que seja tarde para se falar de poesia" (2023) e "Eu sei como sair vivo disso" (2023) ambos pela Editora Malê.


 


Rita von Hynty: é a persona drag do ator e professor Guilherme Terreri. Com formação em Artes Cênicas (Unirio), e Língua e Literatura Inglesa (USP), suas áreas de pesquisa são os Estudos Literários, Estudos Culturais, Estudos de Gênero, Teoria Crítica e Teoria Queer.


Rita atua como crítica cultural, educadora popular, professora, atriz e palestrante, além de seus trabalhos como colunista na Carta Capital e vídeo colunista em uma série de outros meios. Como professora convidada ou palestrante, Rita já esteve em uma série de espaços de luta social como sindicatos, escolas e universidades tanto no Brasil quanto no exterior. Destacam-se suas passagens pela USP, UNICAMP, UEPB, EUMA, O Museu da Resistência ( Lisboa) e a École Polytechnique (Paris).


Em 2023, a convite do Ministério da Cidadania e Direitos Humanos e da Secretaria Nacional LGBTQIA+.  Rita fez a conferência de reabertura do curso de Formação em Direitos Humanos pela Escola Nacional de Administração Pública (ENAP).


 


Ramon Nunes Mello é poeta, escritor e jornalista. Desde 2012, vive com hiv e é ativista de direitos humanos. Mestre em Poesia Brasileira (Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, 2017). Autor dos livros Vinis mofados (Língua Geral, 2009), Poemas tirados de notícias de jornal (Móbile, 2011), Há um mar no fundo de cada sonho (Verso Brasil, 2016) e A menina que queria ser árvore (Quase Oito, 2018). Organizou Escolhas: Uma autobiografia intelectual, de HeloIsa Buarque de Hollanda (Língua Geral/Carpe Diem, 2010), Maria Bethânia Guerreira Guerrilha, de Reynaldo Jardim (Móbile/Debê, 2011, com Marcio Debellian), Tente entender o que tento dizer: Poesia + hiv/aids (Bazar do Tempo, 2018), Ney Matogrosso: Vira-lata de raça – memórias (Tordesilhas, 2018), Do balacobaco: Entrevistas de Rodrigo de Souza Leão (Numa, 2021, com Aline Leal, Lucas Viriato e Marília Rothier Cardoso), Do fim ao princípio – Adalgisa Nery – poesia completa ( José Olympio, 2022) e Lowcura – poesia reunida de Rodrigo de Souza Leão (Demônio Negro, 2023, com Silvana Guimarães e Jorge Lira). É curador da obra de Rodrigo de Souza Leão (1965-2009) e Adalgisa Nery (1905-1980).


 


 


Sobre a mediadora


Suzana Vargas é poeta, ensaísta, escritora e professora e mestre em Teoria Literária pela UFRJ. Publicou 16 livros, entre os quais Caderno de Outono, finalista do prêmio Jabuti. Tem poemas traduzidos em países como Itália, Estados Unidos, Espanha, Alemanha e França. Fez a curadoria de importantes projetos literários para feiras e eventos nacionais e internacionais como as Bienais do Livro do Amazonas, do Rio de Janeiro e de São Paulo, a Primavera dos Livros, a campanha Paixão de Ler e os Encontros com a Literatura Latino-Americana do Centro Cultural do Banco do Brasil. Assina a coluna mensal “Escrever para Lembrar” no portal Publishnews - 2021. Há 27 anos criou e coordena o espaço de oficinas de criação literária Estação das Letras, único no país.


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SOBRE O CCBB RJ 


Inaugurado em 12 de outubro de 1989, o Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro marca o início do investimento do Banco do Brasil em cultura. Instalado em um edifício histórico, projetado pelo arquiteto do Império, Francisco Joaquim Bethencourt da Silva, é um marco da revitalização do centro histórico da cidade do Rio de Janeiro. Em 2024 serão 35 anos ampliando a conexão dos brasileiros com a cultura com uma programação relevante, diversa e regular nas áreas de artes visuais, artes cênicas, cinema, música e ideias. Quando a cultura gera conexão ela inspira, sensibiliza, gera repertório, promove o pensamento crítico e tem o poder de impactar vidas. A cultura transforma o Brasil e os brasileiros e o CCBB promove o acesso às produções culturais nacionais e internacionais de maneira simples, inclusiva, com identificação e representatividade que celebram a pluralidade das manifestações culturais e a inovação que a sociedade manifesta. Acessível, contemporâneo, acolhedor, surpreendente: pra tudo o que você imaginar. 


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SERVIÇO:


Clube de Leitura CCBB 2024 – Literatura e Diversidade


Com Tom Grito, Rita von Hunty e Ramon Nunes Mello


10 de julho de 2024


Às 17h30


Evento Gratuito


Classificação indicativa: Livre


Ingressos disponíveis na bilheteria do CCBB ou pelo site bb.com.br/cultura a partir das 9h do dia do encontro.


Centro Cultural Banco do Brasil


Rua Primeiro de Março, 66, Centro, Rio de Janeiro.


Biblioteca Banco do Brasil – 5º andar


Contato: 21 3808-2020 | ccbbrio@bb.com.br


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