[News] Inscrições abertas para a Aldeia Literária que visa a formação de uma geração de novos autores por meio de metodologia Cohort Learning Method
A escritora e empreendedora paulista Camila Veloso convoca os interessados em transformar rascunhos em livros publicados para conhecer a Aldeia Literária. A proposta opera a partir da Cohort Learning Method, uma metodologia a base de mentorias e jornadas coletivas de aprendizado. As inscrições para o segundo semestre estão abertas, e vão até o final do mês de julho, com o novo semestre iniciando em agosto. Os encontros online oferecem acompanhamento do processo criativo e conversas com especialistas na área literária. Já passaram pelo processo cerca de 400 pessoas de novembro de 2023 até agora. A eficácia da proposta é atestada pela própria autora, que lançou recentemente seu terceiro livro “O Diário de Amélia” e está trabalhando em mais duas obras.
A inquietação para compartilhar conhecimento e experiência somados a um sentimento recorrente de isolamento daqueles que moram longe dos grandes centros urbanos e promotores de arte, além da necessidade de proporcionar dinâmicas mais claras no mercado editorial, foram os motores que impulsionaram Camila a criar a “Aldeia Literária”. “Quando você é artista no fim do mundo (mais conhecido como o interior) as pessoas ao seu redor não tem visão do que é trabalhar com arte, e isso sempre me deixou muito solitária, principalmente quando eu era uma escritora iniciante”, explica a autora, e complementa: “ Agora, depois de ter me formado em Produção Editorial, não queria que meus alunos passassem por isso, que ficassem sozinhos em casa assistindo um curso gravado e tendo que ter a inteligência emocional de uma pessoa de 90 anos (vivida e madura, é o que quero dizer) para conseguir se motivar diariamente. Queria que fossemos um grupo, um time”.
A proposta é audaciosa e apresentada como uma alternativa para quem deseja ingressar no ramo literário. A empreendedora acredita que esse é um ótimo momento para que uma iniciativa disruptiva se apresente em um mercado tão antigo e tradicional. “Somos um Airbnb, Uber, Waze do mercado editorial”, afirma. A ousadia para liderar um movimento inovador está assentada na trajetória acadêmica e bagagem de Camila, que é formada em Produção Editorial pela Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, passando por áreas de comunicação e marketing em agências, startups e multinacionais. Também estudou criatividade e tutoria educativa na Universidad Autónoma de Tlaxcala, no México.
Para criar a “Aldeia Literária”, em 2023, a paulista usou todo seu repertório num planejamento de negócios voltado às redes sociais. A primeira ação foi convocar os aspirantes a escritores a participar do Nanowrimo, um desafio mundial de escrita. “Fiz o projeto gráfico, o storytelling, uma camiseta, a gamificação e o calendário de aulas”, explica. A iniciativa deu certo e o vídeo com o chamamento chegou a 100 mil visualizações.
Com o engajamento em alta, ela trabalhou para formatar o projeto e dar continuidade à iniciativa. A fórmula encontrada foi propor aos interessados em se aprimorar na arte da escrita planos mensais de assinatura. Há três possibilidades: básico (R$ 97), completo (R$117), e premium (R$ 147), mas alguns descontos estão previstos para os alunos que se matricularem nas primeiras semanas do mês. A diferença entre eles está na quantidade de encontros com mentores, escritores e profissionais do ramo literário. As aulas são ministradas no Google Meets e ao final de cada encontro os estudantes recebem material de apoio e uma atividade para desenvolverem naquela semana. Para mantê-los interagindo, criam-se grupos no WhatsApp e Discord onde momentos de interação acontecem, afinal, a Aldeia Literária não é apenas um curso, é uma comunidade. Há ainda plantões de dúvidas, com meia hora para interagir e conversar e uma hora para tirar dúvidas sobre escrita criativa.
A pequena Camila, quando ainda morava no interior, tinha grandes ambições artísticas, e um dos seus sonhos era ter amigos escritores. Com o lançamento da “Aldeia Literária” ela vai além: fomenta a ideia de que a composição literária é uma prática possível, principalmente se a jornada for coletiva. “Promovemos o conhecimento de forma acessível para que todos as classes e idades consigam ter a oportunidade de escrever e publicar livros de qualidade”, declara a autora.
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