[News]Filmes do Estação apresenta “Orlando, Minha Biografia Política”, um filme de Paul B. Preciado será lançado dia 4 de julho e terá pré-estreias em diversas praças
O renomado filósofo, escritor e ativista dos direitos trans, Paul B. Preciado faz sua estreia na direção de cinema com este documentário dedicado a Virginia Woolf. “A prova de que os ensaios cinematográficos também podem ser deslumbrantes, emocionantes e vibrantes”, como atestou a Berlinale, ao ser eleito o filme mais premiado de 2023. (Vencedor do Teddy Award e do Prêmio Especial do Júri da mostra Encounters no Festival de Berlim 2023)
Em 1928, Virginia Woolf publicou Orlando, o primeiro romance em que o personagem principal muda de sexo no meio da história. Um século depois, o filósofo Paul B. Preciado decide escrever uma carta a Virginia Woolf: o seu Orlando saiu da ficção e leva uma vida que ele nunca poderia ter imaginado.*
O MUNDO CONTEMPORÂNEO ESTÁ CHEIO DE ORLANDOS
ORLANDO, Minha Biografia Política é o primeiro filme de Paul B. Preciado, escritor, filósofo, curador, ativista e um dos principais pensadores contemporâneos das novas políticas do corpo, gênero e sexualidade. Nascido como Beatriz P reciado em 1970, na Espanha, Preciado já publicou no Brasil os livros Um apartamento em Urano, Manifesto contrassexual, Eu sou o monstro que vos fala, Dysphoria mundi e Testo junkie.
O filme nasceu de uma proposta do canal ARTE, para um biografia do autor. Preciado respondeu que não se interessava por um projeto deste tipo, mas contrapropôs realizar um filme a partir de Orlando, Uma Biografia, de Virginia Woolf, e a ideia foi imediatamente aceita.
O filme mistura realidade e ficção em uma espécie de carta filmada à escritora inglesa, com a intenção de lhe contar que seu Orlando, de 1928, saiu da ficção quase um século depois, e vive uma vida - muitas vidas - que ela, talvez, jamais pudesse imaginar. Para tal realização, Preciado reuniu um elenco de 26 pessoas trans ou não binárias, de 8 a 70 anos, representando Orlando na tela, e durante o filme também reconstruiu os estágios da sua própria transformação f&iacut e;sica.
Como que para indicar suas intenções com esta obra, Preciado declara que nunca pensou em escrever sua auto-biografia porque Virginia Woolf já o havia feito antes dele.
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A trajetória de ORLANDO, MINHA BIOGRAFIA POLÍTICA
Uma produção francesa, o filme tem se destacado em festivais internacionais, como também no Brasil. Além dos prêmios em Berlim, recebeu o prêmio Chantal Akerman no Jerusalém Film Festival em julho, e concorreu ao Zabaltegi-Tabakalera - prêmio também destinado a obras que buscam novos ângulos e formatos para o cinema - no Festival de San Sebastian. Foi exibido no Festival de Karlovy Vary e na mostra Wavelenghts do Festival de Toronto, foi o filme de encerramento do festival suíço Visions du Réel 2023 e no Ne w York Film Festival.
No Brasil o filme participou do Festival do Rio, quando foi o vencedor da categoria de Melhor Documentário do Prêmio Félix, honraria do Festival do Rio que destaca narrativas LGBTQIAPN+ no audiovisual. Ganhou o Melhor Longa-Metragem Internacional no Festival MixBrasil, além de participar do Festival Varilux, entre outros.
Festivais e Prêmios internacionais
Berlinale 2023 – Special Jury Award Encounters Section, Teddy Award for Best Documentary Film, Special Mention Berlinale Documentary Award Jury & Tagesspiegel Reader’s Jury Prize for Best Encounters Film
Bildrausch Film Festival 2023 – Audience Award
Jerusalem Film Festival 2023 – Special Mention from the Chantal Akerman Prize jury
Jeonju International Film Festival 2023 – Special Jury Prize
Toronto Film Festival 2023 – Wavelenghts
IDFA 2023 – Best of fests
Reykjavík International Film Festival – Best Film of the ‘A Different Tomorrow’ Competition
Festival Do Rio 2023 – Best Documentary
- Mar del Plata International Film Festival 2023 – Special Mention in the Altered States Competition
- Cinema Eye Honors 2024 – Nominee for Outstanding Debut
- Göteborg Film Festival 2024 – Visionarie
ORLANDO, Minha Biografia Política
Roteiro e Direção: Paul B. Preciado
Produção: 24 Images, ARTE, Les Film du Poisson - França
Com Paul B. Preciado, Oscar S Miller, Janis Sahraqui,
Janis Sahraqui, Liz Christin, Elios Levy, etc
Duração: 1h38m
Distribuição: Filmes do Estação
SINOPSE
Em 1928, Virginia Woolf escreveu "Orlando", o primeiro romance em que o personagem principal muda de sexo no meio da história. Um século depois, o escritor e ativista trans Paul B. Preciado decide enviar uma carta cinematográfica à autora: seu Orlando saiu da ficção e vive como ela jamais poderia ter imaginado. Preciado organiza um teste de elenco e reúne 26 pessoas trans e não binárias, de oito a 70 anos de idade, que encarnam o protagonista.
