[News] De Curitiba para São Paulo: AQUI - Amanhã é outra imagem, da Súbita Companhia, em quatro sessões gratuitas no Teatro Paulo Eiró

 De Curitiba para São Paulo: AQUI - Amanhã é outra imagem, da Súbita Companhia, em quatro sessões gratuitas no Teatro Paulo Eiró

 

Dirigida por Maíra Lour, peça que estreou em 2022 e realizou apresentações no Festival de Curitiba teve uma das obras do ilustrador norte-americano Richard McGuire como uma das referências para a dramaturgia; Here (1989), uma novela gráfica que apresenta o futuro, o passado e o presente de um mesmo lugar

 

 


Crédito: Maringas Maciel


 

 

Um buraco no teto, um palco vazio com uma cadeira apenas. O foco está no jogo físico e dinâmico entre os artistas da Súbita Companhia e suas reações diante desse teto que se abre.

 

Após estrear em 2022 e realizar apresentações no FRINGE, a mostra alternativa do Festival de Curitiba, o espetáculo AQUI - Amanhã é outra imagem, da Súbita Companhia de Teatro, finalmente chega a São Paulo. As apresentações são gratuitas e acontecem entre os dias 25 e 28 de julho, de quinta a sábado, às 21h, e, no domingo, às 19h, no Teatro Paulo Eiró.

 

Na trama, cinco pessoas estão reunidas em um teatro onde o teto se abre gradativamente. A segurança, se é que já existiu, está abalada. As paredes tremem. Ainda assim, elas se olham, se encontram e se abraçam com paixão, força, potência e amor.

 

Um buraco que para cada uma das personagens significa algo diferente. Mas, aos poucos, ele nos permite ver o céu. Os artistas permanecem neste espaço repetindo suas ações, o gesto eterno que sobrevive ao agora, porque está contido aqui, se inicia e se finda ao começar de novo e de novo. No elenco estão Cleydson Nascimento, Dafne Viola, Helena de Jorge Portela, Pablito Kucarz e Patricia Cipriano.

 

“O espetáculo usa da metáfora do próprio teatro para desdobrar a nossa relação com tudo que está ameaçado de alguma maneira. O teatro é um lugar que segue resistindo através dos tempos às precariedades, à censura, ao descaso de governos, às pandemias. E, a despeito de tudo isso, artistas seguem fazendo - e essa ação reafirma, a cada momento, a função social e cultural da arte”, conta a diretora Maíra Lour.

 

Sobre a encenação

Para contar a história, a direção aposta em uma fisicalidade intensa, característica marcante da companhia. Em cena, os atores e as atrizes dançam coletivamente para se manterem vivos e atentos ao que acontece ao redor.

 

“Cada personagem olha para a situação do teto do teatro se abrindo de um ponto de vista e não há resposta certa. Isso porque existe uma pluralidade de reações ao que nos amedronta: podemos paralisar, ignorar, tentar consertar sem as ferramentas corretas, rir, chorar, mobilizar pessoas, e tantas outras ações possíveis. Por isso, essa metáfora pode ser levada para tantas outras questões da vida pessoal cotidiana e da vida pública do país e do mundo”, defende Maíra.

 

Na construção da dramaturgia, Lígia Souza e Maíra Lour usaram como primeira referência o quadrinho Here (1989), do ilustrador norte-americano Richard McGuire. No enredo, os leitores acompanham uma sucessão de acontecimentos ambientados em um mesmo espaço e ao longo de muitos anos.

 

“O que nos chamou a atenção na obra de McGuire foi a noção de movimento e transformação de tempo e espaço que ele criou. Isso foi uma inspiração forte para a cenografia e o passar dos anos dessa linguagem milenar que é o teatro”, detalha Lour.

 

Com esta ideia em mente, o cenário de Fernando Marés é formado por um urdimento de madeira (armação posicionada ao longo do teto do palco que permite o funcionamento e fixação dos dispositivos cênicos, como moitões, roldanas e ganchos) que, graças a uma mecânica rudimentar, provoca a sensação de um teto que se abre.

 

Além disso, seguindo um conceito de palco vazio inspirado em Peter Brook, há a presença cênica de uma cadeira, que é compartilhada pelos intérpretes. O foco, portanto, está no jogo físico e dinâmico entre os artistas.

