[News] ‘Os Enforcados’, de Fernando Coimbra, está na seleção do 49º Festival de Toronto, entre 5 e 15 de setembro
‘Os Enforcados’, de Fernando Coimbra, está na seleção do 49º Festival de Toronto, entre 5 e 15 de setembro
O diretor volta ao cinema brasileiro e ao evento canadense
11 anos após ‘O Lobo Atrás da Porta’ com um thriller tragicômico
estrelado por Leandra Leal e Irandhir Santos
Onze anos depois de estrear em Toronto seu primeiro longa-metragem, “O Lobo Atrás da Porta” (2013), o diretor Fernando Coimbra retorna ao festival canadense, um dos maiores do cinema mundial, que acontece neste ano entre 5 e 15 de setembro. A distribuição nacional é da Paris Filmes.
OS ENFORCADOS, thriller tragicômico estrelado por Leandra Leal e Irandhir Santos, é exibido na mostra Special Presentations (“Apresentações Especiais”), que reúne produções aguardadas de cineastas de primeira linha, incluindo possíveis candidatos ao Oscar. “O Festival de Toronto é um dos mais prestigiados e importantes do mundo. Ele funciona como uma vitrine do que de mais relevante está sendo feito nos mais diversos países”, diz Fernando Coimbra. “E a Special Presentations é uma seção carro-chefe. Fazer parte dela é importante não só para o filme, mas para a projeção do cinema brasileiro para o mundo.”
Como “O Lobo Atrás da Porta”, OS ENFORCADOS é produzido pela Gullane. “É motivo de muito orgulho para a Gullane, para o Fernando Coimbra e toda a equipe de OS ENFORCADOS essa seleção tão especial, tão nobre, na seção Special Presentations, a mais importante para o cinema independente no mundo”, diz o produtor Fabiano Gullane. “Estamos muito empolgados para começar a mostrar o filme e avançar no maravilhoso trabalho que a Playtime, nossa agente de vendas, tem feito com OS ENFORCADOS. É a hora de estrear, é a hora de mostrar o filme para o mundo e vai ser no Festival de Toronto, onde vamos estar com uma delegação bem bonita e bem representativa do cinema brasileiro.”
O Festival de Toronto ocupa um lugar especial na trajetória do diretor e roteirista brasileiro. “Ele mudou a minha vida. ‘O Lobo Atrás da Porta’ era um filme de baixo orçamento e ganhou uma proporção muito grande lá”, diz Fernando Coimbra. “O Lobo Atrás da Porta” foi vendido para mais de 20 países e conquistou o troféu Horizontes Latinos no Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, além de prêmios em Havana, Miami, Guadalajara e Rio de Janeiro. A partir de Toronto, Coimbra começou a ser convidado para trabalhar em produções dos Estados Unidos.
Seu terceiro filme, OS ENFORCADOS, marca sua volta ao cinema brasileiro, depois de dirigir episódios das séries internacionais “Narcos”, “Outcast” e “Perry Mason” e o longa “Castelo de Areia”, com Nicholas Hoult e Henry Cavill. “Estava morrendo de saudade de voltar a trabalhar no Brasil, falando na minha língua do que conheço profundamente e vivo diariamente”, diz Coimbra.
Em OS ENFORCADOS, Valério (Irandhir Santos) e Regina (Leandra Leal) formam um casal vivendo confortavelmente na Zona Oeste do Rio de Janeiro, graças ao império do jogo do bicho construído pelo pai e pelo tio dele. Valério, que acredita ter mantido suas mãos limpas, precisa lidar com as pendências de sua família, em um meio que obedece a leis próprias. Incentivado pela ambiciosa mulher, ele tenta uma jogada que ambos consideram infalível. “OS ENFORCADOS é, antes de tudo, sobre um casamento”, diz Fernando Coimbra. “O casal sela um pacto e faz um plano de vida que é incapaz de cumprir. Só que esse plano, aqui, se faz a partir de um crime. Um último crime que os levaria em direção à realização dos seus sonhos. Mas a realidade é muito diferente do sonho, e as coisas desandam.”
