[News]EXIBIDO EM FESTIVAIS AO REDOR DO MUNDO, 'BETÂNIA' TERÁ SUA PRIMEIRA SESSÃO NO BRASIL NO GUARNICÊ
Crédito:Divulgação |
Dirigido por Marcelo Botta, BETÂNIA fará sua estreia nacional na noite de encerramento do 47º Guarnicê Festival de Cinema, que acontece entre 7 e 14 de junho. Nada mais marcante do que o filme ser exibido nesse evento, uma vez que foi inteiramente filmado no Maranhão, com elenco completamente local. O longa é produzido pela Salvatore Filmes, produtora de Marcelo Botta e Gabriel Di Giacomo, que completou dez anos em 2023, com produção associada da Ventre Estúdio, e coprodução Canal Brasil, recebendo, também, apoio do Projeto Paradiso, da SpCine, CreativeSP e da Embaixada do Brasil em Berlim.
“A gente sempre sonhou que BETÂNIA estreasse no Maranhão. Esse desejo nasceu junto com o próprio filme e tem a ver com o propósito de tudo. Esse longa não podia ter a primeira exibição brasileira em outro lugar. É a realização de um sonho muito grande termos confirmada essa estreia nacional no Arthur Azevedo. Vai ser uma emoção muito grande poder sentir Betânia lado a lado com o público maranhense”, conta Botta.
Além disso, o longa foi selecionado para o 39º Festival Internacional de Cine em Guadalajara, que acontece entre 7 e 15 de junho. BETÂNIA concorre ao troféu Mayahueltrophy, na categoria Socio-Environmental Award. O filme será exibido numa sessão dedicada a ficções e documentários que exploram as complexas relações que transformam a natureza e estão associadas a processos de justiça, direitos humanos e urbanização.
Em 2016 o cineasta começou a escrever um longa que se passava no Maranhão, em São Luís. Bramaica. Esse filme ainda não foi rodado, em breve será, mas ele plantou a semente que depois germinou em BETÂNIA. “Segui pesquisando sobre o Maranhão e, depois, em 2018, filmamos um documentário sobre Dona Maria do Celso, líder inspiradora da Ponta do Mangue, nos Lençois Maranhenses. Estive muitas vezes nos Lençois e em São Luís, tendo a sorte de ter vivenciado por duas vezes a emocionante e experiência do encontro dos Bois na Capela de São Pedro, no 29 de Junho e tivemos a honra de ter a exuberante participação do Boi de Santa Fé no Betânia”.
A trama de BETÂNIA é dividida em duas épocas distintas, acompanhando a cheia e a seca dos Lençois Maranhenses, o longa apresenta a parteira Betânia nascida numa regiao também chamada Betânia e repleta de histórias e memórias. A perda de seu marido transforma sua vida, e após deixar a aldeia onde mora, vai viver perto das dunas, onde pretende reçomecar sua vida.
Com um elenco composto exclusivamente de moradores e moradoras do Maranhão – inclusive os personagens franceses são interpretados por imigrantes que moram lá há 10 anos –, Botta coloca na tela atores e atrizes estreantes que se revelam donos e donas de um talento nato.
Diana Mattos, a atriz que faz a protagonista, é funcionária pública em São Luís e palhaça em apresentações para o público infantil. Sua única aparição no cinema brasileiro foi em um detalhe de sua mão em Carlota Joaquina.Ela foi descoberta pelo diretor numa foto publicada no instagram da atriz Michelle Cabral. Era uma foto com várias pessoas em um café, mas, quando ele a viu, sentiu que ela tinha a vibração que a protagonista pedia. A International Cinephile Society se referiu à atuação da Diana Mattos como "uma performance brilhante, cheia de coração e alma"
Um dos destaques do elenco é também Tião Carvalho, maranhense de Cururupu que mora em São Paulo há muitas décadas. É o grande nome do Bumba Boi do Morro do Querosene em São Paulo. Um dos grandes responsáveis por ter levado o Boi do Maranhão pra SP.
A estreia mundial foi no Festival de Berlim, em fevereiro passado, e desde então viajou por diversos países como França e Noruega, sendo exibido no 36o Cinélatino, Rencontres de Toulouse - Cinémas d'Amérique Latine e no Festival du Cinéma Brésilien de Paris.
BETÂNIA é uma produção da Salvatore Filmes, produtora de Marcelo Botta e Gabriel Di Giacomo, que completou dez anos em 2023. O longa conta com a coprodução do Canal Brasil e recebeu apoios de Projeto Paradiso, SpCine, CreativeSP e da Embaixada do Brasil em Berlim.
Acompanhe a jornada de BETÂNIA em festivais em todo o mundo no instagram @betaniafilme.
Trailer
Sinopse
Nascida num lugar também chamado Betânia, a parteira Betânia, de 65 anos, é uma mulher repleta de histórias e experiências. Com a morte de seu marido, suas filhas querem que ela deixe o lugar isolado, e vá morar com elas na região das dunas dos Lençóis Maranhenses. Apesar da resistência, ela caba cedendo, e terá de recomeçar a vida num luga que não conhece, e acaba fazendo novos amigos.
Ficha técnica
Roteiro e direção: Marcelo Botta
Elenco: Diana Mattos, Ulysses Azevedo, Nádia de Cássia, Caçula Rodrigues, Michelle Cabral, Tião Carvalho, Rosa Ewerton Jara, Vitão Santiago, Anouk Mulard, Caiçara Vibration, Tim Vidal
Produção: Marcelo Botta, Gabriel Di Giacomo
Produção executiva: Maria Isabel Abduch, Luciana Coelho
Fotografia: Bruno Graziano
Montagem: Marcio Hashimoto
Trilha sonora: Tião Carvalho, Edvaldo Marquita da Betânia, Misael Pereira da Betânia
Sobre Marcelo Botta
Produziu e dirigiu o longa-metragem de ficção “Betânia” (2024), filmado no parque nacional dos Lençóis Maranhenses. O filme participou da sessão Primer Corte para longas não finalizados no Ventana Sur 2022 em Buenos Aires. Como resultado, recebeu três importantes prêmios de pós-produção. Dirigiu o longa “Abestalhados 2” (2022) junto com Marcos Jorge, uma coprodução com a Disney e a Zencrane Filmes.
Em 2020, criou e dirigiu dois projetos: a série documental “Viajo Logo Existo” no Travel Box Brasil e a série de ficção “Auto Posto”, em coprodução com a Paramount, sucesso de audiência no Comedy Central e indicada ao ABRA de melhor roteiro. A segunda temporada de “Auto Posto” foi lançada, em maio de 2023, no Comedy Central e na Paramount +. Escreveu e dirigiu, junto com Gabriel Di Giacomo, a série “Foca News com Daniel Furlan”(2016), coprodução com a Fox exibida no FX e produziu “O Último Programa do Mundo”(2016), para o mesmo canal. Como sócio da Salvatore Filmes, produziu os longas documentais “Marcha Cega”(2018) e “Memória Sufocada” (2021) de Gabriel Di Giacomo.
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