[Crítica] Prisão nos Andes

 

Sinopse:

Prisão nos Andes é um impactante drama baseado em uma história real que chocou o Chile. O filme retrata a vida de cinco dos mais cruéis torturadores da ditadura de Pinochet, que cumprem penas longas em uma prisão luxuosa localizada aos pés da Cordilheira dos Andes. Apesar das condenações que somam séculos, os ex-militares vivem em um ambiente privilegiado, com piscina, jardins e aviários, sob a vigilância de guardas que mais parecem empregados. A tranquilidade do local é perturbada quando uma equipe de televisão entrevista um dos internos, cujas declarações provocam repercussões inesperadas. Diante da possibilidade de serem transferidos para um presídio comum, os militares condenados se veem dispostos a tudo para manter seus privilégios. Essa tensão crescente desencadeia uma onda de delírio e violência, transformando o ambiente bucólico em um cenário de caos. Prisão nos Andes oferece uma visão perturbadora da impunidade e dos resquícios de poder que persistem entre aqueles que cometeram crimes durante a ditadura. A obra levanta questões sobre justiça, memória e a luta por accountability em um país ainda marcado por suas feridas históricas.


                          O quê eu achei?

Dirigida por Felipe Carmona(que havia dirigido alguns curtas como Shakespeare's Dreams of Constantinople), Prisão nos Andes é o primeiro trabalho desse diretor que confiro. 

Os cinco generais mais cruéis da ditadura do governo Pinochet encontram-se presos numa penitenciária de luxo localizada aos pés da Cordilheira dos Andes. Eles são tratados a pão de ló pelos guardas e usufruem de luxos como piscina,jardins e até mesmo um aviário onde um deles gosta de criar falcões. Mas a paz não dura muito quando uma equipe de TV entrevista um dos detentos e ele faz declarações polêmicas que põem em jogo a possibilidade de transferência para uma prisão comum. É lógico que eles farão de tudo para evitar que isso aconteça. 

O elenco conta com Andrew Bargsted, Hugo Medina, Bastián Bodenhöfer, Mauricio Pešutić, Alejandro Trejo, Óscar Hernández e Daniel Alcaíno, todos em boas atuações.

O diretor traça um paralelo com a realidade do Brasil em 2023(ano em que o filme foi lançado)especialmemte sob a sombra do ex-governo Bolsonaro durante a pandemia.Levanta importantes reflexões sobre o que significa ser chileno e as marcas que um governo autoritário pode deixar em um país.

Estreia nos cinemas brasileiros dia 19 de setembro. 

                          Trailer:








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