O cineasta inspirou-se em “Macbeth”, de William Shakespeare, mas quis contar a história pela perspectiva de Lady Macbeth. Em OS ENFORCADOS, como na peça, os dois personagens se veem presos em uma escalada de ambição e violência, em uma tragédia à brasileira, com uma boa dose de humor ácido. “O jogo do bicho é um pano de fundo para retratar esse universo corrupto que eles habitam. Mas o filme é construído em cima dos personagens”, diz o diretor. “Ele disseca essas personalidades em todas as suas camadas e explora essa dinâmica de jogo de poder que a grande maioria das relações passionais tem.”
Fernando Coimbra precisava de atores que dessem conta de traduzir essas complexidades na tela. O diretor repete a parceria com Leandra Leal, que interpretou Rosa em “O Lobo Atrás da Porta”. “Eu sabia do que a Leandra é capaz e que ela potencializaria as camadas de Regina.” Irandhir Santos era um ator com quem desejava trabalhar havia muito tempo. “Os dois são muito focados e criativos. Construímos os personagens juntos.”
A ambiguidade dos personagens é o traço comum entre OS ENFORCADOS e “O Lobo Atrás da Porta”. “Não tem bem e mal. Eles mesmos são seus piores antagonistas, cruzam um limite que não deveriam e que vai levá-los à ruína.”
A diferença entre os dois filmes é que, em OS ENFORCADOS, Fernando Coimbra queria tratar da realidade brasileira e da elite econômica do país. A ideia começou a surgir ainda durante as filmagens de “O Lobo Atrás da Porta”, quando Coimbra passava pela Barra da Tijuca a caminho de locações. “A gente tem um índice de criminalidade gigante, uma desigualdade de renda absurda, mas o audiovisual tende a olhar para o crime na parte baixa da pirâmide: a periferia, o subúrbio, a comunidade. E onde está o dinheiro? Boa parte da nossa elite é extremamente corrupta. São aqueles que se declaram cidadãos de bem, mas na verdade fazem muita coisa ilegal para enriquecer.”
Em 2015, o roteiro passou pelo Laboratório de Sundance, sendo premiado dois anos depois com o Sundance Global Filmmaking Awards, de reconhecimento e apoio a cineastas independentes emergentes. Os trabalhos fora do Brasil e a pandemia adiaram as filmagens, mas Fernando Coimbra nunca parou de trabalhar no roteiro. “Eu tinha vontade de refletir o momento que a gente estava vivendo, que foi ficando cada vez mais louco. Eu precisava constantemente adaptá-lo para aquele sentimento de absurdo.”
Com distribuição da Paris Filmes, produção da Gullane e coprodução da Fado Filmes, Globo Filmes, Telecine e Pavuna Pictures, OS ENFORCADOS tem patrocínio da RioFilme, apoio do Ibermedia, fomento via ProAC LAB, investimento do Fundo Setorial do Audiovisual, assim como o fundamental apoio institucional da Agência Nacional do Cinema (Ancine).
SINOPSE
Em um Rio de Janeiro tomado pelo crime, o casal Regina e Valério se vê envolvido em dívidas e traições herdadas da família de Valério. Uma noite, eles encontram o plano perfeito. Mas, ao executá-lo, são sugados por uma espiral de violência que parece não ter fim.
SOBRE FERNANDO COIMBRA
Fernando Coimbra formou-se em Cinema na Universidade de São Paulo, Brasil. Ele escreveu e dirigiu nove curtas-metragens, entre eles “Trópico das Cabras”, ganhador de cinco prêmios no Festival de Cinema Brasileiro de Brasília de 2007 e selecionado para o Festival de Curtas-Metragens de Clermont-Ferrand (2008), entre muitos outros. Seu primeiro longa, “O Lobo Atrás da Porta” (2013), produzido pela Gullane e pela TC Filmes, estreou no Festival Internacional de Cinema de Toronto em 2013. O filme ganhou o prêmio Horizontes Latinos no Festival Internacional de Cinema de San Sebastián e outros prêmios em festivais como Havana, Miami, Guadalajara e Rio de Janeiro. Pelo mesmo filme, Coimbra foi indicado ao prêmio de Melhor Direção para Longa de Estreia (Outstanding Directorial Achievement in First-Time Feature Film) pelo Sindicato dos Diretores (Directors Guild of America – DGA Awards) em 2016. Em 2015, dirigiu dois episódios da primeira temporada da série da Netflix “Narcos”. Seu primeiro longa nos EUA, “Castelo de Areia”, estrelado por Nicholas Hoult, Henry Cavill e Logan Marshall-Green, tornou-se um Netflix Original e estreou em abril de 2017. Ainda em 2017, ele dirigiu um episódio de “Outcast”, da Cinemax / Fox, criado por Robert Kirkman, e mais dois episódios de “Narcos” na terceira temporada. Em 2018, dirigiu um episódio da série “What/If”, protagonizada por Renée Zellweger para a Netflix/Warner Bros. Seu trabalho mais recente são os episódios 1 e 2 da segunda temporada de “Perry Mason”, para a HBO, cuja estreia ocorreu em março de 2023.
