[News] A MOSTRA REGRESSO AO BRASIL, DE SÉRGIO TRÈFAUT, SEGUE EM CARTAZ, NO RJ

 

Cidade dos Mortos. Crédito: Divulgação


O Centro Cultural Justiça Federal do Rio de Janeiro apresenta a quarta semana da Mostra REGRESSO AO BRASIL, o cinema de Sérgio Tréfaut, uma retrospectiva completa do trabalho do cineasta brasileiro. Nesta quarta-feira (02/10), serão exibidos os filmes o curta WAITING FOR PARADISE, o longa A CIDADE DOS MORTOS (seguido de debate com Beth Formaggini), além do documentário ALENTEJO, ALENTEJO (seguido de debate com Quito Pedroso).


A CIDADE DOS MORTOS, de 2009, mostra a maior necrópole do mundo, no Cairo. Um milhão de pessoas vivem dentro dos cemitérios, onde há de tudo: padarias, cafés, escolas, teatros de fantoche. A Cidade dos Mortos é gigante mas funciona como uma pequena aldeia, onde as mães procuram o melhor partido para as suas filhas, os rapazes correm atrás das garotas e os vizinhos brigam todos os dias. Já WAITING FOR PARADISE, curta de 2009, registra algumas festas de casamento dentro do cemitério. As festas duram vários dias e envolvem músicos, álcool, haxixe e dinheiro voando entre os túmulos.


Por fim, ALENTEJO, ALENTEJO, documentário de 2013, é um filme que contribuiu para que o Cante Alentejano fosse declarado Patrimônio Imaterial da Humanidade pela UNESCO. O filme é uma viagem musical e apaixonada pelos seus intérpretes.


Até 11 de outubro, com sessões gratuitas, o público poderá acompanhar as obras marcantes de Tréfaut, entre seus curtas e longas-metragens, ficções e documentários, além de acompanhar debates com o próprio diretor com a presença de outros grandes nomes do cinema nacional: como Consuelo Lins, Edgar Moura, Beth Formaggini, Quito Pedrosa, Ana Rieper e Lucia Murat. 


Sem passar por escolas de cinema, Tréfaut formou-se em filosofia na Sorbonne e começou a carreira como jornalista em Lisboa, antes de se afirmar como produtor e diretor a partir da década de 90. Praticamente todos os seus filmes (documentários e ficções em várias línguas) são retratos coletivos, retratos de comunidades, retratos a várias vozes, que nos levam ao Egito, à Ucrânia, ao Iraque, aos campos de extermínio nazistas na Polônia, aos jardins do Palácio do Catete no Rio de Janeiro e, sobretudo, a Portugal.


Sua obra foi premiada em diversos festivais internacionais como Moscou, Biarritz (Fipadoc), São Francisco, Documenta Madrid, Gigón, Les Écran Documentaires, Indielisboa, Doclisboa, Sevilha, Uruguai, Perugia, etc.


RAIVA, a sua ficção de maior sucesso, cuja estreia no Brasil seu deu em 2019, ganhou o Globo de Ouro (Portugal) de melhor filme do ano e de melhor atriz. Também recebeu seis prêmios Sofia atribuídos pela Academia Portuguesa de Cinema: melhor filme, melhor ator, melhor atriz, melhor ator secundário, melhor fotografia, melhor roteiro adaptado.


Todos os seus filmes foram exibidos em festivais brasileiros, como a Mostra de São Paulo, o Festival do Rio, É Tudo Verdade, etc.


 

Serviço


REGRESSO AO BRASIL


Centro Cultural da Justiça Federal (Av. Rio Branco, 241 - Centro, Rio de Janeiro)


De 11 de setembro a 11 de outubro


Mostra gratuita


Redes sociais: @retrospectivasergiotrefaut.rj


Mais informações sobre o cineasta e os filmes, acesse: https://faux.pt/pt/


Programação


02/10

A CIDADE DOS MORTOS (2009, 62’, documentário). Debate com Beth Formaggini

A Cidade dos Mortos, no Cairo, é a maior necrópole do mundo. Um milhão de pessoas vivem dentro dos cemitérios, onde há de tudo: padarias, cafés, escolas, teatros de fantoche. A Cidade dos Mortos é gigante mas funciona como uma pequena aldeia, onde as mães procuram o melhor partido para as suas filhas, os rapazes correm atrás das garotas e os vizinhos brigam todos os dias.


WAITING FOR PARADISE (2009, 14’, curta-metragem). 

Todas as semanas celebram-se casamentos na Cidade dos Mortos. São festas que duram vários dias, sempre dentro do cemitério. Começam de manhã, no momento em que se prepara o colchão dos noivos. Dias mais tarde o processo culmina numa festa com músicos, regada a álcool, haxixe e dinheiro voando entre os túmulos. Exibido na mesma sessão que A Cidade dos Mortos.


ALENTEJO, ALENTEJO (2013, 98’, documentário). Debate com Quito Pedrosa 

Com Grupos Corais do Alentejo

Este filme contribuiu para que o Cante Alentejano fosse declarado Patrimônio Imaterial da Humanidade pela UNESCO. No Sul de Portugal, dezenas de grupos corais amadores reúnem-se para entoar antigos cantos polifônicos. Nascido nas tabernas e nos campos, o Cante transmitiu-se ao longo de várias gerações. Alentejo, Alentejo é uma viagem musical e apaixonada pelos seus intérpretes.


09/10

PARAÍSO (2021, 85’, documentário). Debate com Ana Rieper

Um grupo de cantores amadores reúne-se todos os dias nos jardins do Palácio do Catete, antiga sede da Presidência do Brasil. Ao cair da tarde, homens e mulheres quase centenários revelam o sentido da vida através de antigas canções de amor. As filmagens deste documentário foram subitamente interrompidas pela pandemia e o filme se transformou numa homenagem a uma geração dizimada.


ALCIBIADES (1992, 26’, curta-metragem) + novos projetos. (a confirmar debatedor)

Com Maria de Medeiros, Pedro Fradique e a voz de Luís Miguel Cintra

Fábula musical inspirada no Banquete de Platão. Num monólogo sem pudor, o jovem aristocrata Alcibíades confessa as suas estratégias para conquistar o filósofo Sócrates – certo de que o saber pode ser transmitido por contato físico.


11/11

A NOIVA  (2022, 81’, ficção). Debate com Lucia Murat

Com Joana Bernardo, Hugo Bentes, Lola Dueñas 


Uma adolescente europeia foge de casa para casar com um guerrilheiro do Daesh. Torna-se uma noiva da Jihad. Três anos mais tarde a sua vida mudou dramaticamente. Vive num campo de prisioneiros no Iraque. É mãe de dois filhos e está grávida outra vez. Mas agora é uma viúva de 20 anos e será brevemente julgada pelos tribunais iraquianos. Quem é esta adolescente, após três anos de guerra e de lavagem cerebral?






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