[News]Inspirado em show antológico de Maria Bethânia, o espetáculo “A Cena (não) Muda” estreia, dia 14 de agosto, no Teatro Dulcina, no Centro
Inspirado em show antológico de Maria Bethânia, o
espetáculo “A Cena (não) Muda” estreia, dia 14 de agosto, no Teatro Dulcina, no
Centro
Com texto de
Pedro Henrique Lopes, direção geral de Diego Morais e direção musical de
Guilherme Borges, o show teatral documental traça um paralelo entre o Brasil
opressivo dos anos 70 e a atualidade, mostrando o que não mudou nos últimos 50
anos
Em 1974, Maria Bethânia fez um
show antológico chamado “A Cena Muda”. Este espetáculo trazia na superfície
temas sobre ser artista, mas implicitamente tratava de temas que rondavam o
Brasil nos anos 1970, como a falta de liberdade de expressão, o vazio humano, a
censura, a desvalorização da mulher, os exageros nos interrogatórios e prisões,
e sobre estarmos mudos. Com músicas de Chico Buarque, Paulinho da Viola,
Gonzaguinha, o show foi um marco na história da música e do teatro brasileiro. Inspirado
por essa inquietude, o show teatral documental “A Cena (Não) Muda”, que
estreia, dia 14 de agosto, no Teatro Dulcina, traça um paralelo entre aquele
período opressivo e o que não mudou em 50 anos de Brasil. Com texto de Pedro
Henrique Lopes, direção geral de Diego Morais e direção musical de Guilherme
Borges, o projeto é patrocinado pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro,
Secretaria Municipal de Cultura e Brookfield, por meio da Lei Municipal de
Incentivo à Cultura - Lei do ISS.
Fatos históricos, as truculências
e as violências em geral praticadas contra a população, desaparecimentos e
outros crimes que se perpetuaram através do tempo são confrontados no palco
através de narrativas reais e documentadas pela história. Se, em 1974, a
artista no palco não podia falar e cantava a sua dor, hoje cantaremos e
falaremos em cena as marcas do que ficou. Afinal, os crimes impunes do período
militar inspiram e alimentam os que hoje são cometidos.
“Através do espetáculo, é
possível ver que a impunidade dos crimes cometidos nos anos 1960/1970 normaliza
e nutre a certeza da impunidade para certas parcelas do governo. Se não foram
punidos antes, por que serão punidos agora? O espetáculo faz pensar sobre de
onde viemos, onde estamos e para onde estamos caminhando”, descreve o autor
Pedro Henrique Lopes. “Num cenário de extrema rispidez e intolerância, onde os
extremos estão cada vez mais polarizados, a gente expõe em cena situações do
ontem e de hoje que mostram a urgência de pararmos com o extermínio da
população pobre e mudarmos as políticas públicas e de segurança que normalizam
um corpo periférico caído no chão. Isso não pode ser normal!”, acrescenta o
diretor Diego Morais.
Em cena, as atrizes Valéria
Barcellos, Sara Chaves e H I A N E dão voz a histórias de 1974 como a de Ieda
Santos Delgado, uma das únicas mulheres negras desaparecidas durante a ditadura
militar, e a busca de Eunice, sua mãe, tentando incessantemente encontrar sua
filha. Além de acontecimentos recentes, como as vidas de Luana Barbosa dos Reis
Santos, Cláudia Silva Ferreira, Ágatha Félix e Kathlen Romeu, mostrando o que
não mudou de ontem para hoje.
“Apesar de inserido num contexto
de questionamento das heranças e de status político-sociais, o espetáculo é uma
abordagem humana sobre os sentimentos de personagens que viveram ou vivem os
impactos dessas escolhas, fatalidades ou coincidências do sistema. É um olhar
sensível a mulheres, e sobretudo mães, que seguem firmes na busca por
respostas, que são fortemente afetadas pelos fatos, mas não sucumbem. Nossas
personagens são mulheres que se impõem como fortalezas quando expostas ao que é
dolorido e cruel”, explica o diretor Diego Morais.
