[News] Adoção homoafetiva e intolerância são temas centrais de Monstro, o mais recente espetáculo da Cia Artera de Teatro

 Adoção homoafetiva e intolerância são temas centrais de Monstro, o mais recente espetáculo da Cia Artera de Teatro


A companhia Artera discute os preconceitos enfrentados por um professor gay em sua tentativa de adotar uma criança, lançando luz sobre a homofobia profundamente arraigada dentro de nossas sociedades. A temporada gratuita é curta e acontece na SP Escola de Teatro - Unidade Roosevelt


  


Créditos: Kim Leekyung 


O espetáculo Monstro, da Cia. Artera de Teatro, estreia dia 6 de setembro, sexta-feira, 20h30, na SP Escola de Teatro - Unidade Roosevelt, e segue em curta temporada até dia 29 de setembro. A entrada é gratuita, mediante retirada de ingressos pela Symplahttps://www.sympla.com.br/produtor/spescoladeteatro. A direção é de Davi Reis e a dramaturgia e interpretação são de Ricardo Corrêa.


A peça conta a história de Léo (interpretado por Ricardo Corrêa, que também assina a dramaturgia), professor de natação de uma escola infantil que decide se candidatar a adotar uma criança. Tudo vai bem, até acontecer uma situação na qual um de seus alunos de sete anos o chama de gay. Este professor, então, resolve falar abertamente sobre o que é ser gay, encorajando uma cultura de aceitação e inclusão entre os seus alunos.


O olhar social transforma este homem em um ser monstruoso, não recomendado à sociedade. A partir do desejo de adoção, a peça faz um retrato sobre um homem que vai perdendo seus poucos direitos. Poderia ser a história de um homem que teve uma lâmpada estourada em seu rosto na Avenida Paulista, a de uma travesti que teve o seu coração arrancado ou a de um jovem morto e queimado por sua própria mãe. Mas é, sobretudo, a história de Léo.


"E se perdêssemos nossos direitos? O que seria família no contexto contemporâneo? O que define as funções sociais de pai e mãe nos múltiplos arranjos familiares da atualidade? Vivemos uma reconstrução de paradigmas, a fim de incluir socialmente a família homoafetiva, estas novas famílias plurais vêm cada vez mais buscando a legitimação dos seus direitos. Porém, devido à forte implicação política e religiosa envolvida na atualidade, esta comunidade é marcada e perseguida por uma onda conservadora de violência e discriminações, afinal estamos em um país que mais mata LGBTQIA+ no mundo", diz o diretor Davi Reis.


Monstro foi escrito em 2019, mas devido à pandemia, a estreia nos palcos presenciais foi adiada. Em 2021, foi realizada uma versão em teatro-filme, que recebeu uma indicação ao prêmio APCA de Melhor Espetáculo. Agora, três anos depois, a obra se mostra ainda mais relevante. "Vivemos em uma sociedade marcada pela violência e por uma onda conservadora que permanece à espreita, pronta para se manifestar. Ao trazer para a cena a história de um professor que sofre constantes agressões homofóbicas, estamos questionando não apenas as estruturas sociais, mas também as educacionais. Este é um tema que muitas vezes é silenciado, até mesmo dentro da comunidade LGBTQIA+, e por isso decidimos trazê-lo à tona neste projeto artístico, reconhecendo a complexidade e os diferenciais que ele carrega. Abordar a adoção em sistemas sociais em crise expõe a fragilidade dos direitos conquistados diante de uma onda de intolerância," afirma Ricardo Corrêa, ator e dramaturgo.

Sinopse

A peça gira em torno de Léo, um professor de natação de uma escola infantil que se candidata a adotar uma criança. Tudo vai bem até acontecer uma situação na qual um dos alunos de sete anos o chama de gay. Este professor então resolve falar abertamente sobre o que é ser gay, encorajando uma cultura de aceitação e inclusão entre os seus alunos. A peça discute os preconceitos enfrentados por um professor gay em sua tentativa de adotar uma criança, lançando luz sobre a homofobia profundamente arraigada dentro de nossas sociedades. 

Sobre Companhia Artera de Teatro

Com intuito de abarcar diversas dimensões da cena contemporânea, tem por meta a encenação de textos com dramaturgias inéditas, direcionando a pesquisa para temas relacionados à questões LGBTQIA+, permitindo-se o intercâmbio com outras artes, manifestações e tecnologias.

Ficha Técnica

Dramaturgia e interpretação: Ricardo Corrêa

Direção: Davi Reis

Fotos: Kim Leekyung. 

Iluminação: Fran Barros

Cenário: Cia Artera e Zito Lemos

Vídeos: Ricardo Corrêa

Edição de videos, operação de som e vídeos: Renato Grieco

Sonoplastia: Ricardo Corrêa

Músico colaborador: Carlos Gara 

Operação de luz: Thauana Garcia e Lucas Barbosa

Produção e Realização: Cia. Artera de Teatro

Instagram da Cia: @ciaarteradeteatro


SP Escola de Teatro - Residências Artísticas

Direção Executiva: Ivam Cabral

Curadoria e Coordenação de Extensão Cultural e Projetos Especiais: Miguel Arcanjo Prado

Assistentes de Extensão Cultural e Projetos Especiais: David Godoi, Rodrigo Barros e Solange Correia

Gerência de Produção: Ricardo Pettine


Serviço

Monstro, da Cia Teatral: Cia Artera de Teatro

Local: SP Escola de Teatro - Unidade Roosevelt (Praça Franklin Roosevelt, 210, Consolação) 

Temporada:  6 a 29 de setembro. Sextas e sábados às 20h30; Domingos às 18h

Ingressos: Gratuito. Reservas somente pela internet na Sympla SP Escola de Teatro - www.sympla.com.br/produtor/spescoladeteatro

Capacidade: 60 lugares 

Duração: 80 minutos 

Gênero: Drama 

Classificação: 16 anos


Assessoria de Imprensa – Pevi

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