 

Ainda falando de aspectos visuais, outro ponto importante para o grupo foi expressar as personalidades dos personagens pelos figurinos. Desta forma, a figurinista Isbella Brasileiro definiu elementos bem característicos para cada um deles: a atriz do vestido de festa, a atriz muito alta, o ator sem cabelos, o ator da capa de chuva e a atriz dramática.

 

Já a trilha sonora original de Rodrigo Stradiotto transmite a noção de sobreposição de tempos, criando a ilusão de um grande plano sequência. “É como se pudéssemos assistir a todos aqueles acontecimentos de várias maneiras diferentes durante a peça”, comenta Maíra.

 

Sobre a Súbita Companhia de Teatro
A Súbita Companhia de Teatro é um coletivo de artistas, com sede em Curitiba/PR, que cria espetáculos, produtos audiovisuais, publicações e ações formativas desde 2007. O grupo desenvolve uma pesquisa continuada em encenação e dramaturgia contemporâneas, com foco nos estudos do corpo e do movimento.

Com interesse em estabelecer um lugar de criação e experimentação com outros artistas e companhias nacionais e internacionais para seguir atualizando desejos e modos de fazer teatro, a trajetória da companhia conta com 17 peças, três cenas curtas, oito curta-metragens, dez publicações em dramaturgia, um evento internacional de formação artística, além de inúmeros workshops, residências, temporadas, circulações e participações em eventos culturais e festivais.

Em 2024, a Súbita foi contemplada no Programa FUNARTE de Apoio a Ações Continuadas - Grupos e Coletivos Artísticos, que promove as ações da companhia durante todo o ano (realização de oficinas e residências com artistas nacionais e internacionais, circulação de espetáculos de repertório, criação de espetáculo inédito e publicação de dramaturgia).

“Este projeto foi fomentado pelo PROGRAMA FUNARTE DE APOIO A AÇÕES CONTINUADAS 2023.”

Site - www.subitacompanhia.com.br. Instagram - @subitacompanhia.

Sinopse

Cinco artistas estão no mesmo espaço. Compartilham também o mesmo tempo e as inquietações de quem cria uma obra de arte. De repente, um buraco no teto se abre, invadindo a cena e o pó que cai lá de cima já cobre seus corpos. O que fazer? O espetáculo traz para cena questionamentos sobre a insistência em seguir fazendo arte.

 

Ficha Técnica

Direção artística: Maíra Lour

Textos: Súbita Companhia de Teatro

Dramaturgia: Lígia Souza e Maíra Lour

Elenco: Cleydson Nascimento, Dafne Viola, Helena de Jorge Portela, Pablito Kucarz e Patricia Cipriano

Direção de produção: Gilmar Kaminski

Assistência de produção: Dânatha Siqueira

Assistência de direção: Anna Wantuch e Vitor Schuhli

Cenário: Fernando Marés

Cenotecnia: Fabiano Hoffmann

Contrarregragem: Anna Wantuch

Figurino: Isabella Brasileiro

Iluminação: Beto Bruel e Lucri Reggiani

Operação de luz: Lucri Reggiani

Trilha original e sonoplastia: Rodrigo Stradiotto

Operação de som: Álvaro Antonio

Colaboração internacional: Senja Spackman (EUA)

Design gráfico: Pablito Kucarz

Estratégia digital: Gabriela Berbert

Assessoria de imprensa: Canal Aberto

Produção local: Anayan Moretto e Lucas Vanatt

Intérprete LIBRAS: Fabiano Campos

Audiodescrição: Bell Machado

Realização: Súbita Companhia de Teatro e Flutua Produções

SERVIÇO
AQUI - Amanhã é outra imagem, da Súbita Companhia de Teatro
Data: 25 a 28 de julho, de quinta a sábado, às 21h, e, aos domingos, às 19h
Local: Teatro Paulo Eiró - Av. Adolfo Pinheiro, 765 - Santo Amaro
Ingressos: gratuitos | Distribuição a partir de uma hora antes das apresentações
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 70 minutos

A apresentação do dia 25 de julho (quinta-feira) contará com intérprete de LIBRAS e a sessão do dia 28 de julho (domingo) contará com recurso de audiodescrição.

Informações à imprensa

Canal Aberto Assessoria de Imprensa

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