A Cena (Não) Muda revisita as
músicas e os temas do show de Bethânia e a história de tantas mães que buscam
por seus filhos e filhas, num emocionante retrato de gritos mudos, de silêncios
estridentes e de cenas que se repetem e não mudam até os dias de hoje. Com o
direito conquistado de falar, de questionar e de pensar, o elenco se desdobra
para remontar e cantar essas dores e os temas que, em 50 anos, ainda se
repetem. O repertório inspirado no show de 74, somado a músicas de artistas
atuais, reportagens, documentos e textos trazidos ao palco, denuncia os
reflexos dessa herança social.
“O espetáculo propõe pensarmos
junto com cada espectador os caminhos que a nossa sociedade tem tomado em
aspectos sociais, de cidadania, de direitos humanos, de forma de pensar, de
minorias, de maiorias, de violência, de desigualdades e, sobretudo, de respeito
ao próximo”, convida Pedro Henrique Lopes.
Se há 50 anos atrás a cena era
muda, em 2024 nós iremos FALAR!
Valéria Barcellos
Elenco
Valéria Barcellos é uma
multiartista: Atriz, cantora, curadora, DJ, escritora, palestrante e performer.
Usa sua arte e performances para evidenciar e territorializar corpos trans e
negros nos espaços. Homenageada por duas vezes no festival de Cinema de
Gramado, recebeu também os prêmios "Nosso Orgulho" por seu
livro solo "Transradioativa", e atualmente Lançou seu novo CD
Saraval, além de integrar o elenco da novela “Terra e Paixão” e da competição
musical “Masked Singer”, ambas na TV Globo.
Sara Chaves
Elenco
Sara Chaves é atriz e cantora
gonçalense. Graduada em artes cênicas pela faculdade CAL, estuda teatro desde
criança e se especializou em canto popular com a cantora e professora Fátima
Regina. Seus trabalhos mais recentes foram "Mundaréu de Mim", de
Vitor Rocha, "Mamma Mia", de Charles Moeller e Cláudio Botelho;
"Benjamin, O palhaço negro", de Belfort Produções. No audiovisual,
fez parte do elenco de "Plano Z" de Kuzco, O Musical; esteve no vídeo
institucional da Sony Music, como "frontline"; curta
"Viventes", de Fabrício Basílio; filme musical "Poema", de
Jay Vaquer; curta Aumenta O Volume, de Samara Gonçalves; The Voice
Kids/Estúdios Globo, como backing vocal.
H I A N E
Elenco
H I A N E é atriz e cantora,
nascida e criada na favela do Vidigal, no Rio de Janeiro. Começou sua caminhada
artística na Grupo de Teatro “Nós do Morro” onde permaneceu durante alguns
anos. Recentemente, fez parte da pesquisa “O Que Tiraram de Mim”, dirigida por
Fátima Domingues. Na música, sua
pesquisa se aprofundou ao ingressar no grupo de percussão “Meninas do Nós”
dirigido por Wellington Soares e Paulo Negueba e de lá seguiu intencionada em
fundir cada vez mais a música e o teatro. Recentemente, com “Ecos Intrusivos”,
segue sua pesquisa artística no Grupo de Teatro Vozes dirigido por João Vitor
Nascimento e Rosana Barros.
Pedro Henrique
Lopes
Dramaturgia
Formado em Artes Cênicas pela
UNIRIO, foi indicado como Melhor Ator nos prêmios Zilka Salberry 2015 e CBTIJ
2015 por “Luiz e Nazinha” e no CBTIJ 2016 e Botequim Cultural 2016 por “O
Menino das Marchinhas”. Como autor, assinou
o roteiro da comédia musical “O Meu Sangue Ferve Por Você”, do monólogo
“Gênero: Livre”, do documentário cênico “O Que Sobrou”, da versão brasileira do
espetáculo irlandês “Mojo Mickybo”, da comédia romântica “Detalhes de Nós
Dois”, do musical infantil “Detetives do Prédio Azul – O Mistério do Teatro”, além
de ser criador e dramaturgo do projeto teatral “Grandes Músicos para Pequenos”,
pelo qual recebeu os prêmios de Melhor Roteiro no Prêmio Botequim Cultural 2017
(por “Bituca – Milton Nascimento para Crianças”) e Categoria Especial no Prêmio
CBTIJ de Teatro Infantil 2016. É responsável pela versão brasileira do
espetáculo oficial da Disney “Princesa”, além de ser criador e roteirista dos
projetos audiovisuais “transe”, “Um Casal Normal”, “Leopoldina”,
“Pequenininhos”, “Dodó e Tatá” e “Música no Play”.