Trechos criticas
“Aos 50 anos, o homem que defende o antirracismo e o feminismo radical é um dos filósofos mais influentes do momento.” – Le Monde
“[…] o primeiro filme do filósofo Paul B. Preciado é uma maravilha de inteligência, insurreição, humor e gentileza ao mesmo tempo. “ – Les Inrock
“Uma multiplicidade de vozes (…) falando diretamente para a câmera em um fluxo inabalável de testemunhos complexos e sinceros” Los Angeles Times
Fabien Lemercier, do portal europeu de informação sobre mercado cinematográfico, Cineuropa escreveu sobre o filme: "Eu posso afirmar que este filme excitante, super inventivo, inteligente e engraçado, não desaponta. Preciado extrapola a novela de Virginia Woolf com agilidade intelectual e criatividade, em última análise, oferecendo um veículo artesanal, filosófico, moderno e altamente atraente para o seu ativismo.
Laura Venning, do site We Love Cinema, disse: "A luta metatextual de Preciado com o romance de Virginia Woolf é uma exploração lúdica e comovente da identidade de gênero." Venning encerra sua crítica afirmando que o filme está "justificadamente destinado a se tornar uma obra clássica do cinema trans.
E Redmond Bacon, do Journey Into Cinema, concluiu sua análise sobre o filme dizendo: "a tese final é inegavelmente comovente ... este excelente filme mostra o poder da imaginação para potencialmente mudar o mundo."
No Brasil a Revista Grito ….”por sua vez, contribui para conferir a Orlando – Minha Biografia Política, o estatuto de uma “obra-prima” contemporânea; entretanto, o filme de Paul B. Preciado não o é apenas por causa da perenidade de Woolf, e sim porque se trata de um trabalho corajoso e político. Inventivo na forma e disruptivo na encenação, é propositor e balizador de questões essenciais para contemporaneidade.”
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Paul B. Preciado, diretor
Paul B. Preciado é filósofo, curador e um dos principais pensadores contemporâneos das novas políticas do corpo, gênero e sexualidade. Nasceu como Beatriz Preciado em 1970, na Espanha, concluiu um mestrado em filosofia e teoria de gênero pela New School for Social Research de Nova York, além de um doutorado em filosofia e teoria da arquitetura pela Universidade de Princeton. Atualmente é filósofo associado ao Centre Pompidou, em Paris. Pela editora Zahar, publicou os livros Testo junkie (2008), Manifesto contrassexual (2009), Um apar tamento em Urano (2019), Eu sou o monstro que vos fala (2020) e Dysphoria mundi (2022).
FILMES DO ESTAÇÃO - Distribuidora
A Filmes do Estação é o braço de distribuição do Grupo Estação e, com 25 anos de experiência, distribuiu quase 300 títulos, entre filmes clássicos, novos talentos e cinematografias emergentes, dedicando-se ao melhor do cinema de arte nacional e internacional.
Dentre os filmes internacionais, pode-se destacar títulos de enorme sucesso como Banquete de Casamento e Comer Beber Viver, de Ang Lee; Buena Vista Social Club, de Wim Wenders; Down by Law, de Jim Jarmusch; Segredos e Mentiras, de Mike Lee; Meu Nome é Joe, de Ken Loach; Barriga do Arquiteto, de Peter Greenaway e a trilogia das cores de Krysztof Kieslowski. Além do relançamento no Brasil de coleções de grande diretores, como John Cassavetes, Jean-Luc Godard, Eric Rhomer, Pasolini, Carlos Saura, François Truffaut, Fellini e Louis Malle.
Dentre os brasileiros, a Filmes do Estação distribuiu filmes independentes icônicos, como Cheiro do Ralo, de Heitor Dhalia, Riscado, de Gustavo Pizzi, Juízo, de Maria Augusta Ramos, Todo Mundo Tem Problemas Sexuais, de Domingos Oliveira, e Fabricando Tom Zé, de Décio Matos. Recentemente lançou Transe em circuito nacional em parceria com a ArtHouse.
Atuando também na exibição, com 15 salas no Rio de Janeiro, e na realização de inúmeras mostras e eventos cinematográficos, a equipe Estação desenvolveu ao longo de décadas, com muito sucesso de público, estratégias alternativas e originais para potencializar a visibilidade e a bilheteria dos filmes que trabalha. É a partir desta cultura, e da necessidade de repensar a exibição de filmes independentes em salas de cinema, que decidimos retomar as atividades da Filmes do Estaç&a tilde;o.
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