[News] Inaugurada em maio, a plataforma Platore, criada para atores, traz oportunidades, apoio entre a classe artística e discussões sobre o mercado

 

Inaugurada em maio, com idealização da atriz Nicole Cordery e plataforma cedida por Anderson Munhoz (fundador da Enablio, empresa de plataformas virtuais), a Platore é uma rede social colaborativa para atores brasileiros que tem, como proposta, oferecer uma ferramenta para que profissionais dessa área se ajudem entre si. A rede, que atualmente conta com mais de 600 usuários, oferece grupos diversificados, que abordam temas como informes sobre prazos de editais (com espaços para dúvidas), casting e audições, cursos, matérias sobre o mercado, podcasts e videocasts, além de discussões sobre o Sated (Sindicato de Artistas e Técnica em Espetáculos de Diversões) e trocas de serviços entre atores que têm profissões secundárias.

Com acesso gratuito e voltado apenas a pessoas com DRT, registro profissional de artistas, a Platore conta com zeladoria em cada um dos grupos para garantir que os temas abordados em cada um deles estejam em conformidade com seu objetivo, criando assim um ambiente digital organizado.

Experiência de usuários

Entre os usuários da plataforma, que foi inaugurada no dia 1º de maio, está Jussara Moreira, atriz e empreendedora. A artista conta que, nos fóruns, viu muitas oportunidades aconteceram e passou por um processo de grande aprendizagem com os assuntos que eram debatidos pelos usuários, sobretudo em um fórum criado para apoiar atores do Rio Grande do Sul afetados pelas chuvas. "A Platore veio pra nos motivar e impulsionar a estarmos sempre em movimento. Isso que faz a diferença no mundo e no mercado de trabalho", diz Jussara, que participa da rede desde sua inauguração.


Lívia Lisboa também é uma das atrizes que está na Platore desde sua inauguração. "Acho a iniciativa maravilhosa. Ficou claro que os atores querem se conectar, que tem espaço pra gente se mobilizar, que a gente quer saber como os outros atores estão resolvendo seus dilemas -- artísticos, financeiros, éticos etc", diz. Ela também reforça que, na plataforma, seus trabalhos secundários como preparadora e revisora de texto foram valorizados por meio da divulgação em fóruns. Além disso, ela doou peças de teatro paradas para atores interessados e recebeu apoio de atores que ofereceram serviço de costura e alimentação. "Nossa conversa para pensar em ações de apoio aos parceiros do RS foi bem importante. E começamos a compartilhar notícias sobre o PL de audiovisual/streaming e sobre o uso de Inteligência Artificial", completa.


A atriz Daniela Sarabanda diz que sempre sentiu que faltava união da classe para que houvesse conquista de mais respeito e direitos da parte de contratantes. "Por medo de não sermos contratados, costumamos calar nossas vozes. Um espaço como esse nos permite uma troca sincera sobre as questões e situações às quais somos submetidos nas mais diversas interações profissionais, de maneira a nos unirmos e nos fortalecermos enquanto classe", diz.


 


Participantes de fóruns, Daniela também está propondo que a Platore seja um espaço de exposição de castings pelo olhar do ator, ou seja, permitir acesso ao que está em curso no mercado, de forma concentrada, numa busca única. 



"Minha intenção com o lançamento da Platore é que a gente possa se comunicar num ambiente seguro, falar de assuntos pertinentes, divulgar serviços prestados por atores, considerados muitas vezes como o Plano B, mas que na vida real são os que pagam as contas", diz Nicole Cordery, idealizadora da plataforma.



A artista reforça que a criação da Platore veio após uma crise profunda que vivenciou ao entender que a quantidade de espaços para bons atores e bem capacitados no audiovisual era muito pequena se comparada à quantidade de reais oportunidades, uma realidade que também ocorre em relação aos editais para espetáculos teatrais. "A conta não fecha. Com a freada dos streamings no Brasil, os testes para atores reduziram ainda mais, e eu comecei a fazer vídeos no Instagram perguntando sobre isso para atores e pensadores do mercado audiovisual. Eu obtive tantas respostas e interações que percebi que faltava um espaço para uma comunicação entre atores do Brasil", finaliza a artista.