Diego Morais
Direção Geral
Diretor artístico pernambucano
radicado no Rio de Janeiro, atua há mais de 15 anos em audiovisual e teatro. Com a experiência de
13 anos na TV Globo, Diego fez parte das equipes de direção de dramaturgia de
diversos seriados e programas de variedades da emissora. Entre seus mais
recentes trabalhos como diretor em TV estão o programa “Simples Assim”, com
Angélica, e as novelas “Verão 90” e “Êta Mundo Bom”. No teatro, Diego Morais é produtor e diretor
premiado por seu projeto “Grandes Músicos para Pequenos”, que há mais de dez
anos é reverenciado pelo público infanto-juvenil, vencedor de alguns prêmios
destinados ao gênero. Também nos palcos, ele já dirigiu alguns espetáculos
musicais brasileiros, shows e grandes produções como “Vamp, o Musical”, e o
evento “Natura Destaques”, com Chitãozinho & Xororó e Sandy. Atualmente, dirige
o espetáculo inédito na América Latina “Disney Princesa - O Espetáculo” e segue
em turnê com os espetáculos do Grandes Músicos para Pequenos no Brasil.
Guilherme Borges
Direção Musical
Bacharel em Arranjo pela UNIRIO e
Mestre em Direção Musical pela Mountview Academy of Theatre Arts (Londres),
Guilherme Borges trabalha como preparador vocal, arranjador, pianista, regente,
cantor e ator, tendo participado de espetáculos como “Pippin”, “Se Meu
Apartamento Falasse”, “Vamp” e “Gabriela - Um Musical” - pelo último, indicado ao
prêmio Bibi Ferreira (categoria "Melhor Arranjo Original”). Suas direções
musicais incluem a primeira edição musical do “Auto da Paixão de Cristo”, nos
Arcos da Lapa (2013), “Nara - A Menina Disse Coisas”, “Tropicalinha – Caetano e
Gil para Crianças”, “O Alienista”, “Pimentinha – Elis regina para Crianças”,
“Ópera das Malandras”, “Calabar – O elogio da Traição” de Chico Buarque, e de
“Deus e o Diabo na Terra do Sol”. Foi indicado ao Prêmio CBTIJ 2015 e 2017 pela
direção musical dos espetáculos “Luiz e Nazinha – Luiz Gonzaga para Crianças” e
“Bituca – Milton Nascimento para Crianças”, respectivamente.
Ficha técnica:
Texto: Pedro Henrique
Lopes
Direção e Cenário: Diego
Morais
Direção Musical: Guilherme
Borges
Elenco: Valéria Barcellos,
Sara Chaves e H I A N E
Figurinos: Carol Burgo
Design de Luz: Pedro Mendonça
Design de Som: Leonardo
Carneiro
Programação Visual: Yucky
Designs e Ideias
Produção e Realização:
ENTRE Entretenimento
Serviço:
Temporada: de 14 a 29/08/2024
Teatro Dulcina: Endereço:
Rua Alcindo Guanabara, 17 - Centro, Rio de Janeiro – RJ. Próximo ao metrô
Cinelândia.
Telefone: 21
4109-2299
Dias e horários: quartas
e quintas,
às 19h.
Ingressos: R$
40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada).
Duração: 70 minutos
Classificação etária: 16 anos
Capacidade de público: 429 lugares
Venda
de ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/96265 ou na bilheteria do teatro
Assessoria de imprensa
Racca Comunicação
Nenhum comentário