SOBRE A GULLANE
A Gullane é uma das maiores produtoras e incentivadoras do mercado audiovisual brasileiro, além de uma das principais exportadoras de obras independentes. Fundada em 1996 pelos irmãos Caio Gullane e Fabiano Gullane, já soma em seu catálogo mais de 50 filmes lançados com destaque no cinema nacional e no exterior e 30 séries para televisão e plataformas digitais. Entre os filmes e séries de destaque estão “Carandiru”, “Bicho de Sete Cabeças”, “A Última Floresta”, “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias”; a franquia “Até que a Sorte nos Separe”; “Que Horas ela Volta?”, “Como Nossos Pais”, “Bingo - o Rei das Manhãs”; as séries “Alice” e “Hard” (HBO), “Unidade Básica” (1ª e 2ª temporadas, Universal), “Carcereiros” (Globoplay), “Irmãos Freitas” (Space e Amazon Prime), “Ninguém Tá Olhando” e “Boca a Boca” (Netflix), “O Rei da TV” (Star+). Já coleciona mais de 500 prêmios e seleções em importantes festivais de cinema e televisão do Brasil e do mundo, como Mostra de Cinema, Festival do Rio, Cannes, Veneza, Berlim, Sundance, Toronto, MIPTV e Emmy.
SOBRE A PARIS FILMES
A Paris Filmes é a maior distribuidora brasileira independente e atua no mercado de distribuição de filmes no Brasil e na América Latina, destacando-se pela alta qualidade cinematográfica. Além de ter distribuído grandes sucessos mundiais como as sagas “Crepúsculo” e “Jogos Vorazes”, o premiado “O Lado Bom da Vida”, que rendeu o Globo de Ouro® e o Oscar® de Melhor Atriz a Jennifer Lawrence em 2013, e “Meia-Noite em Paris”, que fez no Brasil a maior bilheteria de um filme de Woody Allen, a distribuidora também possui em sua carteira os maiores sucessos do cinema nacional, como as franquias “De Pernas Pro Ar”, “Até Que a Sorte nos Separe”, “DPA – O Filme" e "Turma da Mônica". Nos últimos anos a empresa esteve à frente de importantes lançamentos como “John Wick”, “La La Land – Cantando Estações”, “A Cabana”, “Extraordinário”, “Marighella”, “Meu Nome é Gal”, “Jogos Vorazes - A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes”, “Jogos Mortais X” e “Minha Irmã e Eu” – primeiro filme nacional a bater a marca de 2 milhões de espectadores pós-pandemia.
FICHA TÉCNICA
Direção e Roteiro: Fernando Coimbra
Elenco: Leandra Leal, Irandhir Santos, Thiago Thomé, Pêpê Rapazote, Ernani Moraes, Augusto Madeira, Ricardo Bittencourt
Participação especial: Irene Ravache e Stepan Nercessian
Direção de fotografia: Junior Malta, ABC
Conceito de arte: Tiago Marques
Direção de arte: Caio Costa e Rafael Torah
Montagem: Karen Harley, EDT
Som direto: Olivier Blanc
Desenho de som: Ricardo Cutz
Mixagem: Branko Neskov e Ricardo Cutz
Produção executiva: Rui Pires, Daniela Antonelli Aun, Gabriela Tocchio, Ana Saito e Pablo Torrecillas
Coproduzido por: Fernando Fraiha
Produção associada: Rodrigo Castellar, José Alvarenga Júnior, Leandra Leal, Marcio Fraccaroli e Veronica Stumpf
Produzido por: Luís Galvão Teles, Gonçalo Galvão Teles, Fernando Coimbra, André Novis, Caio Gullane e Fabiano Gullane
Produção: Gullane
Coprodução: Fado Filmes, Globo Filmes, Telecine e Pavuna Pictures
Em associação com: TC Filmes, Playtime, RTP e Paris Filmes
Distribuição: Paris Filmes
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