[Crítica] O Voo do Anjo

Sinopse:

A vida do professor aposentado Vítor Falcão (Othon Bastos) estava dentro da normalidade até o dia em que abriu a porta para o surpreendente Arthur (Emílio Orciollo Netto), vítima de um terrível trauma familiar.

O quê eu achei?

O cineasta brasileiro Alberto Araújo(do longa de 2013,Vazio Coração)retorna à direção com O voo do anjo, apresenta uma inspiradora de amizade em seu mais novo longa-metragem.

No dia do aniversário de 88 anos de Vitor Falcão(Othon Bastos, que continua em grande forma após sete décadas de carreira no cinema)um professor de física aposentado que mora em Goiânia com seu único filho, o cirurgião plástico Renan(Gustavo Duque)após ficar viúvo há menos de um ano. Seu filho lhe telefona avisando que infelizmente terá que comparecer a um congresso e que ele terá que celebrar seu aniversário sozinho esse ano.

Vitor pede comida de um restaurante e quando o entregador pede um copo de água, desaparece por um momento e quando o velho professor o encontra, ele está prestes a se jogar da janela. Vitor consegue convencê-lo a desistir da ideia e o entregador, Arthur(Emílio Orciollo Netto, que ficou famoso interpretando o italiano Giuseppe em O Rei do Gado)lhe conta sua história: devido à um descuido de sua parte, sua filha Aurora(a estreante Catarina Meneghel de Borba)morreu ainda criança durante uma festa e sua ex-esposa Karina(Dani Marques) acabou pedindo o divórcio e jamais o perdoou. Surge então uma cumplicidade e amizade entre os dois homens.

Os temas principais do filme são o luto, a depressão profunda e a redescoberta dos prazeres da vida, que são muito bem trabalhados com cenas comoventes que irão fazer o espectador repensar seus conceitos sobre o que realmente importa em nossas vidas. Destaco também as cenas com personagens coadjuvantes como a fiel funcionária de longa data da família Falcão, Dora e o cardiologista.

Uma história emocionante que irá reverberar na sua mente por um bom tempo após assisti-la.

Estreia nos cinemas dia 24 de outubro.

Trailer: