[News] Biblioteca Parque Estadual reúne estudantes do ensino médio em apresentação de obras de robótica educacional e artes visuais

 

Cerca de 100 estudantes da rede pública de ensino estiveram no auditório da Biblioteca Parque Estadual, no Centro, nesta segunda-feira, 16, na apresentação dos trabalhos desenvolvidos ao longo de cinco meses, em 2024, do Projeto Engenhoka, idealizado pelo Instituto Burburinho Cultural. A iniciativa, como um todo, mobilizou estudantes de seis instituições públicas de ensino dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro no primeiro ano de atividades. Participaram estudantes do Colégio Estadual Souza Aguiar, no Centro do Rio, e Colégio Estadual Zuleika Raposo Valladares, de Niterói. Em 2025, um colégio em Botafogo receberá o projeto e outro de Contagem, em Minas Gerais, também.


Para o instrutor Matheus Barcelos, um dos professores que deu aulas no Engenhoca no Colégio Estadual Zuleika Raposo Valladares, na Ilha da Conceição, o que fica do trabalho é a ampliação das possibilidades do ensino. “Sou professor há algum tempo na área de games, programação e disciplinas similares. Entrar na pedagogia da robótica educacional é diferente. Os alunos participam muito ativamente das aulas, aprendendo matemática e física, por exemplo, de modo criativo. E elementos das artes visuais servem de fio condutor para o aprendizado como um todo”, define Matheus, que é de São Gonçalo.


Os trabalhos criados na conclusão de curso têm inspiração garantida. Como destaca a professora Fernanda Paixão, que deu aulas em quatro turmas do Colégio Estadual Souza Aguiar, no Centro do Rio. “A Última Flecha”, um objeto de criação coletiva dos alunos é complementado por um curta- metragem. Para dar movimento à flecha, é necessário acionar a exibição do filme. “Os alunos entrelaçam a força ancestral da mitologia afro-brasileira com as urgências do mundo contemporâneo, a partir do mito do Orixá Oxóssi”, conta. Em outra direção, um cachorro que se movimenta e tem efeitos especiais de luz chama atenção pelo colorido. “É o Cachorro da Selarón, feito por duas alunas que moram em Santa Teresa e aqui perto do colégio”, diz Fernanda.


“Em relação ao projeto, alguns alunos ficavam encantados com o que descobriam a cada aula. Enquanto gestora, percebi que além do aprendizado que foi proporcionado, o Engenhoka fortaleceu os laços entre os alunos que trabalhavam em conjunto e de forma colaborativa, independente da série em que estudam”, observa a professora Sheila Marins, diretora do Colégio Estadual Zuleika Raposo Valladares, na Ilha da Conceição, em Niterói.


Idealizador do projeto, o diretor Thiago Ramires, do Instituto Burburinho Cultural, exalta a liberdade e a criatividade que a metodologia traz em si. Um kit foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar. Cada colégio recebe um estúdio maker novo, que se mantém como legado após o encerramento do ciclo. “O fato dos alunos terem um estúdio maker para estudar propiciou uma imersão e tornou mais estimulante a presença na escola”, avalia. Cada estúdio maker é composto por impressoras 3D, tablets, mobiliário, boxes de livros e  material pedagógico. As instituições de ensino que participam do projeto recebem tudo pronto para realizar, a partir de 2025, as suas próprias atividades.


Viabilizado através da Lei Rouanet, o Projeto Engenhoka conta com patrocínio da Siemens Brasil, por meio da Fundação Siemens, Google Brasil, Wilson Sons, Digix, Simpress e Petronas. A pedagogia em robótica educacional foi desenvolvida pela Picode Edtech com consultoria da curadora Fabiana Moraes, niteroiense que é radicada há 20 anos na França.






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