[News]A dramaturga Cecilia Ripoll apresenta os espetáculos “Pança” e “Fantasiosa Exposição da Palavra”, de 21 a 24 de novembro, no Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto, no Humaitá
A dramaturga Cecilia Ripoll apresenta os elogiados espetáculos “Pança” e “Fantasiosa Exposição da Palavra”, de 21 a 24 de novembro, no Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto, no Humaitá
“Pança” se inspira no surgimento da máquina de imprensa para refletir sobre a comunicação humana, a noção de verdade e a manipulação de discursos
“Fantasiosa Exposição da Palavra” examina a nossa relação com as palavras em um mundo dominado pelas imagens
A dramaturga, diretora e atriz Cecilia Ripoll vai apresentar dois elogiados espetáculos simultaneamente no Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto, no Humaitá, de 21 a 24 de novembro. No teatro, a fábula “Pança” se inspira no surgimento da máquina de imprensa, inventada por Gutenberg no século 15, para refletir sobre a comunicação humana, a noção de verdade e a manipulação de discursos na sociedade contemporânea. Quais os efeitos do poder de circular notícias, obras e ideias pelo mundo? A peça foi indicada ao Prêmio Shell de Teatro de Melhor Dramaturgia. Na Sala Preta, seu texto mais recente, o monólogo “Fantasiosa Exposição da Palavra”, propõe uma reflexão sobre o impacto gerado pela invasão dos símbolos no campo das palavras. Em um mundo dominado pela imagem nos meios de comunicação, estariam as palavras perdendo sua força vital? Ou será que, ao contrário, estariam ficando ainda mais fortes, pois cada vez mais raras?
Sobre Pança
Com dramaturgia e direção de Cecilia Ripoll, “Pança” acompanha a história de um talentoso e endividado escritor que, de seu pequeno vilarejo, escuta falar sobre a mais nova invenção da capital: a famosa máquina de imprensa. Com desejo de ampliar a venda de seu mais recente romance, o autor se endivida ainda mais para conseguir comprar a copiadora mecânica. Cheia de peripécias e reviravoltas, a trama faz referência ao surgimento histórico da máquina de tipos móveis (a primeira versão ocidental de copiadora mecânica), divisor de águas na história da humanidade que permitiu a produção em série dos livros, até então copiados um a um a mão. No elenco, estão André Marcos (Escritor), Clarisse Zarvos (Josefina), Diogo Nunes (Rei), Julia Pastore (Padeiro, Sputnik e Fisco) e Ademir de Souza (Máquina).
“Sem compromissos rígidos em dar conta de contexto ou fatos históricos, a fábula está mais preocupada em se perguntar o que acontece com a sociedade quando surgem avanços que transformam a capacidade de reprodutibilidade de obras e ideias. Como a ampliação dos meios de reproduzir discursos impacta na transformação social e no imaginário dos indivíduos?”, questiona Cecilia Ripoll. “De uma hora para a outra, ficamos sabendo da opinião de todo mundo sobre todas as coisas. E há uma dificuldade de aceitar que podem existir diferentes narrativas de uma mesma história. A minha aposta é de que um livre invencionismo acerca do passado nos permita construir metáforas para pensar sobre nossos tempos”, acrescenta.
Sobre “Fantasiosa Exposição da Palavra”
Com direção de Juliana França e Cecilia Ripoll e dramaturgia de Cecilia, o solo “Fantasiosa Exposição da Palavra” é uma criação do Grupo Gestopatas, que coloca a palavra como protagonista. Ela é vista por ângulos, perspectivas e temporalidades diversas, criando metáforas sobre história, sociedade e relações afetivas. A peça reúne desde histórias fictícias sobre a vida das letras antes de terem vínculo empregatício com as sílabas até reflexões mais atuais, que focam na veloz circulação da palavra no mundo virtual ou sobre o que muda para uma palavra quando ela vem acompanhada de uma hashtag.
“Gifs, emojis, figurinhas e todos os tipos de símbolos são atualmente parte ativa de nosso vocabulário e de nossa comunicação. E qual impacto que isso tem sobre as palavras?”, questiona Cecilia Ripoll. “Se pudéssemos perguntar às letras, às sílabas e às frases como é que elas estão se sentindo, suponho que as respostas seriam plurais, e é essa pluralidade de perspectivas e de sentimentos que constitui o texto da peça. Algumas palavras são saudosistas, outras amantes das transformações. No entanto, de uma forma ou de outra, todas estão sofrendo com algo que identificam como “a financeirização da língua”, fenômeno decorrente do uso dos símbolos estar tanto na base da comunicação humana quanto nas transações financeiras virtuais”, acrescenta.
