[News]“NAYOLA, EM BUSCA DE MINHA ANCESTRALIDADE”

 

“NAYOLA, EM BUSCA DE MINHA ANCESTRALIDADE”

 

Estreia dia 21 de novembro

 


Pré-estreias: dia 12/11 na Casa UNE (SP), dia 13/11 no Espaço Augusta de Cinema (SP) e dia 14/11, no Museu Muhcab (RJ)

 

Realização: José Miguel Ribeiro

 

Argumento:

Virgílio Almeida


Distribuição - Brasil:

Fênix Filmes

 

Baseado na peça “A Caixa Preta” de José Eduardo Agualusa

e Mia Couto

 

Uma aventura épica, um desaparecimento misterioso e um amor inabalável


“Ninguém volta da guerra”


(fotos: Divulgação/ Fênix Filmes)

 

Nayola, dirigido por José Miguel Ribeiro, é um marco na animação mundial ao unir narrativa histórica e experimentação visual para retratar as complexas heranças da guerra civil angolana. A obra, uma adaptação da peça “A Caixa Preta” de José Eduardo Agualusa e Mia Couto, segue três gerações de mulheres – Lelena (a avó), Nayola (a mãe) e Yara (a neta) – cujas vidas são marcadas pelo conflito que devastou Angola por quase trinta anos. O filme começa com Nayola partindo em busca do marido desaparecido, deixando a jovem filha Yara, que cresce sob os cuidados de Lelena. Essa jornada, que atravessa décadas, explora como o trauma da guerra é transmitido e como as novas gerações tentam superar o passado.

 

A personagem Yara é inspirada na rapper angolana Meduza, que também empresta sua voz à personagem e contribui com sua visão e estilo. Assim como Meduza, Yara utiliza o rap como um meio de resistência e de denúncia social. Sua música, permeada por temas de injustiça e desigualdade, torna-se um ato de guerrilha pacífica, uma forma de dar continuidade à luta da mãe Nayola. Medusa trouxe autenticidade ao papel, conectando a personagem com a realidade do movimento rap em Angola, onde artistas frequentemente enfrentam repressão ao expor condições adversas enfrentadas pelo povo angolano.


Visualmente, Nayola é uma combinação de estilos gráficos e animação 2D e 3D, que enfatizam os diferentes tempos e dimensões da narrativa. A diretora de arte Susana Monteiro contribuiu com ilustrações minimalistas que evocam a memória e o onírico, enquanto a narrativa da guerra emprega tons quentes, refletindo a violência do conflito. Para Ribeiro, um dos desafios foi justamente manter a coesão gráfica enquanto explorava essas variações estilísticas, um processo que foi possível com o uso do 3D estilizado para criar micro-movimentos nas cenas domésticas de Lelena e Yara, diferenciando os espaços emocionais e temporais que cada ambiente representa.

 

O impacto de Nayola transcende sua trama. A animação foi exibida em prestigiados festivais internacionais, incluindo o Festival de Annecy e o London Film Festival, onde recebeu elogios pela abordagem sensível e inovadora do trauma da guerra e da herança cultural angolana. Em Angola, o filme também foi celebrado por sua autenticidade e por dar voz a uma parte da história raramente representada no cinema. Ao mesmo tempo em que homenageia as lutas femininas e ancestrais, Nayola evidencia a capacidade do cinema de animação de tratar de temas densos e socialmente relevantes.

 

Seleção oficial do Festival de Cinema de Animação de Annecy, vencedor de melhor longa-metragem de animação no Festival Internacional de Guadalajara, melhor longa de animação no Festival de filmes de animação de Stuttgart e melhor filme de animação no Festival Internacional de Bruxelas. 



Destaques na Imprensa Internacional

 

“Um filme poderoso, impetuoso e poético” (Le Monde)

 

“Uma narrativa ousada e emocionante, com uma qualidade

quase mítica” (Screen Daily)


“Um filme sublime, tanto no discurso como na animação” (Le Fiches du Cinéma)

 

NAYOLA, EM BUSCA DE MINHA ANCESTRALIDADE

(Nayola)

 

Portugal, Bélgica, França, Países Baixos | 2022 | Animação | 83 min

 

Realização: José Miguel Ribeiro

 

Sinopse

Angola. Três gerações de mulheres numa guerra civil de 25 anos. Lelena (a avó), Nayola (a filha) e Yara (a neta). O passado e o presente entrecruzam-se. Nayola vai em busca do seu marido, desaparecido no auge da guerra. Décadas mais tarde, o país está finalmente em paz, mas Nayola não voltou. Yara tornou-se uma adolescente rebelde e uma cantora de rap subversiva. Lelena tenta contê-la com medo de que a polícia a venha prender. Uma noite, um intruso mascarado invade a casa armado de uma catana. Um encontro como nunca elas poderiam ter imaginado.

  

 

Prêmios e Festivais

ANIMA, Brussels international Animation Festival, Belgium. Prêmio de

melhor filme de animação;


FICG Festival Internacional de cine en Guadalajara, México - Melhor longa-metragem de animação;

46º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Brasil - Prêmio do Público, Melhor Filme de Ficção Internacional;


ITFS – International Trickfilm Festival – Festival of Animated Film Stuttgart

Melhor longa-metragem de animação;


Manchester Animation Festival, Inglaterra - Melhor longa-metragem de

animação;


Animest, Bucharest International Animation Film Festival, Roménia - Melhor longa-metragem de animação;


Afrykamera African Film Festival, Polónia - Prémio do público, Melhor

longa-metragem de animação.



Sobre José Miguel Ribeiro

Licenciou-se em Artes Plásticas - Pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Em 1993 e 1994 estudou animação de desenho e volumes na Lazzenec-Bretagne em Rennes e na Filmógrafo no Porto. Durante vários anos lecionou animação de volumes no CITEN em Lisboa. Autor do filme animação A Suspeita (1999) com 26 prémios internacionais, destacando-se o Cartoon D'Or 2000, tendo sido exibido nos principais canais mundiais de televisão.

 

Ficha Técnica

DIREÇÃO

José Miguel Ribeiro

ROTEIRO

José Eduardo Agualusa, Mia Couto

ARGUMENTO

Virgílio Almeida

MONTAGEM

Ewin Ryckaert

DESENHO DE SOM

Bert Aerts

MÚSICA

Alex Dibicki

PRODUÇÃO

Praça Filmes, S.O.I.L. Productions, JPL Films, il Luster, Luna Blue Film

DISTRIBUIÇÃO

Fênix Filmes

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