[News] Lô Borges é um dos entrevistados do livro "Caixinhas de Música: Conversas sobre Música Brasileira, Tempo e Cidades"
Lô Borges é um dos entrevistados do livro "Caixinhas de Música: Conversas sobre Música Brasileira, Tempo e Cidades"
Com lançamento marcado para o Dia do Samba, 2 de dezembro de 2024, o livro Caixinhas de Música: Conversas sobre Música Brasileira, Tempo e Cidades é uma coleção de entrevistas com artistas nacionais de diversas origens, gêneros musicais e gerações, na faixa dos 20 aos 80 anos.
O passeio abrange conversas descontraídas com gente nascida nos anos 1930 (Alaíde Costa, Hermeto Pascoal), 1940 (Ney Matogrosso, Elifas Andreato), 1950 (Eduardo Gudin, Michael Sullivan, Paulo Massadas, Arrigo Barnabé, Lô Borges, Armandinho Macedo, Tetê Espíndola), 1960 (Arnaldo Antunes, Fernanda Abreu, Ivan Vilela, Marisa Orth, Taciana Barros), 1970 (Maestro Spok, Karina Buhr, Roberto Barreto do BaianaSystem), 1980 (Céu, Rodrigo Ogi, Don L, Felipe Cordeiro, Filipe Catto, Aíla) e 1990 (Juliana Strassacapa e Sebastián Piracés-Ugarte da banda Francisco, el Hombre, Alice Caymmi, Ayrton Montarroyos).
“O baião nasceu misturado com feijão, arroz e farinha”, afirma Hermeto em sua entrevista para o livro, resumindo gastronomicamente o caldo nutritivo de que é feita a música nacional.
Organizado por Renata Rocha (autora também das ilustrações do livro) e Fabio Maleronka, editado por Pedro Alexandre Sanches e pelos organizadores e com projeto gráfico e diagramação de Sônia Barreto, o livro contém entrevistas feitas pelos organizadores e pelo editor, com eventuais participações especiais (como o jornalista e escritor Jotabê Medeiros, conversando sobre Belchior com Marisa Orth, Taciana Barros e Karina Buhr) e excertos de depoimentos concedidos também por Milton Nascimento, Moraes Moreira, MC Leonardo, Teresa Cristina e Fabiana Cozza.
Dois temas em especial perpassam todas as entrevistas: a conexão entre passado, presente e futuro na música brasileira e o trânsito dos artistas entre suas terras natais, os espaços públicos em que se apresentam, o Brasil e o planeta Terra. A diversidade geográfica, por sinal, é outra marca de Caixinhas de Música, cujas entrevistas viajam para Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.
A ideia de reunir artistas de diferentes gerações, regiões do país e estilos musicais surge não somente da intenção de produzir um registro de tempo e espaço sobre a música brasileira nos anos 2020, mas também da intuição de que aproximá-los abre caminho para novos encontros e debates sobre temas transversais da cultura brasileira.
O diálogo se dá em entrevistas-encontros (Alaíde Costa com Ayrton Montarroyos; Armandinho e Spok; Arrigo Barnabé e Tetê Espíndola; Taciana Barros, Marisa Orth e Karina Buhr; Don L e Rodrigo Ogi), mas também em caixas de diálogo - boxezinhos de música - que se abrem dentro das entrevistas, entrecruzando histórias dos vários personagens do livro (Hermeto Pascoal e Tetê Espíndola; Milton Nascimento e Lô Borges; Moraes Moreira, Armandinho e Spok; Ney Matogrosso e Cazuza; Aldir Blanc e Eduardo Gudin; Michael Sullivan e Alice Caymmi; Arrigo Barnabé e Céu; Fernanda Abreu e MC Leonardo; Arnaldo Antunes e Felipe Cordeiro; Teresa Cristina, Fabiana Cozza e os generais da banda do Ó do Borogodó, Leo Gola e Stefania Gola).
“A vida é complicada, mas eu canto”, Alaíde Costa sintetiza filosoficamente o espírito de Caixinhas de Música.
Caixinhas de Música sai pela editora Autonomia Literária, em parceria com o site especializado em cultura brasileira Farofafá (farofafa.com.br). O livro será lançado no Dia Nacional do Samba, 2 de dezembro de 2024, uma segunda-feira, no histórico bar Ó do Borogodó, no coração da Vila Madalena (Rua Horácio Lane, 21), em São Paulo, às 19 horas.
“Acho que sou a vilã dessa história”, afirma Alice Caymmi, confirmando o tom confessional das conversas reunidas numa história sem vilãs nem mocinhas.
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Fabio Maleronka é doutor pela USP e professor de Produção Cultural Contemporânea, Programação e Curadoria. Foi diretor de Programação da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo (2013-2016), curador da Virada Cultural em 2014 e 2015 e responsável pela implantação do Circuito Municipal de Cultura de São Paulo. É co-organizador do livro Depois da última sessão de cinema: Spcine, Audiovisual e Democracia (2021).
Renata Rocha é arquiteta urbanista formada pela FAU-USP e mestre em Administração Pública e Governo pela FGV-SP. É autora de diversos artigos, capítulos e publicações sobre habitação, planejamento urbano e políticas públicas.
S.Paulo e na CartaCapital, colabora com diversos veículos brasileiros e edita o site de cultura brasileira Farofafá desde 2011. É autor dos livros Tropicalismo - Decadência Bonita do Samba (2000), Como Dois e Dois São Cinco - Roberto Carlos (& Erasmo & Wanderléa) (2004) e Álbum (Edições Sesc, em quatro volumes, 2021-2024).
Sônia Barreto é designer, atuando no mercado desde 1990. Fundou a 2D e a Tecnopop, pelas quais desenvolveu inúmeros projetos editoriais e direção de arte para exposições (sinalização e impressos). Hoje dirige sua própria empresa. Entre projetos de comunicação visual, destacam-se Tunga, de Catherine Lampert (Cosac e Naify), Projeto Respiração”, de Marcio Doctors (Cobogó/FEK), Artur Barrio (Petrobras Cultural), Sergio Rodrigues: Fortuna Crítica (Instituto Sergio Rodrigues/Itaú Cultural) e identidade visual para exposições da Galeria Laura Alvim.
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