Depois de anos sem atuar regularmente, a dramaturga resolveu voltar à cena neste trabalho autoral e íntimo, já que as questões tratadas permeiam há muito tempo o seu imaginário. “Existe, por exemplo, uma passagem que eu imaginava quando tinha uns 9 ou 10 anos. Uma cena em que as letras transitam de forma caótica pela atmosfera, gerando formas e sons inusitados. Então, como é um universo que vem se criando em mim há tanto tempo, achei que seria importante eu mesma dar som e forma com meu corpo para essa dramaturgia”, elabora Cecilia.
Sobre Cecilia Ripoll
Dramaturga, diretora, atriz e professora, formada em Artes Cênicas pela UNI-RIO, Cecilia Ripoll foi indicada ao PRÊMIO SHELL RJ 2023 pela dramaturgia PANÇA (sua direção) e ao PRÊMIO SHELL RJ 2018 pela dramaturgia ROSE (direção Vinicius Arneiro). O ano de 2023 marca a sua estreia internacional como dramaturga, quando seu texto ROSE ganha uma nova encenação na Cidade do México, com direção de Alejandro Velis (Teatro Foro Lucerna). Dentre outras dramaturgias que assinou recentemente, estão “Memórias de uma Manicure”, 2023, direção René Guerra; “FEIO”, 2023, direção Helena Marques; e “Constituição, o ovo ou a galinha?”, 2022, idealização de Natasha Corbelino. Ao longo de 2022m foi professora de dramaturgia na Escola Sesc de Artes Dramáticas. Dramaturgias já publicadas: “ROSE”, pela Editora Cobogó, “Hamlet, candidato”, pela Cândido Editora e “Paco e o Tempo”, pela Editora Escola Sesc. Está entre os 100 nomes que integram o Portal de Dramaturgia Brasileira:
Ficha técnica “Pança”
Texto e Direção: Cecilia Ripoll
Codireção: Amanda Paiva
Elenco: Ademir de Souza, André Marcos, Clarisse Zarvos, Diogo Nunes e Julia Pastore
Direção Musical: Julia Pastore
Iluminação: Ana Luzia de Simoni
Cenografia: Carlos Alberto Nunes
Figurino: Nívea Faso
Programação Visual: Natasha Gompers
Fotografia: Thaís Grechi
Assessoria de Imprensa: Rachel Almeida (Racca Comunicação)
Ficha técnica “Fantasiosa exposição da palavra”:
Texto e Atuação: Cecilia Ripoll
Direção Artística: Juliana França e Cecilia Ripoll
Realização: Grupo Gestopatas, em interlocução com Ademir de Souza (na pesquisa com gesto e dramaturgia), Julia Pastore (na pesquisa com voz e sonoridades), Tarcinara Vieira (na pesquisa de figurino e na produção executiva) e Arthur Pimenta (na pesquisa de estruturação das compreensões). Interlocuções convidadas: Marcela Andrade (na pesquisa com a poética das imagens), Amanda Paiva (na pesquisa com os tempos e o humor) e Clarisse Zarvos (na pesquisa com a presença na cena).
Iluminação: Tayná Maciel
Fotografia: Thaís Grechi
Assessoria de Imprensa: Racca Comunicação (Rachel Almeida)
Idealização: Cecilia Ripoll
Serviço
Espetáculo: Pança
Temporada: de 21 a 24 de novembro de 2024
Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto/Teatro: Rua Visconde de Silva, ao lado do n° 29 – Humaitá
Telefone: (21) 2535-3846
Dias e horários: quinta, sexta e sábado às 20h, e domingo, às 19h.
Ingressos: 50 (inteira), R$ 25 (meia-entrada) e R$ 20 (Para quem assistir “Fantasiosa Exposição da Palavra”)
Capacidade: 98 pessoas
Duração: 1h
Classificação etária: 14 anos
Venda de ingressos: pelo site https://riocultura.
Serviço
Espetáculo: Fantasiosa exposição da palavra
Temporada: de 21 a 24 de novembro de 2024
Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto/Sala Preta: Rua Visconde de Silva, ao lado do n° 29 – Humaitá. Acesso por escadas.
Telefone: (21) 2535-3846
Dias e horários: quinta e sexta, às 19h, sábado às 17h e 19h, e domingo, às 17h e 18h.
Ingressos: 40 (inteira), R$ 20 (meia-entrada) e R$ 15 (Para quem assistir “Pança”).
Capacidade: 25 pessoas
Duração: 55 minutos
Classificação etária: 12 anos
Venda de ingressos: pelo site https://riocultura.
Assessoria de imprensa
Rachel Almeida
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