Os zeladores da plataforma, que estão trabalhando com Nicole, são Marco Biglia, Lucas Gouvea, Christiane Lopes, Natalia Burger, Iris Yazbek, Laís Marques, Fernanda Assef, Arthur Baldin, Anelise Ferrão, Laura Lavorato, Livia Lisboa, Rita Grillo, Fernanda Gonçalves, Lucas Gouvea, Rogério Alves, Fernando Farias, Bruno Stierli, Mayra Atunes, Renata Xá, Rogério Alves e Jonathan Well e Cristina Freitas e Jussara Moreira.


 


Sobre Nicole Cordery

 

Nasceu em Niterói, se formou como atriz no Rio de Janeiro na CAL em 1996. Vive em São Paulo desde 2000. Trabalhou no Grupo Tapa entre 1997 e 2006, atuando nas peças Corpo aCorpo (RJ), O Tambor e o Anjo, A Almanjarra, A Casa de Orates, Executivos e Camaradagem, este último eleito o Melhor Espetáculo de 2006 pelo APCA-SP.


 


Viveu em Paris de 2006 a 2011, onde cursou formação em mímica corporal na Ecole Jacques Lecoq e na Universidade Paris 3, Sorbonne Nouvelle, se formando Mestra em Dramaturgia Contemporânea.


No audiovisual participou da série A Vida de Rafinha Bastos (Fox), documentário Rede Condor (Discovery), das séries Pedro e Bianca (TV Cultura), Natureza Morta (Cine Brasil), Segunda Chamada (Globo), De Volta aos 15 (Netflix), Sintonia (3ª temp., Netflix), Autoposto (2ª temp., Paramount) e Dom (3ª temp., Amazon Prime). É criadora da websérie Nós, que protagonizou durante a pandemia ao lado de Larissa Ferrara. Atuou ainda nos curtas Bastidores, Entrelatinhas, Espelho, Cylene, A Outra, Algo Sobre Ilda, A Volta, Mal Me Quer, Nostalgia, Linhas e Corrente. No média metragem Memória de uma Canção (Lucas Mathias), no telefilme A Grávida da Cinemateca, (Christian Saghaard) e, mais recentemente, nos fez parte do elenco dos longas Biônicos, (Afonso Poyart - Netflix), Cyclone (Flávia Castro) e As Horas Seguintes (Carla Torres).


 


Seus espetáculos mais significativos foram: Strindbergman, A Cidade, A Noite das Tríbades, Ato a Quatro, Dissecar uma Nevasca, Alice, Retrato de Mulher que Cozinha ao Fundo, Deadline, Nunca Fomos tão Felizes, Chernobyl, Pandas ou Era uma vez em Frankfurt, Terra Medeia, Feliz dia das Mães e Outono Inverno ou o que Sonhamos Ontem.


 


Atriz indicada aos prêmios APCA 2015 de Melhor Atriz pela peça Dissecar uma Nevasca, Aplauso Brasil 2015 de Melhor Atriz por Ato a Quatro, Aplauso Brasil 2019 de Melhor Atriz Coadjuvante por Nunca Fomos tão Felizes, Prêmio Aplauso Brasil 2019 por Melhor Elenco em Chernobyl e Vencedora do 6º Festival Carioca de Novos Talentos do Rio de Janeiro, como atriz, por Nem Morta.


 


É apresentadora do Videocast Corda Bamba - atrizes e crises -  autora do livro Cadernos de viagem herdados (ed. Claraboia) e criadora da Plataforma de Comunicação entre Atores Brasileiros, a Platore.


 


Sobre e Enablio

A Enablio é uma empresa brasileira de educação com base tecnológica que ajuda empresas no desenvolvimento e capacitação dos colaboradores, oferecendo uma plataforma completa de comunidade, gestão de conteúdos e treinamentos para a criação de uma cultura educacional corporativa.



Fundada em 2022 por Anderson Munhoz, a empresa já impactou mais de mil alunos de todo o território nacional, potencializando empresas como Creditas, Itaú, Cobli, Edenred, Intelipost e Contabilizei para alcançarem resultados mais consistentes e previsíveis.





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